sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ciclo Sexualidades: Arte e Sexo



Trata-se, nesta etapa do ciclo que dedicamos ao tema, de pensar criações servidas por discursividades desviantes ou por narrativas perturbadoras (entre Warhol, Larry Clark e Mathew Barney) e de nos confrontarmos com os excessos (como na performance feminista e lésbica de Super 8 girls ou nas criações apresentadas em Destricted) ou com a reciclagem de imagens a partir da memória do cinema (como em Dietmar Brehm).


Um conjunto de filmes que equacionam as representações da sexualidade cruzando o espaço cinematográfico com a o da criação artística, emoldurado por duas sessões de curtas de animação e encerrada com filmes de Krut Kren que colocam a questão da documentação e da sexualidade performativa. A sexualidade como uma das belas-artes, portanto?

PROGRAMA:

13 de Julho

18h00
Animação Sexualidade e desejo I
- La Basse Cour (Michèle Cournoyer, Canadá)
- Forever & Forever (Michaela Pavlatova, Rep. Checa)
- What She Wants (Ruth Lingford, Reino Unido)
- The Stain (Marjut Rimminen & Christine Roche, Reino Unido)
- Un Jour (Marie Paccou, France)
- The Secret Joy of Falling Angels (Simon Pummel, Reino Unido)
- Milch (Igor Kovalyov, EUA/Rússia)
- Ring of Fire (Andreas Hykade, Alemanha)
- Sucré (Gael Brisou, França)
- Second Class Mail (Alison Snowden, Reino Unido)

21h30
Black Garden (Dietmar Brehm)

24h00
Destricted
7 filmes sobre sexo e pornografia por vários realizadores.




14 de Julho

18h00
Animação Sexualidade e desejo II
- Hysteria (Alys Hawkins, Reino Unido)
- We Lived in Grass (Andreas Hykade, Alemanha)
- Crying & Wanking (Alys Hawkins, Reino Unido)
- How Wings are Attached to the Backs of Angels (Craig Welch, Canadá)
- Bird in the Window (Igor Kovalyov, EUA/Rússia)
- Le Chapeau (Michèle Cournoyer, Canadá)
- Never Like the First Time (Jonas Odell, Suécia)
- Reci Reci Reci (Michaela Pavlatova, Rep. Checa)
- Repete (Michaela Pavlatova, Rep. Checa)
- His Passionate Bride (Monika Forsberg, Reino Unido)

21h30
Super 8 girls (Pürrer / Scheirl)

24h00
I a man (Andy Warhol)




15 de Julho

18h00
Curtas documentais de Kurt Kren, ou a documentação da performance.

Apoio: Cineclube da Universidade de Évora/ SOIR Joaquim António de Aguiar | ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual | Secretaria de Estado da Cultura | Rede Alternativa de Exibição

Évora Perdida no Tempo - Interior do Salão Central Eborense

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Moinho da Esparragosa



O Moinho da Esparragosa encontra-se a Sudoeste da cidade, perto da estrada nacional Nº 380 que liga a cidade de Évora à vila das Alcáçovas. Encontra-se numa pequena elevação com a cota 271. É uma construção em alvenaria de dois pisos sem cobertura e com uma parte da parede desmoronada. É uma construção já com uma deterioração muito avançada.

Fonte: marcoseborenses.no.comunidades.net

XIII Ciclo de Música nos Claustros: Concerto pelo Ensemble D. João V


Composição: Sandra Medeiros (soprano), Tera Mary Shimizu (violino), Denys Stetsenko (violino), Duncan Fox (violone) e Cândida Matos (cravo).  Obras de G. F. Haendel.
Data: 14 de julho
Local: Claustros do Convento dos Remédios
Horário: 21:30

O Ensemble D. João V foi formado como resultado do trabalho em grupo realizado pelos seus membros durante o Curso Internacional de Música Antiga, no Convento de Cristo em Tomar, em 2007, organizado pela Academia de Música Antiga de Lisboa. O Ensemble é constituído por um grupo de músicos com larga experiência que se dedica a interpretar e a divulgar a música do Período Barroco utilizando instrumentos de época.

Organização: Associação Eborae Musica (estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura: Direcção Regional da Cultura do Alentejo e Direcção Geral das Artes)
Apoios: Câmara Municipal de Évora | QREN - Inalentejo
Contacto: 266 746 750 | eboraemusica@mail.evora.net
Web page: http://www.eborae-musica.org

Évora Perdida no Tempo - Fábrica de Massas "Leões"

Tauromaquia: 14 de Julho pelas 22 Horas na Arena d'Évora


quarta-feira, 11 de julho de 2012

"África Move" no Largo de São Vicente


O Festival Escrita na Paisagem chega à 9ª edição com o tema cosmopolíticas. Tema complexo e de extrema actualidade, permite situar a criação artística contemporânea entre o Alentejo e o mundo, entre a condição local e o apelo global.

As relações entre as culturas portuguesa e africana ganharam forma e centralidade inequívocas, atravessadas pela inquirição sobre as identidades e as diferenças, sobre os processos de cruzamento e miscigenação, sobre, enfim, uma história que se partilha e anda mal resolvida nos planos ideológico e político, mas cujos frutos no campo artístico, e sobretudo no campo musical, são inquestionáveis: a música de raiz africana respira nas várias gerações de criadores musicais dos séculos XX e XXI em Portugal, seja pela circulação de protagonistas, seja pela indústria discográfica e da difusão musical, seja pelas profundas influências que as relações históricas potenciaram (entre os limites do período colonial, a circulação que as independências geraram e as contaminações que o mundo global continuamente (re)faz).

A abrir um espaço à ‘transnacionalização’ o Escrita na Paisagem, em parceria com Mural Sonoro, apresenta África Move, o programa de todas as quartas-feiras, dedicadas à música, no Largo de São Vicente, em Évora. Nove quartas-feiras e onze concertos a não perder!

Dia 11 de Julho vamos ouvir Bilan. Filho de uma família de músicos cabo-verdianos reconhecidos, o contacto com a cidade e uma certa saudade das ilhas da Morabeza, passam para a sua estética e execução sonora/musical. Segundo Bilan, a sua música “reforça uma miscigenação de estilos e influências mostrando, dentro da música urbana, um outro lado de viagem e de diáspora, banhado pela língua crioula e os contornos da ’sabura’ “.

Múcio Sá e Francesco Valente tocam no dia 18 de Julho. Nascido no Brasil (Bahia) Múcio é um músico/instrumentista, que manuseia instrumentos como Mandolim, Ukelele, banjo, baixo, guitarra portuguesa. Francesco Valente, de conjuntos como os Terrakota ou Orquestra Todos, é também um multi-instrumentista, embora frequentemente o ouçamos e vejamos mais ligado ao contrabaixo.

O Dj Leo Leonel, chega ao Largo de São Vicente no dia 25 de Julho. Nascido no Rio de Janeiro, é um apaixonado da música e trará a sua visão ao festival Escrita na Paisagem, num set preparado para o efeito, onde cruzará de forma natural a ‘lusofonia’ com a ‘cultura pop global’. Da ‘tradição à modernidade’, expressões dele.

No 1º dia de Agosto, o festival recebe Cacique 97, o colectivo luso-moçambicano que dispensa apresentações e já marcou presença em prestigiados festivais. Há na sua música uma influência evidente do universo das percussões tradicionais/típicas da região em que assenta a música que produzem. Como os ‘yoruba’, ou estilos locais, como o ‘highlife’ e ‘juju’. Há as mesmas influências que se juntaram ao ‘afro-beat’ de uma época, como o ‘reggae’, o ‘jazz’, a ‘soul’ e ‘funk’.

Dia para ouvir ainda Selma Uamusse, a voz de Gospel Collective, Movimento, Wraygunn e solista nas suas interpretações em tributos, como o recentemente feito a Nina Simone que irá apresentar em Évora.

No dia 8 de Agosto vamos ouvir o grupo brasileiro em digressão por Portugal, Bemba Trio com um conjunto de músicas originais.

E no dia 15 de Agosto o duo Irmãos Makossa, composto por Nélson e Paolo, o italiano e o angolano que encerraram o Festival Músicas do Mundo do ano que passou num ambiente contagiante. A cruzar raízes como poucos, os Irmãos Makossa são uma espécie de ‘autodidactas da procura de raridades’.

A noite de 22 de Agosto é para ouvir o set do Dj Tiago Angelino, com sons que vão da ‘África Portuguesa’ (Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe) à ‘África Negra’ (como o Mali).

Dia 29 de Agosto marca a última quarta-feira de 'África Move' no festival Escrita na Paisagem, com o percussionista Marco Fernandes introduzido pelo músico e compositor Jaime Reis, na apresentação da obra percussion and tape commissioned by Frankfurt Ballet, dance entitled “Walking Music”, para dois percussionistas. Noite em que vamos poder voltar a ouvir mais o Dj Tiago Angelino, a encerrar com o imperativo: dançar!

Évora Perdida no Tempo - Interior do Salão Central Eborense

terça-feira, 10 de julho de 2012

Nancy Vieira (Cabo Verde) em Évora


12 de julho - Nancy Vieira (No Amá) Cabo Verde

Fórum Eugénio de Almeida | 19h00

Nancy Vieira mostra o lado mais tradicional da música cabo-verdiana e mergulha nas raízes da Morna, cruzando os sons do arquipélago com as influências que diretamente lhes estão ligadas. No Amá é o seu mais recente trabalho discográfico e reúne composições de clássicos como BLeza, Eugénio Tavares e Amândio Cabral, dos consagrados Teófilo Chantre e Mário Lúcio e de jovens autores como Rolando Semedo, Tó Alves ou Tutin d’Giralda.

Nancy Vieira - voz
Vaiss - guitarra
Miroca Paris - percussão

Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida


Fórum Eugénio de Almeida
Rua Vasco da Gama, nº 13
7000-941 Évora
Tel. 266 748 350 Fax 266 737 145
forumea@fea.pt

Évora Perdida no Tempo - Fábrica de Massas "Leões"

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Exposição na Igreja de São Vicente até 29 de Julho: 'Cosmopolíticas' de Ana Dias


Como pintar o espaço comum, esse espaço de separações e diferenças entre o eu e o outro? Como traçar a fronteira entre países longínquos e culturas próximas quando habitamos este “caos organizado” a que ousamos chamar aldeia global?

É preciso pintar um mapa, pintar o que nos distingue e dar forma ao que nos aproxima; colorir as fronteiras que nos impedem de pensar a igualdade das pessoas e reflectir sobre os problemas que todos, mais ou menos, sabemos localizar. É preciso usar a pintura como plataforma de entendimento mas, como pensar visualmente o conceito de cosmopolítica?

Isso é o que faz a artista Ana Dias, com este lote de trabalhos que apresenta na exposição com que se inaugura o Festival Escrita na Paisagem 2012. Não esquecendo que a imagem é, também, aquilo que nos revela, a artista mostra-nos as linhas que nos cosem uns aos outros, os espaços sobrepostos das nossas vivências, os cheios e os vazios que se criam entre os indivíduos e as definições/instituições, as transparências e as intersecções dos nossos territórios de acção, sublinhando esta ideia (herdada, ainda, dos antigos descobridores) de que um mapa é o maior tesouro: é aquilo que nos permite chegar mais longe sem nos enganarmos no caminho.

Évora Perdida no Tempo - Pormenor do Interior do Salão Central Eborense

domingo, 8 de julho de 2012

Comercial D2D (M/F) - Évora

A Talenter™ promove o talento dos seus colaboradores de acordo com a natureza específica de cada área, proporcionando diferenciadas oportunidades de emprego e soluções na gestão e valorização das pessoas.

Estamos atualmente em processo de recrutamento de um Comercial D2D para prestigiada Empresa de Telecomunicações com atuação na zona de Évora.

Descrição da Função:
- Comercialização de produtos na área das Telecomunicações no mercado residencial.

Requisitos:
- Habilitações literárias ao nível do 9º ano de escolaridade;
- Orientação para objetivos;
- Forte dinâmica e atitude comercial;
- Dinamismo e espírito de equipa;
- Atitude positiva e otimista;
- Ambição;
- Disponibilidade total e imediata.

Condições:
- Formação inicial remunerada;
- Contrato de trabalho;
- Vencimento base + sistema de comissões aliciante;
- Integração em equipa jovem e dinâmica.

Junte-se a nós e desperte o seu talento!

Caso reúna os requisitos exigidos, envie o seu Curriculum Vitae para


mencionando no assunto da mensagem “Comercial D2D – Évora” ou contacte-nos através do 265 730 858.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A esperança no ouro em Évora (Boa Fé)


Mesmo os mais cépticos sonham que na exploração mineira possa estar o filão económico que lhes resgate o futuro. A prospecção de ouro em terras alentejanas tem levantado a curiosidade de muita gente ao longo das últimas décadas. 

O assunto não é novo, mas continua a alimentar a esperança de todos. Aliás, é até mais velho do que alguns dos habitantes das freguesias da Boa Fé (Évora) e do Escoural (Montemor-o-Novo), entre as quais se encontra o centro das sondagens levadas a cabo pela empresa canadiana Colt Resources. "Há mais de 50 anos que ouvimos falar disto, mas nunca se chegou a lado nenhum. Será que é desta?!", questiona Margarida Banha, residente na Boa Fé.

Estão 40 graus no interior do Alentejo. A calma de um dos dias mais quentes do ano é quebrada pelas conversas que, nos poucos sítios frescos que se encontra na região – cafés e pastelarias –, vão sempre desaguar ao mesmo assunto: o ouro alentejano. Entre o cepticismo e optimismo, muitas são ainda as questões que se levantam quando o tema é abordado. Para muitos, o verdadeiro ouro do Alentejo não está debaixo da terra. Está no azeite, na cortiça, no património, no turismo e na gastronomia, mas há quem tenha fé de que possa nascer uma mina na região.

"Eu acredito que seja desta vez. Nunca vimos os trabalhos com tanta força como agora", disse à Domingo Margarida Banha, proprietária do café Banha, um dos principais ‘pontos de apoio’ aos trabalhadores que por estes dias manobram máquinas de perfuração no seio do montado que fica mesmo na frente da pequena aldeia da Boa Fé, na herdade da Chaminé.

Tem sido bom para o negócio, mas a visão de Margarida vai mais além. "Apesar de toda a vida ter ouvido falar nisto, agora parece que é a sério. Nota-se algum movimento a mais aqui na casa, vendem-se mais umas cervejas e eu acredito que possa trazer coisas boas para a terra", explicou a comerciante.

A empresa Colt Resources, que desde Dezembro de 2011 sonda o solo alentejano, diz que sim. No último relatório, tornado público em Junho, mostrou que nenhuma das sondagens tinha revelado os actuais teores do metal precioso por tonelada de rocha extraída. Em alguns locais, sobretudo na zona de Casas Novas, freguesia de Boa Fé, chegam a atingir os 31,7 gramas.

Contudo, a média de 2,74 gramas por tonelada (g/t) e o número total de onças (363 400) existentes na serra do Monfurado (que abrange os concelhos Évora e Montemor-o-Novo) que equivalem a 11 toneladas, não se alteraram desde os estudos elaborados na região no final da década de 90 do século XX. Ao concretizar-se a exploração, o ouro extraído poderá render, face à cotação actual da onça, 467, 3 milhões de euros.