Deve-se a sua construção ao monarca D. Manuel I, que o mandou erguer quando estagiava na cidade com a corte, no ano de 1497. A lápide de mármore branco, ostentando a Cruz de Cristo e legenda latina, cronografada, está aposta no merlão central, de grande porte. Sotoposta, em pedra bem lavrada existem as armas de Portugal, segundo interpretação arcaica, constituídas por cinco escudetes dispostos em cruz com bordadura carregada de dez castelos. Robusto muro de alvenaria, com cunhais graníticos, é terminado por cortina de ameias do tipo chanfrado, de perfis muito acentuados. A taça, de granito escuro e carcomido, muito baixa e de planta sensivelmente rectangular, está protegida por vários mamões circulares, rústicos e por aplainar, que servem de amarra aos quadrúpedes ou de degrau para viandantes.
A inscrição, composta de caracteres romanos e góticos, híbridos, encerra a lição: EMANVEL - I - R - P - ET - A - CITRA - E T - VLTRAMARE - IN - APHRICA - G - D - OMNINVS £ 1497 - ANVS que vertida em português e desdobrando as abreviaturas, se deve interpretar: MANUEL, REI DE PORTUGAL, DAQUEM E DALÉM MAR EM ÁFRICA E SENHOR DA GUINÉ ANO 1497. BIBL. Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 73-74. ADENDA O chafariz Del-Rei sofreu obras de reparação importantes custeadas pelo Município, entre Janeiro-Fevereiro de 1966, reerguendo-se na quase totalidade a cortina de merlões chanfrados, de alvenaria, dos fundamento de 1497, dos quais subsistiam, dos 22 (excluindo o marco axial de homenagem), apenas 5 e muito atingidos pela velhice. Desapareceram, também, por necessidade urbanística, os malhões de pedra dos viandantes de cavalaria, que avançavam muito pela Estrada Nacional.
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