terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Projeto Educativo do Património de Évora já está em plena atividade

O PEPE – Projeto Educativo do Património de Évora já está em pleno desenvolvimento no terreno, tendo diversas instituições aderido ao projeto, sido estabelecidas parcerias e salientando-se também que, desde o início do ano letivo foram já feitas diversas visitas, nomeadamente no circuito do Centro Histórico, ao Convento dos Remédios e à Unidade Museológica da CEA.

Recorde-se que o PEPE visa ser um fator de fortalecimento da identificação existente entre a comunidade e o seu património material e imaterial promovendo, em simultâneo, o seu conhecimento, a sua compreensão, a sua valorização.

Trata-se de uma temática cara à cidade de Évora, não só porque está classificada como Património da Humanidade, mas também enquanto Cidade Educadora. Lançado no ano em que Évora comemorou os 25 anos da classificação do seu Centro Histórico como Património Mundial, este projeto tem um público-alvo alargado, abrangendo não só a comunidade educativa, desde o ensino básico ao superior, mas também toda a população do concelho.

Foram já estabelecidas parcerias com as seguintes instituições: Turismo do Alentejo; Fundação Eugénio de Almeida; Museu de Évora; Centro de Estudos da Avifauna Ibérica; Associação Mundo BTT; Universidade de Évora; Agrupamento de Escolas nº 2 André de Resende; Agrupamento de Escolas nº 3 Santa Clara; Agrupamento de Escolas nº 4 Conde Vilalva; e Eborae Mvsica – Conservatório Regional de Música.

Entre as ações desenvolvidas destacam-se: Cabinet 1799, Aprender com o Aqueduto; Dentro do Convento, crio e invento; Vem conhecer a Câmara; Évora, tour medieval; Passeios históricos ao aqueduto; Évora monumental para miúdos; À la minuta; Fotógrafos, títeres e outros sonhadores; Lanterna mágica; Histórias encaixadas; Plantas aromáticas, medicinais e comestíveis que por aqui se usam; Oficina de oralidades; Jovens embaixadores; Bio-exploradores; A vida nas ribeiras; e Biodiversidade urbana.
A implementação deste projeto foi antecedida pela realização de um diagnóstico de auscultação da comunidade escolar sobre a pertinência do projeto, que incidiu em questionários dirigidos a professores titulares, pais e alunos do 1º ciclo do ensino básico.

Maioria defende que a Câmara deve desenvolver projetos educativos

A maioria dos professores inquiridos indicaram que consideram ser da competência do município desenvolver projetos de natureza educativa e a totalidade reconhece a importância da participação num projeto educativo municipal sobre património como complemento curricular dos alunos.
Foram aplicados 109 questionários aos pais em três escolas de 1º ciclo do Ensino Básico: EB1 Azaruja, EB1 S. Manços e EBI/JI Malagueira. A grande maioria dos inquiridos considera também competência do Município o desenvolvimento de projetos de natureza educativa. Quando questionados sobre as áreas de património que deverão ser prioritariamente promovidas, destaca-se o património natural (27%), logo seguido pelo humano (24%). É particularmente relevante que uma das áreas que consideram dever ser mais trabalhada seja precisamente uma com a qual apenas uma minoria associa a noção de património. Por outro lado, o património oral é considerado o menos relevante para ser trabalhado (39%), seguido pelo património artístico (21%). De salientar, ainda, um número significativo de ausência de respostas (8%).

No contexto da sua participação com o seu educando num projeto municipal sobre património, foram indicados diferentes espaços que gostariam de visitar, nomeadamente a Sé, o Museu de Évora e a Capela dos Ossos. 9,2% dos inquiridos não apresentou qualquer resposta.

Foram apresentados 128 questionários a alunos de 1º ciclo do Ensino Básico, dos quais 102 a alunos da EBI/JI da Malagueira, 14 da EB1 de S. Manços e 12 da EB1 de Valverde. A maioria identifica o património com o “conjunto de monumentos”, a grande maioria proveniente da EBI/JI da Malagueira. Apenas 14 alunos identificam o património como o “conjunto de heranças que recebemos” e a minoria associa-o ao ambiente e paisagem natural, imediatamente seguido pelos “sítios classificados pela UNESCO”.

Quando diretamente questionados sobre a integração, ou não, de contos, lendas e canções como parte do nosso património, verifica-se que uma significativa maioria (69%) os reconhece como tal, sendo que, destes, a maior parte, já havia definido anteriormente o património como “conjunto de tradições e costumes alentejanos”.

76% dos alunos reconhece ser o azinhal, o tipo de floresta típico da sua região, ainda que a soma das restantes respostas corresponda a um valor elevado (24%), denotando ainda algum desconhecimento sobre esta matéria.



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