Concertos Vodafone Flash: Buraka Som Sistema e os Dezperados juntos na Arena d'Évora no dia 24 de Janeiro de 2009 pelas 22 horas.
Lil’John e Riot começaram a fazer música juntos na adolescência mas o núcleo de Buraka Som Sistema só se completou quando os dois começaram a trabalhar com o produtor Angolano, Conductor, que trouxe consigo um extensivo conhecimento sobre o Kuduro. Os três pegaram nas influências da música da sua juventude, na sua cultura, e fundiram-na com a inspiração tirada de géneros musicais tão diversos como o techno, o drum‘n’bass, o hip hop e a música de dança. Um rotativo elenco de talentos juntou-se a Buraka, nomes como Petty, M.I.A., Pongolove, Kalaf, Nolay, Bruno M, Deize Tigrona, Puto Prata e DJ Znobia. A reputação ganha com os espectáculos enérgicos dados em festivais como Roskilde, Glastonbury, Bestival, TMN/Sudoeste, entre outros, cedo os colocou como favoritos entre a crítica e os seus pares. Apadrinhados por Diplo, M.I.A, Count & Sinden e Switch, Buraka Som Sistema ganharam em 2008 o Best Portuguese Act da MTV.
Dezperados
Tudo começou no Lux, espaço privilegiado para acolher novas intenções, capaz de sustentar o gosto pelo risco e o desejo de transgressão. O terreno do DJ tinha-se tornado num conjunto de regras demasiadamente confortável que, se tinham sido erguidas, também podiam ser desmanteladas. Passaram a fazer parte do espectáculo, quais rock stars envoltas em fumo, groupies, som e electricidade – misturavam o que não se podia misturar, partiam discos ao vivo como Pete Townshend tinha destruído guitarras, tocavam rock e techno e improvisavam as colagens que outros preferiam tocar certinhas. Os Dezperados abanaram a ideia do djing e no processo tornaram-se maiores do que provavelmente sonhavam. As máscaras protegiam a identidade, mas sobretudo pareciam dizer que o importante era a música, não as pessoas que a seleccionavam.E, de repente, sem se saber bem como, a ideia saltou para fora do laboratório que era o Lux e chegou aos festivais: os Dezperados dividiam espaço em cartazes com gente como os Chemical Brothers, Daft Punk, Moloko, LCD Soundsystem e muitos outros nomes grandes e pequenos, bons e maus… E em todo o lado a reacção era mesma: rendição incondicional perante uma dupla que nunca quis fazer prisioneiros. De Paredes de Coura ao Festival do Meco e daí até às festas com marca MTV ou Vodafone SoundClash, a entrega foi sempre a mesma – intensa, irredutível. Os Dezperados souberam não se prender a eles mesmos e não transformar a ausência de uma fórmula num outro tipo de fórmula. E por isso enfrentaram todos os desafios com o mesmo descomprometimento: a digressão com a MTV Europe – juntamente com Tiga, Tiefschwarz, Chicks on Speed, Princess Superstar, The Rapture, Black Strobe, Scissor Sisters, Spektrum e outros aterrou em Londres, Paris, Madrid, Milão, Berlin e Amesterdão e cada noite era noite de choque. Electrónico, obviamente.
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