O pai de um bebé recém-nascido, acompanhado por quatro homens empunhando armas brancas, entrou esta terça-feira no Hospital do Espírito Santo, de Évora, para levar consigo o filho.
O director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital, Vítor Caeiro, explicou que o pai do bebé, nascido segunda-feira, cerca das 16h00, "conseguiu entrar na maternidade, na hora normal de visita, ludibriando o segurança, e resolveu cortar a pulseira electrónica do recém-nascido e fugir".
Ao cortar a pulseira do recém-nascido, segundo o mesmo responsável, o homem "activou o alarme e o encerramento da porta da maternidade", mas ainda teve tempo para "sair com o bebé ao colo a correr".
Enquanto o pai da criança actuava, "os outros indivíduos armados com facas na mão terão ameaçado os vários seguranças do hospital para não interferirem no processo", porque "era interesse da família que o bebé não fosse para adopção", contou.
Este acto, "menos ortodoxo", disse, terá sido motivado pelo facto de a mãe da criança ter sido informada que "o bebé não iria ter alta, devido a um processo de averiguações, no sentido de, eventualmente, a assistência social tomar conta da criança".
Nesta família, "em gravidezes anteriores, já houve uma sinalização por parte da Segurança Social e da Comissão de Protecção de Menores e tinha havido uma ordem de restrição do tribunal para uma protecção ao menor", revelou, adiantando que "alguns filhos do casal terão sido retirados e adoptados".
Por outro lado, Vítor Caeiro garantiu que a maternidade do Hospital do Espírito Santo "tem vários sistemas de segurança, como a videovigilância e uma porta electrónica" que encerra ao ser activada pelas pulseiras dos bebés e "tudo funcionou normalmente".
O director do serviço adiantou ainda que a administração da unidade hospitalar vai abrir um processo de inquérito para averiguar a questão da segurança ao nível do edifício.
Fonte policial disse que a PSP foi chamada ao hospital, mas escusou-se a prestar mais informações sobre o caso.
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