segunda-feira, 28 de maio de 2018

Comemorações do 66º Aniversário da Força Aérea


Inicio do Evento: 02 junho
Fim do Evento: 01 julho

Sábado
dia 02 junho 2018

Abertura da Exposição "Aviação Militar Portuguesa – Grande Guerra - 1914-1918" e Exposição de homenagem ao Major Óscar Monteiro Torres 
Local: Palácio D. Manuel
Horário de Funcionamento: de 2ª feira a 6ª feira, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00, Sábados das 14h00 às 18h00 (até 21 de junho); de 2ª feira a Sábado das 10h30 às 12h30 e das 17h30 às 24h00 (de 21 de junho a 1 de julho).


6.ª feira
dia 22 junho 2018

19H00 | Inauguração da Exposição “A Paz e os 100 anos do armistício” no âmbito da Feira de S. João 2018
Local: Rossio / Feira de S. João

22H00 | Concerto Popular – Abertura da Feira de S. João.
Local: Palco Principal – Jardim Público


5.ª feira
dia 28 junho 2018

Abertura das Exposições:

“As Pessoas da Força Aérea - Rostos de Missão, Alma no Servir”
Local: Palácio D. Manuel
Horário: de 2ª feira a Sábado das 10h30 às 12h30 e das 17h30 às 24h00 

Exposição estática de aeronaves F- 16, Alpha-Jet e Chipmunk
Exposição estática de viatura de combate a incêndios
Local: Praça 1.º de Maio.

Exposição estática da aeronave AL III e Planador
Demonstrações de simuladores de segurança rodoviária
Local: Jardim Público

20H00 | Prova de Orientação Solidária
Prova promovida em parceria com a Associação de Deficientes das Forças Armadas a favor da Associação de Solidariedade Social Pão e Paz.
Local: Centro Histórico


6.ª feira
dia 29 junho 2018 |  DIA DA CIDADE

17H30 – Hastear das Bandeiras Nacional, de Évora e da Força Aérea Portuguesa
Local: em frente à Câmara Municipal de Évora

18H00 – Visita Oficial às exposições no Palácio D. Manuel e exposição de aeronaves na Praça 1º de Maio e jardim público
- Demonstrações cinotécnicas
Local: jardim público 
- Entrega dos prémios do Concurso “Cria e Voa Connosco”
Local: Palácio D. Manuel


Sábado
dia 30 junho 2018

10H30 – Cerimónia Militar
Local: Praça do Giraldo

21H00 – Concerto da Banda da Força Aérea com artistas/grupos locais de renome
(Pedro Calado; Gisélia Silva e Joana Ricardo)
Local: Teatro Garcia de Resende


Domingo
dia 1 julho 2018 |DIA DA FORÇA AÉREA

10H00 – Inauguração de Monumento Alusivo
Local: Aeródromo Évora

11H00 – Missa na Igreja de S. Francisco, presidida pelo Bispo do Porto e Administrador Pastoral das Forças Armadas e de Segurança, com a presença do Coro da Academia da Força Aérea e com transmissão em direto na TVI.

16H00 – FESTIVAL AÉREO
Local: Aeródromo Évora

Exposição estática:
Épsilon
Chipmunk
C-295
C-130
EH-101
Alouette III

Aterragem e sobrevoo das frotas da Força Aérea, com saltos de Paraquedas pelos Falcões Negros

Demo Teams:
Patrulha ASPA (helicópteros) - Espanhóis

Solo Teams:
F-16 Belga ou F-16 holandês
Eurofighter espanhol
Batismos de voos


19H30 – Arrear das Bandeiras Nacional, de Évora e da Força Aérea​


Évora perdida no Tempo - Fonte Lavabo de Mármore - Colégio do Espírito Santo


domingo, 27 de maio de 2018

Solar da Sempre Noiva


No limite da Freguesia de N.ª S.ª da Graça e confinante com a Pedra da Missa, local onde a tradição assegura que o Exército do Condestável D. Nuno Álvares Pereira ouviu missa campal nos fins de Junho de 1384, vigilante pelo arraial castelhano do marechal Pero Ruiz Sarmiento, que ocupava a vila de Arraiolos, e a cerca de 18 quilómetros da sede do Concelho, pela qual comunica com a Estrada Nacional 370 (troço Évora-Arraiolos), fica o celebrizado paço rústico do Bispo D. Afonso de Portugal. Construído nos fins do séc. XV e talvez já no reinado de D. Manuel, como relíquia muito notável da nossa arquitectura civil desse período, eivado de formas mudejares, está situado entre campinas levemente onduladas de manchas de sobro e azinhal e refrescado pela ribeira do Divor que, apesar da sua quase permanente secura concede encanto e certo bucolismo ao sítio, carregado de lendas e tradições. D. Beatriz de Portugal, filha do ilustre prelado, foi a instituidora do morgadio, na quinta e passal de herdamento e seu vínculo na pessoa do irmão primogénito, D. Francisco, 1.° Conde de Vimioso, segundo escritura original lavrada nas casas do 2.° Conde da Vidigueira, em 15 de Junho de 1531 e existente na colecção Pombalina da Biblioteca Nacional de Lisboa. 

Este titular, no paço hospedou, em Maio de 1554, no regresso a Madrid, a princesa viúva D. Joana de Castela, filha de Carlos Quinto e mãe de D. Sebastião. A herdade, já com o ancestral topónimo de Sempre Noiva, em tempos de D. Dinis, estava encorporada nos bens dos fidalgos Dragos, verificando-se o escambo, por concordância entre o bispo de Évora e Manuel Drago, por um morgadio no Algarve, no reinado de D. Afonso V. Em 1886 o arqueólogo alemão Haupt esboçou a reconstituição do edifício, que se encontrava em ruínas e de coberturas desmoronadas; no ano de 1892 o proprietário resolveu adaptar o velho paço a fins utilitários sacrificando, inutilmente, o primitivo aqueduto, algumas chaminés monumentais e os coruchéus cónicos das torrinhas cilíndricas da capela. Ao presente está na posse do lavrador Bernardino Câmara Mira e o seu estado de conservação não é bom. Compõe-se a fachada axial, a oriente, de vasto corpo rectangular antecedido por alpendre de três arcos de volta redonda, protegido por botaréus angulares de granito aparelhado, com abóbadas nervuradas e de aresta viva, apoiadas em colunas toscanas decoradas por capitéis e bases naturalistas e zoomórficas, do estilo manuelino. 

Escadaria de patamares abertos, alcança o eirado que domina a galilé e a entrada principal do corpo nobre, que teve alpendre (hoje desmoronado) e é constituído por portal de jambas e lintel encordoados, de secção conopial, ornado de capitéis inflectidos e mísulas ideográficas, bem típicos do mudejarismo. A fachada deste pavilhão, de cunhais de pedra trabalhada, está ricamente iluminada por fieira de sete formosas janelas de arcos de ferradura e ajimezes, quase todos geminados, em variados tipos de padieiras e arcos denticulados e ultrapassados uns, levemente contornados outros, de coluneis e meios coluneis de mármore branco, rica e exuberantemente esculpidos na capitelação, com temas vegetalistas, toros, cordas, cogulhos, rosetões e mais atributos afins e característicos do estilo da época. O balcão angular norte-leste, é mainelado e de duas faces. O corpo posterior, voltado ao Poente, pela sua assimetria de linhas, volumes de arquitectura e desencontro de contornos, oferece singular perspectiva, onde se combinam o austero, o pitoresco e o monumental. Galgando as empenas, em perfis muito recortados para o céu, levantam-se quatro chaminés (uma datada de 1612), decoradas e envolvidas por largas barras de esgrafitos de folhagem estilizada que, de igual modo, acompanham em desenho clássico as cornijas e os beirais. São do modelo utilizado nas fachadas do Palácio dos Condes de Basto, de Évora. 

Na face da torre (actual pavilhão coberto por telhado de quatro águas), há vestígios acentuadamente góticos em frestas e em seteiras cruciformes, de recorte militar. As caixas das escadas cocleadas, nesta banda, mostram a ossatura primitiva, rude e do quinhentismo. A mais arcaica janela do paço existe neste lado e revela maior ancianidade, embora construída de materiais pobres. É do tipo rectangular, de arco trilobado, reentrante, com moldura de carena abraçada por cordão contínuo, liso e rematado com três cones ornamentais, de alvenaria. Parece ser obra do período final do reinado de D. João II. A construção do corpo térreo oferece pouco interesse artístico e vê-se perfeitamente que obedeceu ao sentido prático. Na vasta dependência ocidental, de três tramos com abóbadas de barrete de clérigo, as mísulas, bem lavradas, embora singelas, parecem ser coetâneas de D. João III. Talvez não seja a cobertura original. Através de escada helicoidal, que nasce na casa imediata, atinge-se o primeiro andar do corpo nobre, que apenas conserva de notável a sala quadrangular, gótica, com fogão de mármore e tecto polinervado, de trompas e ogivas nascentes de oito mísulas circulares, constituindo impressionante feixe de nervuras chanfradas, enriquecidas por chaves de granito ornadas de lóbulos e temas ideográficos. 

Mede, a dependência, 6,75 x 6,05 m. Daqui nasce a escada de caracol, de 32 degraus, que conduz à última casa, o mutilado terraço de outrora. Nalgumas salas do piso principal, subsistem silhares baixos, de azulejos azuis e brancos, e verdes e brancos, enxadrezados, da 2.ª metade do quinhentismo. A secularizada capela solarenga, constituída na banda meridional, de serventia pública, está contrafortada por quatro torres cilíndricas, no género das de S. Brás, de Évora, protótipo do generalizado estilo provincial em toda a 1.ª metade do séc. XVI. Perdeu, em 1892, os remates cónicos e o campanil de alvenaria, que tanta graça lhe davam. Possui miniatural e curioso portado de arco de carena, com jambas guarnecidas de cogulhos e bases flordelizadas; o interior, de planta rectangular dividido por dois tramos, tem abóbada nervurada ornada de bocetes e mísulas de pedra com os habituais elementos manuelinos e, no pano fundeiro da ousia, vestígios nítidos de uma primitiva composição a fresco, policroma. 

No local conservam-se restos arqueológicos romanos de merecimento, talvez reunidos por D. Francisco de Portugal, 1.° Conde de Vimioso, homem ilustrado e poeta, provenientes do destruído Templo do Deus gentílico CARNEUS, de Santana do Campo. Algumas peças classificadas, encontram-se dispersas pelo Museu de Coimbra e colecção Manisola, do Visconde da Esperança. Escaparam, apenas, estas duas: Grande ara, anepígrafa, de mármore, encostada à galilé, medindo de alto, 1,30 x larg. 0,73 m. Fragmento de lápide de homenagem aos méritos de Cornélio Bocho, de mármore azulado, aplicado no murete da quinta, na face nascente, com a truncada inscrição latina: ...LIO... ...BOCCHO... ...AMPRO INCIRMIL... ...LONIA SCALLABITANA... ...EMÉRITA IN COLÓNIA... Dimensões das fachadas oriental e norte, do edifício, respectivamente: comp. 23,75 m. e 19,90 m. 

BIBL. Gabriel Pereira, Revista Ilustrada, 1890; António Francisco Barata, Évora e seus Arredores, 1904; Aibrecht Haupt, A Arquitectura da Renascença em Portugal; Raul Proença e Reynaldo dos Santos, Guia de Portugal, 2.° 1926, págs. 82-83; Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 107-109. 

sábado, 26 de maio de 2018

Apresentação do livro "Sonho, Fé e Coragem", de José Canita


Horário: 16h
Evento: 26 maio
Localização: Palácio de D. Manuel

​​José Canita, palestrante motivacional e inspiracional, autor e mentor de livros e projetos​ de desenvolvimento pessoal, vai apresentar em Évora a sua última obra "Sonho, Fé e Coragem". Um livro sobre coragem, humanismo, saúde, bem-estar e qualidade de vida. 

Organização: Chiado Books
Contactos: cmevora@cm-evora.pt | www.cm-evora.pt | 266777000
Apoios: Câmara Municipal de Évora
Entrada Gratuita

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Áureas | Refleçcões de uma Cegonha (Contemplations of a Stork)


Horário: Quarta a Sexta: 11h às 13h e 15,30h às 18,30h | Sábado e domingo das 13h às 18h | Encerra à segunda e terça
Fim do Evento: 30 maio
Localização: Galeria do Inatel - Palácio do Barrocal
​​​​
O voo sereno e natural da cegonha através do céu, o seu vagaroso andar nos campos como se estivesse a meditar, a forma nobre de observar a paisagem do seu ninho.... Gaëlle Pelachaud (França) fez centenas de desenhos e criou um livro de artista e inspirou a Maria Sarmento (Portugal) a escrever alguns poemas e o Mathew Manowski (USA) a responder com uma instalação artística​.
Org.: Câmara Municipal de Évora | F. OBRAS
Autor: Gaëlle Pelachaud
Contactos: 266777100 | Divisão de Cultura e Património | margarida.branco@cm-evora.pt | obrasart@hotmail.com
Apoio: INATEL
Entrada Livre

Évora perdida no Tempo - Fonte do Pátio - Museu de Évora


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Cartas de Amor | exposição/ instalação


Horário: Quarta a Sexta: 11h às 13h e 15,30h às 18,30h | Sábado e domingo das 13h às 18h | Encerra à segunda e terça
Inicio do Evento: 19 abril
Fim do Evento: 30 maio
Localização: Galeria do INATEL | Palácio do Barrocal
​​​​​
Deste que os seus avós morreram, há 15 anos, Andrea Brasch (Dinamarca) tem vindo a carregar um pacote com cartas, escritas entre os seus avós durante a Segunda Guerra Mundial, incapaz de o abrir. No ano passado, ela veio a Portugal para abrir o pacote e decidiu usá-lo para um projeto artístico. Tornou-se numa exposição com a apresentação de alguns fragmentos, um trabalho de video e uma peça de Realidade Virtual. 
Org.: Câmara Municipal de Évora | F. OBRAS
Autor: Andrea Brasch
Contactos: 266777100 | Divisão de Cultura e Património | margarida.branco@cm-evora.pt | obrasart@hotmail.com
Apoio: INATEL
Entrada Livre​​

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Tio Rex na FNAC


Horário: 21h
Evento: 26 maio
Localização: FNAC Évora

​​Tio Rex, também conhecido como Miguel Reis, é um cantautor Setubalense que, recorrendo a delicadas composições de guitarra e munido de uma voz grave, tem vindo a construir o seu próprio imaginário autobiográfico, que, de disco para disco, vai ganhando novos capítulos e abordagens alusivas ao mundo que o rodeia. 

Organização: Departamento de comunicação Fnac
Entrada Livre​

Évora perdida no Tempo - Fonte das Portas de Moura


terça-feira, 22 de maio de 2018

Theodore /\ SHE


Horário: 23h
Evento: 24 maio
Localização: Sociedade Harmonia Eborense

​Theodore Polychronopoulos, um jovem promissor da música internacional grega chega este mês ao nosso país. De dia 24 a 30 de maio, será possível assistir à sua performance ao vivo, em vários pontos de Portugal. ​O multi-instrumentista e compositor alia a voz à sua musicalidade e nesta multiplicidade torna a sua performance singular. Nas suas criações funde a composição clássica com elementos eletrónicos e a sua escrita com um criativo espetáculo de luzes. O contraste presente nas suas performances torna-as​ memoráveis para quem as assiste. 

Organização: Sociedade Harmonia Eborense
Apoios: Câmara Municipal de Évora | Super Bock

domingo, 20 de maio de 2018

Solar da Oliveira


Nas antigas terras realengas da Valeira, obtidas por escambo com a vila da Vidigueira, instituiu o arcebispo de Braga D. Martinho de Oliveira, eborense muito ilustre e antigo cónego da sua Sé, segundo cédula testamentária lavrada no convento dos frades menores de S. Francisco de Lisboa, em 13 de Agosto de 1286, o Morgadio da Oliveira. Foi seu primeiro administrador Pedro Pires de Oliveira, irmão do prelado, o qual fora mestre do príncipe D. Afonso, futuro rei D. Afonso IV, distinto erudito e embaixador nas cortes de Roma e de Espanha. No ano de 1397 o vínculo personificado no ex-alcaide de Évora Álvaro Mendes de Oliveira, exilado e ao serviço de Castela, foi confiscado por D. João I e entregue a Rodrigo Álvares Pimentel, cavaleiro dedicado à causa nacional. 

A propriedade (anexa, ulteriormente, com mais terras à herdade de Sobrados, outro morgado fundado pelo Bispo de Lamego D. Rodrigo de Oliveira, irmão do instituidor da Oliveira), nos últimos anos do reinado de D. Manuel pertencia ao fidalgo Martim Afonso de Melo de Miranda e era gerido por Henrique da Mota, que nela recebeu, muitas vezes, os infantes D. Henrique e D. Duarte, na sua juventude, como se sabe através da obra biográfica deste último príncipe feita por Mestre André de Resende. Nos meados do séc. XVII era governado pelo morgado Luís Francisco de Oliveira e Miranda, casado com D. Luísa de Távora, fundadora do Convento de Cardais, de Lisboa, em 1681. Presentemente, é património dos Saldanhas Zuzarte Figueira e Sousa, Condes de Rio-Maior. Do primitivo solar pouco subsiste de interesse arqueológico, porque nos meados do século passado, em hora infeliz, um herdeiro determinou o alindamento e modernização do palácio (obra que ficou incompleta por motivos desconhecidos), mascarando completamente o edifício com alienação da veneranda construção rústica de antanho. 

Do pouco que não foi destruído, destacam-se alguns portados de granito: um de ogiva chanfrada, que deita para o pátio do corpo principal (lado norte), de desenho e características quatrocentistas, sobrepujado pela pedra de armas dos actuais donatários, de mármore; outras portas dos tipo românico e gótico no rés-do-chão, aquela arquitravada e de impostas do período decadente, obstruídas; alguns cunhais de cantaria lavrada, restos de escadas exteriores e várias salas do piso térreo cobertas por tectos nervurados, de aresta viva, apoiados em mísulas grosseiramente esculpidas. A escada, que comunica com os pisos altos é antiga e do sistema mediévico, correndo no endossamento da parede, com caixa de aberturas chanfradas mas modificada nas obras recentes. Antecede o pátio solarengo, para a banda do ocidente, robusto e alto muro de alvenaria recoberto no cornijamento por friso de merlões do estilo manuelino, no qual se abre amplo e rústico portado de pedra facetada, de configuração rectangular, sotoposto a pequeno nicho desornado do padroeiro, quiçá S. Martinho ou Santo António, este último, orago da capela. Abre-se esta no topo sul da mesma frontaria, no prolongamento do lamentável pavilhão moderno, com dupla faceira de janelas de arcos lanceolados, e conserva o antigo portado exterior, de vergas e lintel graníticos entre possantes contrafortes de alvenaria. Sobranceiro, vetusto e poético cruzeiro marmóreo. Curioso capitel românico, octogonal, de granito, com 50 cm. de alto, ornamentado por pinhas estilizadas e folhas de parra, servindo de assento, subsiste na entrada do templete, denunciando quão imponente seria a primitiva construção de tal fragmento decorativo. 

A capela, de uma nave de planta rectangular, está ligada ao paço através da tribuna dos donatários, aberta com três arcos de lanceta, de colunas dóricas. Tem tecto de penetrações e todo o interior foi completamente renovado nos fins do séc. XIX. Na parede fundeira do coro, em tela de factura medíocre, expõe-se o retraio pintado a óleo do fundador, D. Martinho de Oliveira, segundo cópia de 1783 da galeria da Catedral de Braga, com a particularidade documental de mostrar a personagem segurando uma planta panorâmica do solar da Oliveira, interessante, sobretudo, pelo debuxo que deu origem à desastrosa modificação da centúria passada. Muito pobres são os dois altares colaterais, dedicados a S. Luís e a Santo António, abertos em nichos nas paredes, sendo a imagem deste boa peça de madeira estofada e dourada, do séc. XVII. 

Ao lado subsiste modesta caixa de esmolas, figurada pela pintura popular de S. Martinho. Bom exemplar de arquitectura clássica, embora de traça provincial, é o presbitério, cronografado de 1567, de pórtico rectangular aberto por arco de volta redonda, com aduelas almofadadas e armorejadas de símbolos da casa e apoiado sobre colunas dórico-toscanas, de granito, A cúpula, de secção ovóide, está igualmente decorada por tabelas brasonadas, de estuque. O retábulo do altar compõe-se de preciosa tábua pintada a óleo, de c.ª 1560, de temático da Assunção da Virgem, muito carregado de vernizes por restauro hodierno do pintor Carlos Reis, mas do maior interesse pictural, com intenso movimento de personagens e delicioso rancho de anjos músicos e cantores. O painel, que mede de altura 2 m x larg. 1,20 m., manifestamente peça barroca do maneirismo flamengo, pertence ao núcleo oficinal eborense dessa época. 

O Padre Eterno, predela sobrepujante, também pintado sobre madeira e emoldurado com pilastras estriadas, do estilo jónico, completa o conjunto do altar, além das imagens correntes do Calvário e Santo António, de lenho policromo e N.ª S.ª do Rosário, antiga, mas de roca. Dos estimados jardins do solar, perdidos actualmente, existem restos de alegretes, fontes e cascatas, uma grande taça gomeada, de granito, pináculos e vasto tanque lajeado, ornamentado com leão de pedra no rebordo, servindo de gárgula, e outros vestígios artísticos de uma opulência que a história largamente assinalou e os homens deixaram perder. 

BIBL. Cónego Abel M. Ferreira, Archivo Eborense - Secção Extraías, pág. 55; António Francisco Barata, Évora e seus Arredores, págs. 29-31; Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, págs. 96-99. 

Carminho, Virgem Suta, Linda Martini e os eborenses ATOA na Feira de S. João


A fadista Carminho que se notabilizou, entre outras músicas, pela interpretação de "Perdoname", com Pablo Alborán, através do qual se tornou na primeira artista portuguesa a atingir o número um do top espanhol, e os eborenses ÁTOA, autores dos sucessos Já Não, Distância ou Um Pouco de Sol, são alguns dos artistas que irão atuar da Feira de S. João deste ano, que irá realizar-se de 22 de junho a 1 de julho, juntamente com os bejenses Virgem Suta ou Linda Martini.atoa (1).jpg

Carminho, que atualmente anda em digressão mundial com os discos "Canto" e "Carminho canta Tom Jobim", irá atuar no palco principal da Feira de S. João no dia 27 de Junho (quarta-feira), enquanto os "filhos da terra" irão apresentar os álbuns Sem Noção e Idade dos Inquietos, dois dias antes, ou seja segunda-feira, 25 de Julho.

Subordinada ao tema "A Paz e os 100 anos do Armistício", a Feira de S. João 2018 contará ainda com as atuações, no palco do Jardim Público, da Orquestra de Jazz de Évora (dia 24), Samuel Úria + Daniel Catarino (dia 26), Linda Martini (28), Homenagem a Francisco José /Orquestra do Alentejo (29), Júlio Pereira + Jon Luz (30) e Virgem Suta (01). Dia 23 de junho está agendado um encontro de Ranchos Folclóricos com: Flor do Alto Alentejo; Fazendeiros de Montemor-o-Novo; e Grupo de Danças e Cantares Pioneiros de Vendas Novas.

A edição deste ano da Feira de S. João contará, em paralelo, com as comemorações do 66º Aniversário da Força Aérea, estando previstas inúmeras iniciativas.

Em termos de ordenamento, a Feira de S. João apresentará como novidade a deslocação do espaço desportivo para a frente do Monte Alentejano, que contará com um ecrã gigante para a visualização dos jogos do Mundial de Futebol, e a chamada "rua dos sapatos" deixará de existir tal como a conhecemos até hoje. Os vendedores deste tipo de mercadoria ficarão situados no interior do Rossio de S. Brás.

No recinto da feira estará ainda patente ao público uma exposição especialmente dedicada aos 100 anos do armistício.

http://www.cm-evora.pt/pt/Evora-Noticias/arquivo/Paginas/Carminho,-Virgem-Suta,-Linda-Martini-e-os-eborenses-ATOA-na-Feira-de-S--Jo%C3%A3o.aspx

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Porquê ler os clássicos hoje?


Horário: 16h30
Evento: 19 maio
Localização: À da Maria Mercearia - Rua do Cano, 37

​A cultura ocidental, herdeira natural da antiguidade greco-romana encontra nos clássicos dessa época os primeiros passos para a reflexão do papel do homem na sociedade e no mundo, servindo de modelo para a escrita literária ao longo da História. De Homero a Dante, Shakespeare, Cervantes, Camões, Tolstoi ou Fernando Pessoa, todos constroem a partir dessa fonte original, um manancial de obras consideradas universais que alicerçam a nossa cultura levando-nos a viajar pelo seus mundos, que se tornam muitas vezes o nosso mundo. Falar da literatura clássica é falar sobre a oralidade, o verso e a palavra escrita. Dos livros que lemos ou ainda gostaríamos de ler, dos momentos de prazer que nos proporcionam, das lições de vida que deles colhemos, do enriquecimento do nosso processo de socialização na partilha de um bem comum dado que os clássicos são sempre atuais.​

O Projeto ENTRE LINHAS, dinamizado mensalmente por Maria Eduarda Sousa, Ivone Girbal e Vicente de Sá, pretende cruzar as dimensões culturais dos recantos das diversas artes e das suas manifestações na sociedade em geral, num dinamismo significativo de opiniões e saberes entre os seus participantes. Intenta, também, recuperar o espírito de tertúlia na qual a partir de uma provocação a conversa fluía espontaneamente

Organização: Projeto Entre Linhas
Contacto: 956561434​

Évora perdida no Tempo - Fonte das Portas de Moura