terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Évora Perdida no Tempo - Antiga Estação de Serviço da Sacor


Antiga Estação de Serviço da Sacor (actual Lagril): abastecimento de combustível.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1969
Legenda Antiga Estação de Serviço da Sacor
Cota DFT5415 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aurea ao vivo na Arena de Évora



Bilhetes à venda nos seguintes locais:
Tabacaria Central 
Tabacaria Paris
Arena D' Évora de 30 de Janeiro a 11 de Fevereiro das 14h as 19h

Aurea nasceu a 7 de Setembro em Santiago do Cacem onde viveu até aos 2 anos, desde cedo que queria ser atriz, entrando assim para o curso de Teatro da Universidade de Évora, onde "congelou" a matricula no último ano e ainda não decidiu se um dia irá acabar o curso. Foi Rui Ribeiro, um colega de curso da mesma escola que a fez aperceber-se da poderosa voz que detinha desde de pequena. Aurea ofereceu bastante resistência e diz que "O Rui teve bastante paciência, nunca pensei fazer da minha voz profissão" depois de tanta insestência gravaram a primeira maqueta num estúdio improvisado e descobriram qual o estilo de música que se adequava melhor ao seu timbre de voz, com o single "Busy (for me)", "este tema fez-me apaixonar pela música soul. Rui Ribeiro foi autor de sete dos dez temas do disco de estreia, que marca uma influências claramente pop/soul. O disco foi produzido por João Matos e Ricardo Ferreira. Aurea é neste momento considerada a revelação do ano com mérito próprio já deu mais de 70 concertos em Portugal, incluindo nos coliseus do Porto e Lisboa onde gravou o seu 2ºalbum "Aurea ao vivo no coliseu dos recreios" Aurea é muito fiel ao seu visual, quando está em palco interpreta uma personagem em cada música mas há muito tempo que é loira e pinta os olhos de preto também é muito fiel aos seus amuletos(piercing, pulseira) usa-os em todos os concertos assim como, é conhecida por cantar descalça "Tentei cantar de saltos altos mas não consegui, após a 1º vez em que me descalcei num concerto que fiz com a minha banda de covers nunca mais cantei calçada. Só porque me sinto mais confortável" Tem três tatuagens, uma na perna, uma no pescoço e sete estrelas na mão porque sempre teve uma ligação especial pelo número sete, e dois piercings um no nariz e outro no pescoço. 
O álbum de estreia homónimo foi lançado a 27 de Setembro de 2010, tendo já atingido o primeiro lugar da tabela em Portugal, destronando o álbum ao vivo de Pearl Jam, Live on Ten Legs.
A cantora participou no "Concerto mais pequeno do mundo" da Rádio Comercial no dia 12 de Fevereiro de 2011, no Monte Prado Hotel & Spa, em Melgaço.
Aurea recebeu o Globo de Ouro de "Melhor Intérprete Individual".
Foi anunciado a 19 de setembro de 2011, que Aurea estava nomeada para os prémios MTV Europe Music Awards, na categoria "Best Portuguese Act", tendo ganho o mesmo a 18 de outubro de 2011.
O álbum de estreia de Aurea, foi editado a 27 de Setembro 2010. Desde então, o primeiro trabalho da cantora natural de Santiago de Cacém esteve 28 semanas no Top 5 Nacional de Vendas de Cds (AFP), tendo permanecido 8 semanas seguidas no 1.º lugar.
Neste percurso, o álbum homónimo de Aurea atingiu a marca de Platina. Pelo meio ficam vários showcases nas FNAC, concertos de apresentação, um dueto do tema ‘Love me Tender’ com Elvis Presley (aprovado pela família do mesmo e incluído no álbum ‘Viva Elvis’, editado no final de 2010), um S. Jorge esgotado e uma digressão nacional que percorrerá várias cidades e que se prolongará até ao final do ano, sempre acompanhada por um grande banda de músicos conceituados.
No passado mês de Maio, o talento de Aurea foi reconhecido na gala Globos de Ouro, onde lhe foi atribuído um galardão na categoria de ‘Melhor Intérprete Individual’. Nesta entrega de prémios, Aurea recebeu três nomeações, feito inédito para um artista nacional.
Detentora de voz poderosa e cativante, apesar dos seus 23 anos, Aurea tomou de assalto as ondas hertzianas nacionais com o single de estreia “Busy (For Me)”, que marca a toada deste primeiro registo homónimo, contagiante e eclético, que tem na sua imensa voz o fio condutor. Seguiu-se o não menos fabuloso e atrevido single ‘No No No No (I Don’t Want Fall In Love With You Baby)’ e chegam agora às rádios o descontraído ‘Ok, Alright’, para fazer companhia neste tempo de férias, e o melancólico ‘The Only Thing That I Wanted’, a perfeita banda-sonora para o regresso de férias.
Aurea tem a voz do tamanho do mundo e a sua música também não conhece fronteiras. O talento de Aurea para cantar é inato, um dom que não escolhe qualquer um. No entanto, a ajuda da família (que desde sempre esteve ligada à música) foi fundamental no fortalecimento dos laços afectivos por esta área artística.
A frequência no curso de Teatro da Universidade de Évora foi o despertar de Aurea no sentido de uma carreira musical. Juntamente com a equipa da Blim Records, responsável pela composição, produção e direcção musical deste álbum, Aurea apresenta neste primeiro trabalho um registo pop/soul mas com várias nuances de diversos estilos musicais. Tal como Aurea, este trabalho é musicalmente eclético.

Évora Perdida no Tempo - Antigo Supermercado Mercal


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Antigo Supermercado Mercal
Cota DFT5277 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Recrutamos Delegado de Informação Médica (M/F) - Entrada Imediata

Adecco Marketing Services recruta Delegado de Informação Médica (M/F) para Zona de Évora:

Função:
- Estabelecer contactos presenciais com administrativos dos locais visitados;
- Realização de visitas a médicos, centros de saúde e clínicas privadas;
- Realização de agenda comercial;
- Assegurar contactos regulares no sentido de divulgação do produto;
- Elaboração de relatórios.

Perfil:

Procuramos candidatos com o seguinte perfil:

- Elevados padrões de ética e integridade;
- Excelente capacidade de comunicação oral e escrita;
- Excelente capacidade organizativa, assegurando um correcto seguimento das actividades solicitadas;
- Excelente capacidade de gestão de prioridades;
- Facilidade de relacionamento e boa capacidade de influência;
- Capacidade de trabalhar de forma autónoma;
- Elevada capacidade de aprendizagem;
- Capacidade de impactar os outros de forma positiva e estabelecer credibilidade e confiança no âmbito das relações profissionais;
- Forte focalização no cliente.

Oferecemos:
- Pc Tablet, Telemóvel, Viatura;
- Condições salariais atractivas;
- Outras regalias.

Caso esteja interessado envie o seu Cv actualizado com fotografia para


, indicando a referência " DIM - Évora"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Corporações do distrito de Évora admitem parar transporte de doentes

As 14 corporações de bombeiros do distrito de Évora atravessam problemas financeiros, devido à "enorme redução de receitas", e já despediram 68 funcionários, equacionando parar o transporte de doentes não urgentes, alertou esta quinta-feira um responsável.
O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança, assegurou à Agência Lusa que as corporações "vivem uma situação de agonia", porque "as receitas deixaram de existir ou são muitos exíguos", devido à redução dos serviços de transporte de doentes.
"Sem aviso prévio, houve uma enorme redução de receitas e isso está a criar nas associações dificuldades de tesouraria tais que já levaram ao despedimento de 68 bombeiros em algumas associações e outras estão na iminência de despedir", disse o responsável.
De acordo com o presidente da federação distrital, os cortes no transporte de doentes põem "em causa, a curto e médio prazo, a própria existência das associações de bombeiros", devido aos seus "problemas laborais e financeiros".
Referindo que os bombeiros já "temem não conseguir dar resposta às suas populações", Inácio Esperança defendeu que as corporações do distrito "não podem ser responsabilizadas por alguma inoperacionalidade que possa existir".
Como estão numa "situação limite", o responsável revelou que as corporações do distrito de Évora estão a "equacionar várias medidas", nomeadamente "uma paragem no transporte de doentes não urgentes".
Segundo o dirigente associativo, "os casos mais graves" de problemas financeiros no distrito são as associações de bombeiros de Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz e Viana do Alentejo, mas, "a pouco e pouco, todas as corporações estão a passar por dificuldades".
Em Mourão, contou, a operacionalidade do corpo de bombeiros "já está comprometida", porque, "tendo apenas dois funcionários durante o dia, se há um serviço de urgência ou emergência, o quartel fica sem ninguém" para um segundo serviço.

Interior da Sé de Évora

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Concerto com Filipa Pais e João Paulo Esteves da Silva - Fórum Eugénio de Almeida - 4 de fevereiro - 21h30

Num duo imprevisto, João Esteves da Silva, compositor e improvisador de jazz, junta-se a Filipa Pais, uma das mais prestigiadas cantoras da música popular portuguesa, num concerto único que confere um novo ritmo e ambiência à música tradicional portuguesa.




Filipa Pais

Desde 1983, Filipa Pais desenvolve a sua atividade como cantora, tanto em disco como em espetáculo, trabalhando com nomes como Vitorino, Sérgio Godinho, João Paulo Esteves da Silva, Janita Salomé, Bernardo Sassetti, Tito Paris ou Chico César, cruzando a sua experiência com as áreas da música popular e tradicional portuguesa. L'Amar é o seu primeiro disco de originais, que inclui composições de alguns dos mais importantes músicos da cena musical portuguesa. Paralelamente ao seu trabalho a solo, durante um período que teve início em 1997, manteve experiência na área do fado com o mestre de Guitarra Portuguesa António Chainho. Em 1998, Filipa Pais cria o espetáculo “Afinidades" baseado em recolhas de Michel Giacometti - tendo como convidada a cantora Galega Uxía - e participa na ópera de Michael Nyman "Ciclo de Canções sobre Fernando Pessoa", no encerramento do Festival dos 100 dias. Após a edição de "A guitarra e Outras Mulheres" de António Chainho, participa em algumas apresentações deste trabalho em Portugal e no estrangeiro. Para o ano de 2000 é idealizada a formação de um grupo para acompanhar Filipa Pais. Ainda nesse ano, a formação fica composta por João Paulo Esteves da Silva (direção musical e piano), Ricardo Dias (acordeão), Manuel Rocha (violino), Joaquim Teles (percussões) e Yuri Daniel (contrabaixo e baixo), um grupo de eleição que atua com a cantora nas apresentações realizadas nesse ano em Portugal e Espanha.

Em 2003 é editado o seu CD - "À Porta do Mundo", álbum que foi galardoado com o Prémio José Afonso, o mais importante prémio da Música Popular Portuguesa. Além dos concertos de divulgação do seu disco, Filipa Pais tem colaborado em projetos de outros artistas. Em 2004 Filipa Pais lança o seu terceiro álbum "Estrela" em parceria com o guitarrista José Peixoto (Madredeus).






João Paulo Esteves da Silva

João Paulo nasceu em Lisboa em 1961. Começou muito cedo os seus estudos musicais, na Academia de Santa Cecília, iniciando-se rapidamente no piano. Posteriormente, ingressou no Conservatório Nacional, onde, em 1984, obteve o diploma do Curso Superior de Piano com a classificação máxima. Com uma bolsa de estudo da Secretaria de Estado da Cultura, muda-se imediatamente para Paris. Aí, durante três anos, aprofunda os seus estudos no Conservatório de Rueil-Malmaison e obtém sucessivamente as mais altas distinções. Terminados os estudos, permanece em Paris durante mais quatro anos, dando vários recitais em França e Estados Unidos, dos quais se destacam os de Nova Iorque (Carni Hall em 1986 e Carnegie Hall em 1989). Mas quando abandona Portugal, em 1984, interrompe uma já extensa atividade na área do jazz e da música popular. O primeiro reflexo público dessa sua atividade musical surge em 1979, com a participação do grupo Quinto Crescente no Festival de Jazz de Cascais 79. Entre 1979 e 1981, com o contrabaixista José Eduardo e o baterista José Martins, forma um trio, famoso na época, que desenvolveu concertos e serviu como base de acompanhamento a numerosos músicos estrangeiros. Na área da música popular, participa como pianista acompanhante em numerosos discos de artistas nacionais. Destaca-se a sua colaboração com Fausto ("Por este rio acima"), José Mário Branco ("Ser solidário") e Sérgio Godinho. Em 1992, depois de oito anos em França, regressa a Portugal e, de imediato, reconstitui as relações profissionais que interrompera em 1984. Colabora, então como arranjador e diretor musical no álbum que Vitorino compõe sobre textos de António Lobo Antunes "Eu que me comovo por tudo e por nada" (1992), cujo trabalho mereceu o Prémio José Afonso – galardão que a Câmara Municipal da Amadora atribui anualmente aos melhores trabalhos da música portuguesa – pela primeira vez entregue a um arranjador. Com Sérgio Godinho grava "Tinta permanente" (1993). Ainda nesse ano, funda com o pianista Mário Laginha a orquestra de câmara "Almas e Danças". Juntamente com Jorge Reis, Mário Franco e José Salgueiro, forma o quarteto de João Paulo. É com esses músicos que grava "Serra sem fim", o primeiro disco em seu nome.

Artistas de Évora - José Mendes e Moby´s Dance

Évora Perdida no Tempo - Jogos de crianças na Praça do Giraldo


Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 -
Legenda Jogos de crianças na Praça do Giraldo
Cota DFT139 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Monumentos de Évora - Igreja de Santo Antão


A Igreja de Santo Antão ou Igreja Paroquial de Santo Antão é um monumento religioso da cidade de Évora, estando situado na Praça de Giraldo, freguesia de Santo Antão.
Foi mandada construir pelo Cardeal D.Henrique, Arcebispo de Évora, no lugar onde se erguia a medieval Ermida de Santo Antoninho. Para a sua construção demoliu-se o Arco do Triunfo romano.
A igreja começou a ser construída em 1557, sendo um exemplar do período final da Renascença, de três naves, apresentando as características das chamadas igrejas-salão. Apresenta um considerável conjunto de altares de talha dourada, destacando-se ainda o raro frontal de mármore do altar-mor representando o Apostolado, obra do século XIV, proveniente da velha ermida de Santo Antoninho.


Designação - Igreja de Santo Antão
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
Divisão Administrativa Évora / Évora / Évora (Santo Antão)
Endereço / Local Praça do Giraldo Évora 7000 Évora


Situação Actual Classificado
Categoria de Protecção Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia,Decreto n.º 251, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970

No local onde se erguia a antiga ermida gótica de Santo Antoninho, foi erigida entre 1557 e 1563 sob égide do Cardeal D. Henrique a Igreja de Santo Antão, cujo traçado original pertence a Afonso Álvares com direcção arquitectónica de Manuel Pires. Inspirada na tipologia espacial hallenkirchen das igrejas-salão do Renascimento, dinamizada pelo arquitecto Miguel de Arruda em igrejas como a Misericórdia de Santarém, o templo sofreu desde cedo algumas vicissitudes, tendo sido abalado por um forte tremor de terra em 1568, que obrigou a que em 1570, em empreitada do mestre Brás Godinho, fossem realizadas obras de consolidação das colunas e do abobadamento.
A fachada principal da igreja está estruturada em três tramos rasgados por janelas de secção rectangular e divididos por pilastras . Nos cantos, duas torres quadrangulares, aparelhadas em granito enquadram a fachada. O coroamento do alçado principal, com cúpulas e frontões, foi iniciado por Brás Godinho mas só veio a ser terminada no século XVIII. Três portais, no eixo de cada um dos tramos, dão acesso à igreja, sendo que o portal axial, rematado com empena triangular e inserido em falso arco de volta perfeita, possui uma lápide de homenagem ao cardeal D. Henrique. Das fachadas laterais são de destacar os fortes botaréus de pedra lavrada . A amplitude espacial do interior desta igreja salão provém da abóbada única, quase plana, recortada com nervuras de aresta, que cobre as três naves. Os cinco tramos das naves são marcados pelas colunas jónicas, impressionantes nas suas proporções, conferindo ao espaço uma "certa imponência aliada à severidade peculiar dos edifícios sagrados do fim da renascença portuguesa" (Túlio ESPANCA, 1966). A capela-mor foi decorada por iniciativa do Arcebispo D., Luís da Silva Teles, em 1697, com um belo retábulo do Estilo Nacional, do mestre entalhador Francisco da Silva, integrando duas telas tenebristas do pintor régio Bento Coelho da Silveira, A Última Ceia e a Matança dos Inocentes. Dos altares laterais, todos com seus retábulos de talha, destacam-se um São Miguel e as Almas do pintor-poeta Jerónimo Corte Real (c. 1570), e um Santo Agostinho do pintor Francisco Vieira Lusitano (c. 1720).

Évora Perdida no Tempo - Feira de gado na Feira de S. João


Feira de gado junto à praça de touros de Évora (jardim público, actual parque infantil), durante a Feira de São. João.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Feira de gado na Feira de S. João
Cota DFT5021 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Personalidades Eborenses - André de Resende

André de Resende (Évora, por volta de 1500 — 9 de Dezembro de 1573) foi um frade dominicano, um intelectual, um teólogo, um arqueólogo, um especialista da Grécia e da Roma antiga, em suma um grande pensador humanista português. Foi também mestre de Dom Duarte. Filho de Pero Vaz de Resende e de Ângela Leonor de Góis, ficou órfão de pai muito cedo, ingressando aos dez anos no convento da Ordem de São Domingos de Évora.
Em 1533, sabemo-lo de novo em Portugal, no convento de São Domingos, em Évora, sendo então convidado para mestre do infante D. Duarte, o que aceitou, transferindo-se por essa altura da ordem dominicana para a situação de clérigo secular. Regia, simultaneamente, a cadeira de humanidades na Universidade de Lisboa, passando a leccionar, em 1537, na de Coimbra.
André de Resende foi, provavelmente, o pioneiro da arqueologia em Portugal, à qual se dedicou com zelo, devendo-se-lhe o primeiro estudo dos monumentos epigráficos da época romana em Portugal.
Teve uma profunda acção como ideólogo do Renascimento e como pedagogo divulgador dos estudos latinos e gregos, havendo deixado uma vasta produção literária, composta em latim e português. Órfão de pai, desde tenra idade, André de Resende cedo deixa a sua casa para seguir os estudos.
De 1513 a 1517 estuda em Alcalá de Henares, passando, no ano seguinte, ao Estudo de Salamanca, onde se doutorou, tendo como mestre de Grego, Latim e Retórica, o seu compatriota Aires Barbosa. Entre 1518 e 1526, vai até ao sul da França e demora-se por lá dois anos, repartidos entre Marselha e Aix, tendo recebido nesta última cidade as ordens de diácono. Em 1529 estava em Lovaina, entregue a uma grande actividade literária, que culminaria no Encomium urbis et academiae Lovaniensis e no Erasmi Encomiu, dado alume em Basileia em 1531.
Provavelmente em 1530, frequenta a Universidade de Paris, onde, segundo o seu próprio testemunho, cursa as aulas de Grego, regidas por Nicolau Clenardo, que tinha conhecido em Lovaina e a quem havia de ir buscar a Salamanca, em Novembro de 1533, por incumbência de D. João II, para preceptor do infante D. Henrique, o futuro cardeal-rei.
Lovaina a cidade belga onde tomou contacto com as correntes humanistas, tornando-se amigo de personalidades próximas do grande pensador Erasmo.
Em 1531 passa a residir em casa do embaixador português junto da corte de Carlos V em Bruxelas, D. Pedro Mascarenhas, entrando assim no séquito do diplomata. Mas se já então os novos deveres cortesãos obrigam Resende à memória histórico-patriótica e ao poema de circunstância, como foi o Genethliacom Principis Lusitani, composto para celebrar o nascimento do infante D. Manuel, filho de D. João III e D. Catarina.
O seu itinerário coincide com o do embaixador, que ele acompanha por toda a parte. Em 1533 regressa definitivamente ao Reino, indo acolher-se ao seu convento de Évora e, depois, em casa própria onde regia uma escola pública que voluntariamente encerrou em 1555 quando o ensino foi entregue aos Jesuítas tendo então recolhido novamente ao seu Convento. Começa então o ciclo da sua actividade intelectual em Portugal. É a instâncias suas que Clenardo e Vaseu vêm reger em Portugal: o primeiro em Évora, em 1533, e o segundo no Estudo de Braga, em 1538. Vivamente interessado pela arqueologia romana, foi o primeiro a interessar-se pelos restos e antiqualhas encontradas, mas não o move ainda o espírito científico, não hesitando em falsificar inscrições epigráficas. Em vernáculo legou mais dois opúsculos históricos: A Santa Vida e Religiosa Conversação de Frei Pedro e a Vida do Infante D. Duarte, que ficou inédita até 1789, data em que por imcumbência da Academia das Ciências de Lisboa, a publicou o abade José Correia da Serra.
A sua ossada repousa na Sé de Évora.

Obras em português
Vida do Infante D. Duarte, Lisboa, 1789;
A Santa vida e religiosa conversão de Fr. Pedro;
História da Antiguidade da cidade de Évora;
Fala que Mestre André de Resende fez à Princesa D. Joana;
Fala que Mestre André de Resende fez a El-Rei D. Sebastião;


Obras em latim
Narration rerum gestarum in Índia a Lusitanis, Lovaina, 1530;
Epistola de Vita Aulica, Lovaina, 1533;
Genethliacon Principis Lusitani ut in Gallia Belgica celebratm est a viro clarissimo D. Petro Mascaregna regia legato, Mense decembri, Bononiae, 1533;
Oratio pro Rostris pronuntiata in Olisiponensi Academia, clanedis Octobribus, Lisboa, 1534;
De verborum coniugatione commentarius, Lisboa, 1540;
Vincentius, Levita et Martyr, Lisboa, 1545;
Oratio habita Conimbricae in Gymnasio regio anniversario dedicationis eius die IV calend. Julii, Coimbra, 1551;
In obitum D. Joannis III, Lusitanine regis, Conquestio, Lisboa, 1557;
Epistolae tres carmine, Lisboa, 1561;
Carmen Endecasyllabon ad Sebastianum Regem Serenissimum, Lisboa, 1567;
Ad manturandum adversus rebellis Mauros expeditionem cohartiatio, Évora, 1570;
Ad epistolam D. Ambrosii Moralis viri doctissimi, Responsio, Évora, 1575;
De Antiquitatibus Lusitaniae, Évora, 1593;

Évora Perdida no Tempo - Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino


Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino na Praça do Sertório, depois da obras de remodelação.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 dep. -
Legenda Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino
Cota DFT7628 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Teatro: Pipo Mímico...ou Quase

O espectáculo “Pipo Mímico … ou Quase” é fruto do trabalho continuado do actor Victor Pires ao longo de mais de 20 anos, um trabalho onde a técnica de clown é desenvolvida nas suas mais variadas vertentes.

Fazer rir é extraordinário, uma sorte um privilégio, Pipo personagem central do espectáculo como, vai mais uma vez encantar o púbico com as suas aventuras.

Este espectáculo conjuga o trabalho do palhaço tradicional com a pantomina, a magia, jogos musicais e a manipulação de bonecos, um momento onde a relação do actor com o espaço, a precisão do gesto e a cumplicidade com a iluminação cénica nos proporciona uma hora de bom divertimento.

Ficha Artística:
Encenação e Interpretação: Victor Pires
Cenografia e Figurinos: Victor Pires
Execução de Figurino: (fato) Gregória Meira, (sapatos) José Leite Marinho
Produção: Teatro de Portalegre
Sonoplastia: Hélio Pereira
Desenho de Luz: Armando Mafra
Design de Comunicação e Fotografia: Carla Fonseca
Secretariado e marketing: Alexandra Janeiro e Rita Tavares
Manutenção do Espaço: Filomena Cova

Dia 2 de Fevereiro:
Sala Principal do Teatro Garcia de Resende
às 10h30
Espectáculo para crianças M/4