domingo, 13 de janeiro de 2013
Pedreiro - para a zona de Évora
Recrutamos Pedreiro de Construção Civil para a zona de Évora.
Requisitos:
- Experiência como Pedreiro de Construção civil;
- Disponibilidade Imediata.
Os interessados devem enviar o seu CV para o seguinte endereço de e-mail:
recrutamento@worldjob-ett.com
Ortopedista - Coluna
RMED encontra-se a recrutar médicos para Prestação de serviços médicos na especialidade de ortopedia, para a área da coluna para o ano de 2013, nas seguintes condições:
− Contratação de 1 médico com a especialidade de ortopedia, com experiencia em cirurgia da coluna;
− Realização de: Consulta de cirurgia da coluna; Cirurgia da coluna;
− Realização de 10 horas por semana distribuídas por consulta e bloco operatório (poderá haver reorganização do horário por mútuo acordo);
− Prestação de serviços a realizar no HESE.
Os interessados deverão enviar CV para o seguinte endereço eletrónico:
rmed.servicosmedicos@gmail.com
sábado, 12 de janeiro de 2013
"Geraldo sem Pavor" sempre presente na história de Évora
Brasão de Évora
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 4
Selo comemorativo da tomada da Cidade de Évora
Estátua de Geraldo situada na entrada da feira de S. João em Évora
Estátua situada junta à Junta de Freguesia da Tourega (Valverde)
http://marcoseborenses.no.comunidades.net
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
As ruínas romanas da "Villa" da Tourega
As ruínas da villa romana da Tourega, pouco conhecidas
dos eborenses, ficam situadas a cerca de 12 quilómetros
da cidade, num desvio de terra batida existente
na estrada de ligação às Alcáçovas, perto da ribeira de
Valverde. O local terá sido ocupado entre o século I
e o Século IV, tendo a villa chegado a estender-se por
uma área de cerca de 500 metros quadrados, dotada de
termas duplas, para homens e mulheres, e tanques de
banhos frios e quentes.
Em termos gerais, dir-se-á que
uma villa romana era uma propriedade rural romana,
semelhante aos actuais montes alentejanos, constituída
por um conjunto de habitações para residência dos
proprietários e dos seus trabalhadores e equipadas de
banhos privativos, dado que os romanos sempre deram
significativa importância à higiene e cuidados
de saúde.
Segundo os estudos conhecidos, a villa
da Tourega funcionou como um importante
ponto de apoio na via XII, que estabelecia
a ligação entre Lisboa (Olissipo)
e Emerita (Mérida). André Carneiro, docente
da Universidade de Évora, na sua
obra “Itinerários Romanos de Alentejo,
Uma releitura de As Grandes Vias da Lusitânia
– O Itinerário de Antonino Pio”
de Mário de Saa, cinquenta anos depois
considera, na esteira de outros investigadores,
que a villa da Tourega teria uma
localização predominantemente estratégica,
determinada por várias possibilidades
de acessibilidade.
A mesma estaria
muito perto da estrada (cerca de quinhentos
a mil metros) que vinha de Alcácer
do Sal (Salatia) com duas variantes
(uma por Montemor, outra pelo Torrão
e Alcáçovas) – mas próxima também de
um cruzamento de vários itinerários. A
ligação Ebora – Pax Julia (Beja) distaria
apenas uma légua.
Referências a este sítio são conhecidas
desde o século XVI, quando o humanista
André Resende encontrou uma lápide
funerária dedicada por Calpúrnia Sabina
a seu marido Quinto Júlio Máximo, questor da Sicília,
tribuno da plebe, legado da província Narbonense e
nomeado pretor da região.
Depois da submetida a interpretação
paleográfica, a placa acabou por ser datada
do século III, fazendo actualmente parte do espólio
do Museu de Évora. Segundo Mário Saa, «Quinto Júlio
Máximo e seu filho eram quadrumvirus (membros de
uma Junta de Quatro) da intendência das vias públicas»,
o que demonstra a importância que a estação assumiu
nesses tempos.
Pouco mais se soube da villa da Tourega até 1985, altura
em tiveram início naqueles terrenos intervenções
arqueológicas aprofundadas. De 1988 até 1996 foi elaborado
o “Projecto de Investigação da Villa Romana da
Tourega”, no âmbito de uma parceria entre a Universidade
Lusíada e a Fundação Calouste Gulbenkian.
Os trabalhos
efectuados incidiram especialmente sobre a zona
termal. A descoberto foi posto um corredor que conduzia
a um edifício, tido como principal, com salas para
banhos quentes ou frios, e um outro de dimensões mais
amplas que serviria para o armazenamento da água.
Texto: José Frota
Fotografia: Francisco Bilou
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Évora Perdida no Tempo - Orgão da Sé de Évora.
Orgão da Sé Catedral de Évora (1734-1735). À esquerda do orgão está o painel representando Nossa Senhora da Conceição (1735). A datação desta imagem foi inferida a partir de um conjunto de imagens pertencentes à Colecção Grupo Pró-Évora, atribuídas ao fotógrafo José Monteiro Serra, podendo o autor desta ser, também, o mesmo.
Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1910 - 1920
Legenda Orgão da Sé de Évora.
Cota CME0253 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Museu de Évora
Situado na parte mais alta da cidade, entre o Templo Romano e a Sé de Évora, o Museu ocupa hoje o Palácio dos Bispos, cuja fundação remonta à Idade Média. Trabalhos arqueológicos levados a cabo em 1996, revelaram que se encontra sobre o pavimento do Fórum Romano, habitações do período islâmico e algumas sepulturas do séc. XII (hoje expostas sob passadeira de vidro, nos claustros).
O Museu de Évora é interessante a diversos níveis, mas dois são particularmente importantes: em primeiro lugar, o Museu será fundado sob iniciativa do Arcebispo de Évora, Frei Manuel do Cenáculo (1724-1814), em 1805, isto é 12 anos após a fundação do Museu do Louvre (mas 14 anos após a criação do Museu de Beja, pelo mesmo fundador); e, em segundo lugar, o núcleo inicial das obras do museu eram compostas pelas colecções de Arte, Arqueologia e Naturália do seu fundador.
O Museu de Évora reabriu em Junho de 2009, após nocessárias obras de renovação segundo o projecto do arquitecto Raúl Hestnes Ferreira.
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Évora Perdida no Tempo - Portão principal do Jardim Público
Portão principal do Jardim Público. A datação desta imagem foi inferida a partir de um conjunto de imagens idênticas, pertencentes à Colecção Grupo Pró-Évora.
Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1905 - 1920
Legenda Portão principal do Jardim Público
Cota CME0274 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
Técnico AVAC (M/F)
A Adecco Recursos Humanos recruta para prestigiada empresa sua Cliente:
Técnico AVAC (M/F) - ÉVORA
Requisitos:
- Experiência na função (mínimo 5 anos - Factor Eliminatório);
- Experiência na manutenção de AVAC (Factor Eliminatório);
- Curso de técnico de Refrigeração e Climatização;
- Capacidade de gestão de equipas, responsabilidade, dinamismo e resistência ao stress;
- Forte sentido de responsabilidade;
- Disponibilidade imediata.
Os candidatos interessados devem enviar Curriculum Vitae detalhado, indicando o título do anúncio a que se candidatam para
Precisa-se de Formador/a para a formação de Manobrador de máquinas em obra - ÉVORA
O Planeta Informático é uma entidade formadora acreditada pela DGERT e certificada no âmbito da norma ISO 9001:2008, que desde 1998 desenvolve a sua atividade exclusivamente no mercado da formação profissional, com incidência a nível nacional.
Para o desenvolvimento um curso de aprendizagem que pretendemos iniciar estamos nesta fase a proceder ao recrutamento e seleção de formadores(as) externos(as) a contratar em regime de prestação de serviços para ministrar os módulos da formação de "Manobradores de Máquinas em Obra":
- Sensibilização em HST
- Principais causas de sinistralidade
- Procedimentos de segurança
O/a formador/a a contratar deverão corresponder ao seguinte perfil:
- Experiência na àrea
- CAP
Se julga reunir as condições indicadas e está interessado em colaborar no desenvolvimento deste projeto poderá candidatar-se enviando um email para: "marlene@planetainformatico.pt" / "claudia.freitas@planetainformatico.pt" com o assunto: "MMO_ÉVORA", anexando o seu CV, certificado de habilitações e CAP.
RESPONDA APENAS SE RESPEITAR TODAS AS CONDIÇÕES DO PERFIL
Candidaturas não enquadradas no perfil solicitado não serão consideradas.
sábado, 5 de janeiro de 2013
O Castelo de "Geraldo sem Pavor"
O “Castelo do Giraldo” fica situado a cerca de 10 quilómetros da cidade de Évora, nas imediações da pequena Aldeia de Valverde.
Seguindo pela estrada nacional 380, que liga Évora à povoação das Alcáçovas, encontramos, após termos percorrido cerca de 7 quilómetros, um cruzamento à direita, com a indicação de Valverde e mitra. Ao chegar a Valverde, seguimos na direcção da casa do Povo, saindo da povoação para Oeste, passamos o campo de futebol e após de passarmos o cemitério, uns 200 metros mais adiante, encontramos um estradão há direita com uma velha placa que nos conduz ao “Castelo”.
O Castelo do Giraldo, mais conhecido pelos moradores da vizinha aldeia de Valverde como “Castro”, fica situado na freguesia da Nª Sra da Tourega, assenta num dos contrafortes da Serra do Monfurado, numa elevação que dela se desprende e atinge a cota de 334 metros, dominando a vasta planície que para o Oriente lhe fica aos pés.
Grandes penedias se acumulam na sua parte superior e foram em parte aproveitadas para encosto das muralhas de que ainda hoje se encontram visíveis. Na vertente oriental do castro há indícios das velhas paredes, restos de humildes casebres que ali existiram há mais de dois séculos.
Após os trabalhos efectuados em 26 de Outubro de 1960,relizados por uma equipa de jovens arqueológicos (J.F.V.), o castro ficou com as suas muralhas visíveis, bem como os vestígios das paredes de possíveis divisões habitacionais do Castelo.
As suas muralhas em granito com blocos de grande dimensão, faces alisadas e arestas direitas, assentam uns sobre os outros sem necessidade da argamassa para regularizar a construção. O Castro tem um perímetro de 114 metros com um diâmetro de 36 metros no eixo maior e 35 no eixo menor.
http://marcoseborenses.no.comunidades.net
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Monumentos: Museu de Arte Sacra (Antigo Tesouro da Sé)
O actual Museu de Arte Sacra aproveitou para se instalar, em 2009, um edifício barroco contíguo à Sé, de relevante interesse histórico para a cidade de Évora - denominado Colégio dos Moços do Coro da Sé de Évora. Iniciado em 1700, por iniciativa do arcebispo D. Frei Luís da Silva Teles, este edifício albergou os meninos do Coro e seus mestres que tornaram famosa a Escola de Música da Sé de Évora, durante os sécs. XVI e XVII. Em estado de degradação para acolher a presente colecção, sofreu uma remodelação pela mão do arquitecto Carrilho da Graça. O acervo que se encontra neste museu é oriundo em grande parte do antigo Tesouro da Sé, o qual funcionava na torre da mesma, prolongando-se pela nave lateral. É composto por pintura, escultura, paramentaria, mobiliário, ourivesaria e alfaias litúrgicas. As peças provêm, maioritariamente, da Sé e de conventos extintos da cidade de Évora. Podemos destacar algumas peças, pela sua elevada qualidade artística, como a cruz-relicário do Santo Lenho - revestida por cerca de 1500 pedras preciosas (entre as quais se contam diamantes rosa, rubis, esmeraldas e safiras), a Virgem do Paraíso - tríptico em marfim, do estilo gótico francês, oferecido ao convento do Paraíso desta cidade por D. Isabel Afonso, apresentando esculpidas cenas ligadas ao Nascimento, Morte e Assunção da Virgem, o báculo do Cardeal D. Henrique, em prata dourada, do séc. XVI, entre outras peças que merecem toda a atenção do visitante.
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)
A arte pública contemporânea começou a instalar-se em Évora no decurso dos últimos anos, como resposta à necessidade de valorizar esteticamente o espaço circular interno gerado pelas rotundas, enquanto ponto de convergência urbanístico de ruas e avenidas. Por parte de muitos, pouco ou nada familiarizados com os caminhos percorridos pela arte moderna, a reacção foi e continua a ser profundamente negativa.
Mas é obrigação de uma cidade, que se pretende afirmar como pólo cultural de referência, acrescentar mais património ao excepcional legado histórico recebido e fomentar nos seus habitantes o interesse pelas modernas formas de expressão artística. E não há melhor forma para o fazer que utilizar os lugares disponíveis no espaço público. Na opinião de numerosos historiadores, analistas e críticos, o conceito de arte pública moderna surgiu na primeira metade dos anos 60com o objectivo de destacar um novo tipo de intervenção artística no espaço público, distinto do tradicional monumento comemorativo, filho do naturalismo clássico. Este deveria celebrar um acontecimento ímpar na vida de um país ou de um povo, ou homenagear um membro de uma cidade ou de uma comunidade que o deseja gravar na memória colectiva. No primeiro caso optava-se pelo erguer de uma construção grandiosa; no segundo a escolha era de natureza escultórica. Este era o conceito tradicional de arte pública.
Em Portugal as construções imponentes foram poucas e traduziramse,regra geral, em grandes obras de arquitectura. Mas as esculturas impuseram-se, de alguma forma, durante o século XIX e meados do século passado, tendo como espaço de eleição as praças, os largos e os jardins. Assim veio a acontecer com o busto de José Cinatti, a primeira obra de arte pública a ser erguida em Évora em 1864 e localizada no Jardim Público, de cuja construção e planeamento ele se havia encarregado. No pedestal – elemento característico da estatuária pública clássica – lá se encontra escrito: «À memória de José Cinatti / Évora agradecida/1844».
O segundo busto erigido na cidade foi dedicado ao Dr. Francisco Eduardo Barahona Fragoso, opulento lavrador, Par doReino, Oficial-mor da Casa Real, homem de arte e da cultura e grande benemérito da cidade. A obra de arte dedicada ao “Dr. Barahona” e executada «por subscripção pública» encontra-se no Jardim Dianadesde 1908. Foi preciso chegar a 1949 para um novo busto passar a embelezar o espaço público citadino. A homenageada era pela primeira vez uma mulher, Florbela Espanca de seu nome. Acto que mereceu a desaprovação da Igreja diocesana, que considerava a notável poetisa, que frequentara o Liceu de Évora em 1911, onde concluíra o curso sete anos depois e se suicidara em 1930 em Matosinhos, como uma mulher dissoluta e imoral. Depois de muito porfiar, os admiradores e amigos conseguiram que o busto, da autoria do escultor Diogo de Macedo, obtivesse autorização para colocação num local discreto do Jardim.
Ao Parque Infantil foi parar uma estátua em granito do cronista e prosador Garcia de Resende, cinzelada por António de Paiva e oferecida à Câmara de Évora pelo Ministério das Obras Públicas na Primavera de 1974. Cerca de duas décadas depois, o grande mestre Lagoa Henriques criava o busto do grande filantropo eborense D. Vasco Maria Eugénio d’ Almeida (Conde de Vilalva), no qual já era notória a transfiguração das formas clássicas (menor rigidez e monumentalidade) e que foicolocado no relvado fronteiro ao Palácio da Inquisição, em plena Acrópole.
A série de homenagens individuais em pedra e ao ar livre teve no busto de André de Resende, o grande humanista eborense do século XVI, a sua última realização. A escultura de João Cutileiro encontra-se desde 2000 no Jardim de S. Mamede, em local discreto, masfoi produzida em meados dos anos 80, semelhando-se em muito na sua concepção e linhas estéticas à estátua de D.Sebastião, também de sua autoria e implantada em Lagos em 1973 e considerada pelo crítico José Augusto França como «a primeira escultura pública moderna nacional». Fora deste contexto fica o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, que foram muitos os criados por todo o país. O de Évora foi erguido em pleno Rossio, em 1933, ainda que em princípio estivesse destinado à Praça Joaquim António de Aguiar. A iniciativa partiu de um grupo de militares e civis e a inauguração contou com a presença do Presidente da República de então, General Óscar Carmona. Tem 11 metros de altura e do conjunto fazem parte diversas inscrições explicativas em placa de bronze, material de que também são compostos dois obuses, colocados a cada um dos lados do monumento.
Diferente, pela sua menor dimensão e discrição, não isento porém de expressiva dignidade, é o obelisco (peça típica do Antigo Egipto, formada por um pilar de forma quadrangular e alongada, que se afunila ligeiramente à medida que vai subindo) em memória de todos «os que lutaram e morreram por Portugal no Ultramar», levantado no Largo dos Castelos, frente ao Quartel General da cidade. Entretanto a Arte Pública moderna fazia a sua entrada em Évora com a realização em 1981 do Simpósio Internacional da Pedra, orientado por João Cutileiro. O catálogo assinalou a presença de 26 peças de 15 artistas. A maioria das peças está distribuída por jardins e praças. Só no jardim Diana foram colocadas 4 delas (de Pedro Fazenda, Luísa Perienes ), outra de João Sotero repousa no Parque de estacionamento da Porta da Lagoa. Destaque extra merece a peça “Sarcófago”, burilada por José Pedro Croft, ainda no relvado do Palácio da Inquisição.
A presença de obras de arte em rotundas começou em meados dos anos 60 com a instauração de um pouco imaginativo padrão dos descobrimentos na rotunda da Praceta Infante D. Henrique. Só em 1991, por iniciativa municipal, em homenagem aos voluntários eborenses, surgiu a Rotunda do Bombeiro, da autoria do professor de Belas Artes Armindo Alípio Pinto, que já gerou alguma controvérsia. Foram contudo as derradeiras, colocadas nos últimos quatro anos, que mais celeuma criaram, naturalmente por imbuídas de concepções estéticas diferentes da ideia corrente de monumento. Inserem-se neste âmbito as duas em que a água é um elemento de referência: a fonte cibernética, da autoria do arquitecto paisagista Caldeira Cabral (Rotunda do Raimundo), e a escultura de António Charrua denominada de “Diálogo de Ícaro com o Sol” (Rotunda dos Colegiais), envolvida por engenhosa fonte ornamental.
Para além dos monumentos de homenagem à Associação dos Dadores Benévolos de Sangue e ao ciclismo eborense, resta a polémica réplica do Arco do Triunfo que terá existido na Praça do Giraldo, de João Cutileiro, cujo mérito artístico não cabe aqui avaliar. Na estatuária portuguesa contemporânea, porém, Mestre Cutileiro já demonstrou estar à frente do seu tempo. Curiosamente o filósofo contemporâneo Gilles
Lipovetsky dirá, em “A Era do Vazio”: «O modernismo é de essência democrática: desliga a arte da tradição e da imitação e simultaneamente inicia um processo de legitimação de todos os temas».
Texto: José Frota
Fotografias: Carlos Neves
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Monumentos: Templo Romano
Popularmente conhecido como Templo de Diana, por se ter especulado no séc. XVII que seria dedicado à Deusa romana da Caça, o templo romano é o verdadeiro ex-libris da cidade de Évora. De estilo coríntio, ergue-se na acrópole de Évora (ponto mais alto da cidade a 302 metros de altitude) e pensa-se que remonta ao séc. I d.C. Apesar da sua imponência não se encontra completo, pois foi parcialmente destruído no séc. V, aquando das invasões visigóticas, assim como foi utilizado como matadouro municipal na Idade Média.
Será apenas no séc. XIX, pela intervenção do Arquitecto e cenógrafo Cinatti que serão retirados todos os acrescentos medievais ao templo, mantendo-se propositadamente apenas a estrutura em granito. Embora mantenha o pódio, bem como 26 das colunas originais, faltam-lhe elementos como a arquitrave, o friso e o frontão.
Edição: Pensão Policarpo
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)
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