segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Exposição de pintura "Partilhar o Jazz"


Horário: 18h
Evento: 04 novembro
Localização: Hotel Mar D'Ar Aqueduto

​​​Os Hotéis M'AR De AR e o pintor XicoFran, em colaboração com a Yori By Sónia Soares e a Capote’s Emotion, têm o prazer de o convidar a estar presente na inauguração da Exposição de Pintura "Partilhar o Jazz", que decorrerá no dia 4 de Novembro de 2017, pelas 18h, na Galeria do Hotel M'AR De AR AQUEDUTO. Neste evento será apresentada a linha de roupa feminina da marca Yori, baseada nos padrões das obras do pintor, assim como os Capotes Emotion que se associaram a este projeto. Iremos também poder assistir a uma intervenção do reconhecido artista Fernando Pereira, “Lord of the Voices”, e a interpretação de um solo de jazz pela Daniela Casimiro, intérprete de Dança Contemporânea.​

Org: M'AR De AR Aqueduto
Contactos: 266740700 | geral@mardearhotels.com​ | http://www.mardearhotels.com/noticias/inauguracao-da-exposicao-partilhar-o-jazz/​
APOIOS: Camara Municipal de Évora
Entrada livre

Informação retirada daqui

Nathalie - Fado


Horário: 21h30
Evento: 04 novembro
Localização: Teatro Garcia de Resende

​​​Nathalie não é estilismo ou arremedo globalizante: a fadista vive nos Estados Unidos e foi lá que o fado a apanhou, quando contava apenas 13 anos, prova de que há de facto uma razão para que este património tenha sido distinguido pela UNESCO - é que a sua dimensão é de facto universal. Carlos do Carmo, um dos grandes impulsionadores deste reconhecimento internacional do fado, aliás, viu também algo de especial em Nathalie, voz que tem feito questão de ter ao seu lado em vários concertos.

Org: UGURU | Câmara Municipal de Évora
Contactos: www.uguru.net

Informação retirada daqui

4º Festival de Música 2017 | Escola de Artes da Universidade de Évora


Horário: 21h30
Inicio do Evento: 30 outubro
Fim do Evento: 03 novembro 
Localização: Auditórios dos Colégios Mateus d'Aranda e Espírito Santo e Teatro Garcia de Resende

​​No dia 30 de Outubro tem início a 4ª edição do Festival de Música 2017 do Departamento de Música da Escola de Artes da Universidade de Évora. Esta iniciativa visa, em primeiro lugar, partilhar com a comunidade envolvente o trabalho artístico desenvolvido no Departamento de Música; por outro lado, contribui para potenciar intercâmbios, com entidades externas e proporcionar aos estudantes envolvidos oportunidades para se apresentarem em público. A presente edição foca particularmente as formações de conjunto alargado do Departamento de Música: Orquestra clássica, Orquestra de jazz, Orquestra de sopros e Coro, sob a orientação dos docentes Kodo Yamagishi, Claus Nymark e Yan Mikirtumov. Inclui, igualmente, obras em estreia; a primeira, Quatro Poemas de Christopher Bochmann, sobre textos de José Alberto Machado, consubstancia uma frutífera colaboração artística entre docentes de diferentes unidades orgânicas da Universidade de Évora; e de salientar, neste contexto, a participação da soprano Lara Rainho, ex-aluna do Departamento de Música. A segunda, Missa de Alcaçus, de Danilo Guanais, traduz-se num intercâmbio internacional efetivo​ entre a nossa Universidade, as Universidades Federais de Campina Grande e Rio Grande do Norte (Brasil) e ainda o Coro Loiret's Singers (França). A organização do festival é do Departamento de Música da Escola de Artes da Universidade de Évora, sob a coordenação da docente Liliana Bizineche. ​

Org: Departamento de Música da Escola de Artes da UÉ
APOIOS: CME | CENDREV
Contactos: 266760260 | mbcorr@uevora.pt | www.eartes.uevora.pt
Entrada livre na UÉ e bilhetes à venda no local para o Teatro Garcia de Resende

Informação retirada daqui

Concerto “Missa de Alcaçus”


Integrado no Festival de Música 2017 da Escola de Artes da Universidade de Évora Concert - Integrated into the Music Festival 2017 - School of Arts, University of Évora

Horário: 21h30
Evento: 03 novembro
Localização: Teatro Garcia de Resende
​​​
Estreia em Portugal a Missa de Alcaçus (1996,revisada em 2016) do compositor brasileiro Danilo Guanais que será apresentada em Évora numa versão para solistas, coro, percussão e piano. Em Maio deste ano foi ouvida pela primeira vez em Nova York na famosa sala de concertos de Carneggie Hall na direção do Maestro Vladimir Silva.
A Missa inaugura o seu atual estilo de composição, que ele próprio defina como uma renovação da estética Armorial que propõe a criação de uma arte erudita com base na Cultura Popular do Nordeste brasileiro. É este o objetivo do compositor brasileiro que sonha realizar obras que expressam musicalmente as suas convicções sobre a presença do homem como parte de uma comunidade que crê e que professa a sua fé coletiva​.
A Missa faz parte de um conjunto de obras entre os quais Sinfonia nº1, Paixão segundo Alcaçus e concluirá com a Stabat Mater prevista a estrear este ano.
O concerto tem como protagonistas internacionais o Maestro Vladimir Silva, solistas, pianista e o coro Loiret’s Singers da França que vai juntar-se ao coro dos alunos e de percussão do Departamento de Música da Escola de Artes.
Uma obra a não perder nos 45 minutos de música a encher o palco do Teatro eborense. 
Os bilhetes à venda no local.​​

Participantes:
Maestro Vladimir Silva (Brasil)
Julie Cássia Cavalcante  (soprano)
Luís Carlos Figueiras  barítono (Portugal)
Regiane Yamaguchi  piano (Brasil)
Bruno Domingos, David William e Rodrigo Oliveira  percussão
Coro Loiret’s Singers (França) Elodie Bigé, Marie-Lou Vinchon, Emmanuelle Bardet, Laure Crotte e Patricia Felix (sopranos); Alice Legroux, Chérryl Nagot, Danièle Rossi et Annie Delbecq (altos); Eric Flandry, Mahmoud Idir, Steeve Place, Alexis Marie (Tenors) e Gérad Barbier,Yannick Nagot et Nicolas Vicquenault (baritono-baixos) e Maria das Graças Medina Arrais (Brasil)
Maestro: Yan Mikirtumov 

Org: Universidade de Évora - Departamento de Música
Parceria: CENDREV
Apoio: Câmara Municipal de Évora
Preços: Normal: 6 € Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS): 4€ Descontos 50%: Cartão Estudante, + 65 anos, Reformados/Pensionistas; Funcionários da C. M. Évora, Crianças até aos 12 anos: 3 Euros Preço para Grupos Escolares e outros (para mais de 12 pessoas): 3 Euros
Cartão PassaporTeatro (estudante): 3 Euros
Cartão Passaporteatro Sénior: (Assinatura Anual)

Informação retirada daqui

18º Encontro Internacional de Arte Jovem - Évora 2017


Fim do Evento: 01 novembro
Localização: Paços do Concelho | Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo | Igreja do Salvador | INATEL | Teoartis galeria
​​​​​Exposição das obras do 18º Encontro Internacional de arte Jovem - ÉVORA 2017 - fase de concurso. Exposições individuais de participantes premiados. 3ª Exposição Internacional de Artistas e Professores de Arte.

18th International Youth Arts Meeting. E​​xhibition of works - contest.  
Individual exhibitions of award-winning participants. 3rd International Exhibition of Artists and Art Teachers.​

Org: Teoartis galeria
Contactos: 266702736 | teoartis.galeria@gmail.com
Parceria e apoio: Câm​ara Municipal de Évora, apoio Fundação Eugénio de Almeida, Direcão Regional de Cultura do Alentejo, Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo​

Postais Antigos - Portas de Moura e Catedral


domingo, 29 de outubro de 2017

Antigo Palácio dos Condes de Sortelha (Atual Câmara Municipal)


Do primitivo edifício, cujos fundamentos vêem do tempo de D. Afonso V com outorga de parte do castelo velho ao seu escrivão de puridade Nuno Martins de Silveira, em Setembro de 1450, pouquíssimo escapou ao camartelo urbanístico dos finais do séc. XIX, quando da adaptação da casa a Paços do Concelho, segundo compra determinada em 1881 pelo então presidente do Município, Conselheiro José Carlos Gouveia. O descendente do donatário, D. Luís da Silveira, 1.° Conde de Sortelha (1481-1534), foi guarda-mor de D. João III, diplomata e guerreiro consumado nos lugares de África, em Tânger, Arzila e Azamor, além de poeta do Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende. Em 1606, no tempo do 3.° e último conde D. Luís da Silveira, guarda-mor de Filipe II, de Portugal, parte da moradia situada na banda Norte alienada, deu lugar ao Convento de S. Salvador, ficando, todavia, o edifício ainda com proporções majestosas. Nele continuaram a viver descendentes deste titular, como sua filha segundogénita D. Madalena de Lencastre, senhora de Sortelha, do condado de Vila Nova de Portimão e 2.ª Condessa de Figueiró, e o célebre arcebispo Primaz de Braga cardeal D. Veríssimo de Lencastre. 

De merecimento arqueológico subsiste, no imóvel, uma bela sala térrea, servindo de Arquivo Municipal, de planta circular, com abóbada nervurada, em ogivas enlaçadas por bocetes de intenção geométrica ou naturalista, de alvenaria. Os artezões, de aresta viva, emoldurados, rompem de friso misulado, com volutas de enrolamento. É obra da Renascença Clássica, de c.ª 1560. Na mesma sala existem, também, dois portados de cantaria, do estilo gótico, lanceolados e constituídos por três meias canas rompentes da soleira. São restos arcaicos do tempo de D. Afonso V ou de D. João II. Sobrepujantes, em relevo, urnas e vasos engrinaldados, da época da cobertura. A dependência anexa, rectangular, tem tecto de barrete de clérigo centrado por chave brasonada com as três faixas (?) dos Silveiras. Do recheio antigo da Municipalidade, poucos objectos artísticos subsistiram às contingências e evoluções dos tempos e dos gostos humanos. Apontam-se os seguintes: BANDEIRA - Tecida sobre damasco vermelho, com a efígie de Geraldo Sem Pavor e uma cabeça de mouro por terra, de seda pintada e bordada a matiz, ouro, prata e lantejoulas. 

A figura equestre, de armadura e espada erguida, é recorte de pano antigo, com características dos fins do séc. XVI. Em bordadura inferior, a legenda bordada e dourada: PERPETUAE + LAVDIS + DAT + MONVMENTA + TIBI + . Na outra face, também aplicado, o escudo da Casa Real Portuguesa. BATALHA DO SALADO - Tábua de madeira de carvalho, representando os reis D. Afonso IV de Portugal e Afonso XI de Castela, com suas comitivas lutando contra os exércitos mouriscos em 30 de Outubro de 1340. Pintura do período maneirista de c.ª 1600, de autor eborense anónimo, que pertenceu ao altar de N.ª S.ª da Vitória, erecto na Igreja de S. Vicente, do padroado do Município Eborense. Alt. 1,10 x larg. 1,22 m (1). Existem três núcleos de cadeiras de merecimento, a saber: Grupo de cinco cadeiras de castanho, costas altas de couro repuxado, com predomínio de albarradas e anjos floreiros. Pregaria de latão, e tabelas axiais de vieiras frontais. Peças do estilo barroco. Séc. XVII. Foram restauradas recentemente. Alt. 120 x larg. 0,53 m. (Gabinete do Presidente). Seis cadeiras de nogueira, com braços e espaldar esculpidos por palmetas, ornatos e vieiras estilizadas. Pernas recurvas e pés de garra. Costas e fundos estofados. Uma delas tem variantes na obra de talha e conserva pregaria aguda no espaldar. Estilo D. João V (meados do séc. XVIII). Alt. 1,26 x larg. máx. do assento, 0,63 m. (2). 32 cadeirões de braços e costas altas, de madeira de nogueira esculpida, com predomínio de elementos florais e marinhos - crisântemos, palmetas e conchas estilizadas. Tabelas encruzadas. Fundos modernos de veludo escarlate. Este conjunto, de que fazem parte dois bancos de três assentos, foi feito no séc. XIX, na imitação do estilo rocócó bastardo. Dimensões das cadeiras: Alt. 1,38 x larg. do assento, 0,66 m. Bancos: Alt. 1,16 x comp. 1,86 m. TREMÓ - De madeira de casquinha dourada e marmoreada. O alçado, com espelho e pintura campestre no tímpano, é peça portuguesa do estilo rocócó (2.ª metade do setecentismo) e a mesa é do estilo Luís XVI. 

Foi adquirido na década de 1950 aos herdeiros do Comendador António Coelho Vilas Boas, em proveniência do palácio dos Morgados da Mesquita. Alt. total 4,10 x larg. 1,32 m. Peças de prata. SALVA - De prata branca, lisa, de pé alto e moldura lobulada. Armas de Portugal no centro, tendo como timbre o conquistador da cidade - Geraldo Sempavor. Na base a inscrição: HE DA CAMARA DE EVORA Punções de Évora. Marca do prateiro Luís Nunes, 1738. Diâmetro, 0,29 m. ESCRIVANINHA - De prata branca, composta por quatro peças: prato, de secção oval (diâm. máx. 0,26 m.), tinteiro, poeira e campainha. Ornatos de caneluras e tabelas discóides encerrando a efígie de Geraldo Sempavor. Figurinha esculpida, servindo de pega, simbolizando Sertório. Marca do prateiro eborense Alexandre Nunes, 1738. PAR DE CASTIÇAIS - De prata branca, lisa, com base quadrada e hastes cilíndricas, aneladas. Geraldo Sempavor gravado em tabela ovóide. Sem marcas. Séc. XVIII. Alt. 0,12 x 0,12 m. COLECÇÃO METROLÓGICA - A Câmara conserva em seu poder, felizmente, os jogos de aferição dos secos e líquidos da reforma de D. Sebastião, e o marco-padrão de pesos de D. Manuel, de bronze, fundido em Lisboa no ano de 1499, com a marca da cidade de Lisboa - nau e dois corvos - e a legenda de caracteres góticos dispostos em duas linhas concêntricas: O MVITO ALTO + E + EIXELENTISSIMO + REI + DOM + EMANVEL + OPRIMRO + DE + POR TVGAL + ME + MANDOV + FAZER + ANO + DONCMTO + DE + NOSO + SNÕR + IHV + XPO + D + 1499 + Existe outra caixa de pesos de bronze de menores dimensões coetânea, com esta inscrição: ME + MANDO + FAZERE + DOM + EMANVEL + REI + DE + PORTVGAL + ANO + D. + 1499 + Tampa adornada de escudos de Portugal com bordadura de nove castelos: tabela losângica, em pala, das iniciais TR (monograma). Punções de Lisboa: galeão com dois corvos e marca Y coroada. As medidas padrões da reforma de D. Sebastião, moldados no tipo original da Câmara de Lisboa, foram fundidos nesta cidade nos alvores de 1576 dando cumprimento à lei do ano anterior, corroborada pela chancelaria, segundo alvará de 3 de Janeiro assinada por Martim Gonçalves da Câmara. 

As duas séries, completas, compõem-se de 12 peças de bronze campanil, constituídas desde o meio quartilho, canadas e almudes aos alqueires e meio-selamim. Estão todas armorejadas com o escudo de Portugal sobrepujados por coroas reais fechadas numa face e na outra por tabelas barrocas de letreiros em baixo-relevo, que dizem: R / SEBAS / TIANVS / I L/V ou apenas em abreviaturas: R / SBTÃ /I L/V 1575 Têm punções de Lisboa e a marca do fundidor; A. S. (3). No murete moderno do varandim do edifício municipal, com face para a Rua de Olivença, a edilidade de 1950 ordenou a reposição do nicho do Senhor Jesus da Consolação, que existia num alçado da cerca do destruído Convento do Salvador do Mundo e que olhava à Carreirinha do Menino Jesus. O antigo, com obra de talha dourada do estilo rocócó de D. João V, metido em lâminas de ardósia, perdeu-se durante a construção do actual edifício dos C. T. T., exceptuando a imagem de madeira populista, do Crucificado, que é a subsistente, no novo lugar. (1) O painel voltou para o seu lugar em 1966. (2) Esta última cadeira, depois de estar largos anos servindo de assento de magistrados do Tribunal da Comarca, foi cedida, em Agosto de 1964, para a capela-mor da ermida municipal de N.ª S.ª de Guadalupe, destinada aos prelados nas cerimónias solenes. (3) As três séries encontram-se, presentemente, expostas nas salas da Comissão Municipal de Turismo, na Praça do Geraldo. 

Informação retirada daqui

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Postais Antigos - Pórtico dos Lóios


Puccini - Árias de Ópera


Horário: 18h
Evento: 29 outubro
Localização: Teatro Garcia de Resende

Org: Câmara Municipal de Évora e CENDREV
Produção: Pedro Pinto
Entradas: 5€​

Informação retirada daqui

Raízes


Horário: 21h30
Evento: 28 outubro
Localização: Teatro Garcia de Resende

​​“Raízes” é um espetáculo de caráter pluridisciplinar que promove o cruzamento de diferentes territórios de expressão (tradicional e contemporâneo), na relação com a comunidade e na redescoberta das memórias do património. 

Interpretação: GUILHERME LEAL, FÁBIO BLANCO, NÉLIA PINHEIRO, MARGARIDA BELO COSTA, RANCHO FLOR DO ALTO ALENTEJO
Ficha Artística: Direção | Coreografia NÉLIA PINHEIRO
Bailarinos GUILHERME LEAL, FÁBIO BLANCO, NÉLIA PINHEIRO, MARGARIDA BELO COSTA.
Música - Composição Musical GONÇALO ANDRADE, NÉLIA PINHEIRO
Montagem da Banda Sonora GONÇALO ANDRADE
Figurinos JOSÉ ANTÓNIO TENENTE
Desenho de Luz RAFAEL LEITÃO
Participação especial RANCHO FLOR DO ALTO ALENTEJO
Técnica PEDRO BILOU, FERNANDO DIAS
Fotografias de Cena TELMO ROCHA
Direção de Produção RAFAEL LEITÃO

"Raízes", is a multidisciplinary performance that promotes the intersection between different territories of expression (traditional and contemporary), in the relation with the community and the rediscovery of heritage memories.​
Org: COMPANHIA DE DANÇA CONTEMPORANEA DE ÉVORA
Contactos: 266743492 | office@cdce.pt​ | www.cdce.pt​
Produção: CDCE 2017 
Coprodução CDCE, CINETEATRO DE ESTARREJA E CENTRO CULTURAL DE ILHAVO
A CDCE é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura | Direção Geral das Artes 
A CDCE tem o apoio da Câmara Municipal de Évora
Entradas: 8€ (5€ para jovens e seniores)

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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

'Our Way - Making The Perfect Day' - 14 de Novembro




"O Gajo" no Armazém 8


O Gajo, é a proposta que temos para  Sábado dia 28 de Outubro às 22h 
Um espectáculo de homenagem ao fado, à musica Tradicional e à viola Campaniça mas...de forma completamente diferente...
As composições do GAJO podem soar a fado, mas não são fado,
podem soar a música tradicional, mas não são música tradicional, são um híbrido disso tudo e muito mais.
O GAJO toca música do mundo.Depois de 6 meses a tocar por todo o país, 2017 chega com agravação do primeiro disco. que conta com o apoio e financiamento da Fundação GDA e a edição da Rastilho Records. O passo seguinte tem sido levar a Campaniça a todos os cantos do país e mostrar que as nossas raízes ainda podem dar muito fruto.

Postais Antigos - Teatro Garcia de Resende


domingo, 22 de outubro de 2017

Convento e Forte de Santo António da Piedade


Foi fundado pelo cardeal-infante D. Henrique segundo licença aprovada no capítulo geral da Ordem Capucha, em 1576. A obra, que prosseguiu lentamente durante a ocupação do trono português por este príncipe, deu-se como pronta por volta do ano de 1581 sob patrocínio do seu sucessor na mitra eborense, o arcebispo D. Teotónio de Bragança, que na igreja velha se desejou sepultar, facto que teve efeito em 16 de Agosto de 1602, depois da trasladação de Valhadolid, cidade castelhana onde se finara ao serviço da Igreja. Durante as campanhas da Restauração, c.ª de 1650, determinou o Conselho de Guerra de D. João IV, dentro dos princípios defensivos de Évora, então em estudo e planificação, o levantamento de um baluarte protector dos mosteiros de Santo António e do Carmo (1), em forma de leque ou peitoral do sistema militar adoptado na época. 

Foi traçado, segundo se crê, pelo engenheiro francês Nicolau de Langres, mas estava, porém, muito atrasado em Maio de 1663 e sem guarnição regular, motivo porque sofreu ocupação quase sem luta pelas forças do príncipe invasor D. João de Áustria. Durante o cerco de reconquista da cidade, no mês seguinte, dirigido pelo Conde de Vila Ror, na madrugada do dia 22, o presídio sofreu inesperado assalto de uma coluna mista de 400 homens escolhidos dos regimentos inglês e português comandados pelos capitães de terços D. Diogo Aspley e D. Luís de Azambuja, que aprisionaram na totalidade a guarnição. O plano actual pertence ao general de artilharia Agostinho de Andrade Freire, que o reformou na totalidade depois de 1665 e se deu como pronto na década seguinte sob assistência do cosmógrafo-mor Luís Serrão Pimentel. O forte, erguido na cota 298, a nor-noroeste da cidade, preconizado e construído nos moldes da engenharia do tipo Vauban, compõe-se de um quadrado de quatro baluartes com magistral muito reforçada, servido apenas por uma porta de campanha. Conserva várias guaritas, nos ângulos, de alvenaria, circulares ou poligonais, e outras obras militares coevas, incluindo os fossos, actualmente cultivados. 

O convento, secularizado em Maio de 1834, serviu de cemitério público, provisoriamente, pouco depois da Guerra da Patuleia e foi adquirido, mais tarde, pelo Morgado Casco e Solis, que o adaptou a vivenda burguesa. Datam de então os maiores atropelos anti-arqueológicos do velho edifício fradesco, que sofreu tantas mutilações quantas a ignorância artística da época considerava benefício civilizador. Pertence, actualmente, ao arcebispado de Évora, que nele instalou o "Colégio Nuno Álvares", externato de formação religiosa. Do templo de Santo António saíram, em Dezembro de 1938, por almoeda pública, além de outros móveis antigos, uma preciosa tábua da Escola de Pintura Portuguesa de c.ª 1550, representando a Adoração aos Pastores e atribuída ao pintor régio Gregório Lopes, que foi adquirida pelo antiquário Luís Sangreman Proença, a cujos herdeiros pertence. O acesso do ex-convento faz-se pela rampa do revelim do lado norte, defendido pelos flancos abaluartados e portão de alvenaria rematado nos acrotérios por urnas que centram registo de azulejos representando a Senhora da Piedade, dos princípios do séc. XIX. 

Da igreja primitiva, voltada ao nascente, subsiste a estructura geral, de planta rectangular, de linhas muito severas e pobres de arquitectura, reforçada por pilastras de granito, sobrepujadas por frontão de enrolamento, com pináculos ornamentais e nicho da imagem do padroeiro. A abóbada da nave, de volta inteira, é aberta em caixotões geométricos, de secção quadrangular. Durante o governo diocesano de D. Fr. Miguel de Távora, em 1747, a igreja sofreu uma profunda transformação que lhe alterou estruturalmente as proporções originais. Fez-se nova capela-mor, de planta semicircular coberta por tecto desenhado em vieira ao gosto rocócó, iluminada por tabelas e portais de molduras sóbrias, do mesmo estilo. O rodapé, de azulejos decorados por rosetões e estrelas, é obra avançada da centúria de oitocentos. O altar-mor, de talha dourada, em colunata salomónica, ainda dentro do espírito barroco, coeva da reformação do templo, é exemplar de certo merecimento; possui, no trono, sob baldaquino de entalhados rocócó, boa imagem do orago, de estofamento seiscentista. Em represas laterais veneram-se S. Francisco de Assis, fundador da Ordem, e S. Domingos de Gusmão, esculturas dos sécs. XVII e XVIII, respectivamente. 

O amplo arco cruzeiro, de volta plena, está recoberto de talha aplicada, polícroma, modelada no estilo neoclássico da época de D. Maria I e no cruzeiro, fechado por elegantes cancelos de balaústres torsos terminados em fogaréus e pináculos de madeira brasileira, existem dois pequenos altares laterais, dedicados a S. José e a Nossa Senhora da Conceição, os quais são constituídos por retábulos dum barroquismo tardio, de talha dourada e colunas do tipo berniniano, traçados no 2.° quartel do séc. XVIII. Os padroeiros, em madeira de vulto, policromados, são esculturas coetâneas, vulgares na execução. O portado da igreja, voltado à banda norte, tem curiosa porta de almofadas bem salientes, de pranchas do Brasil revestidas com interessante pregaria de pingentes de metal amarelo, dos finais do séc. XVII. Da mansão religiosa pouco se salvou das inúmeras obras utilitárias de adaptação civil. 

O claustro, mascarado com vãos envidraçados no piso alto, de pilastras do séc. XVII, conserva, todavia, no piso inferior, a planta original dos fins do quinhentismo, com cinco tramos abertos por arcos plenos apoiados em grossas colunas rústicas, de capitéis frustes e incompletos, de granito. Grande cisterna, apoiada em pilares de cantaria, melhorada no séc. XVII para serventia da guarnição militar, recebe as águas pluviais, actualmente aproveitadas nas regas da horta e pomar anexos. Outra dependência monástica tem interesse arquitectónico: o antigo Refeitório, actual camarata de retiro espiritual do Seminário, sita no corpo ocidente, disposta em traça rectangular, com quatro arcadas redondas nas faces maiores e três nas menores, apoiadas em colunas toscamente esculpidas e pilastras angulares, de pedra. Construída em alvenaria, no espírito da quadra, é coberta por tecto de meio canhão iluminada, no eixo, por lanternim. 

No vasto tanque rectangular da cerca do baluarte subsistem, no topo do lado meridional, sob peanhas de alvenaria, os bustos de três Evangelistas, de barro cozido e tratados à maneira neoclássica dos fins do séc. XVIII. 

BIBL. Pe. Francisco da Fonseca, Évora Gloriosa, 1728; Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 19-21. (1) Este antigo edifício religioso dedicado a N.ª S.ª do Carmo, deveu-se nos fundamentos a D. Jerónimo Limpo, futuro arcebispo de Braga, em 1531, e absorveu parte dos chãos da ermida de S. Tomé e do profanado cemitério dos judeus, situados na baixa dos ferragiais apar do Aqueduto da Água da Prata, chegando o seu casario muito perto da muralha da cerca nova. Foi incendiado durante os assédios da cidade no ano de 1663, e sacrificado totalmente no plano de fortificação proposto pelo Conde de Schomberg e Luís Serrão Pimentel, cosmógrafo-mor do reino.