A ministra da Saúde, Ana Jorge, considerou «realistas» os prazos para a construção do novo Hospital Central de Évora, cuja conclusão está prevista para o final de 2014, num investimento na ordem dos 94 milhões de euros. A governante falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do contrato para a elaboração do projecto técnico do novo Hospital Central de Évora entre a administração do actual Hospital do Espírito Santo e o consórcio liderado pelo arquitecto Souto Moura. Depois de considerar que os prazos «são bons para cumprir», Ana Jorge salientou o facto de a construção da nova unidade hospitalar ser «muito desejada» em Évora e no Alentejo.
No seu discurso, a ministra explicou que o novo Hospital Central de Évora insere-se no «mais ambicioso plano de renovação do parque hospitalar alguma vez levado a efeito na história do Serviço Nacional de Saúde».
«Évora tem uma necessidade imperiosa, há já muitos anos, de ter um novo hospital», disse Ana Jorge, destacando também a necessidade de introdução de equipamentos tecnologicamente mais avançados.
O agrupamento vencedor do concurso internacional, lançado em novembro de 2008, é constituído por Souto Moura-Arquitetos, S.A., Pinearq S.L., Grupo JG Ingenieros Consultores de Proyectos S.A. e Manuel Abreu.
Após a assinatura do contrato, o consórcio vencedor tem 420 dias para a entrega do projecto técnico, iniciando-se a obra assim que o trabalho estiver concluído.
A nova unidade hospitalar vai ter uma capacidade de 351 camas, extensível a 440, em quartos maioritariamente individuais, sendo que a área bruta do edifício ultrapassará os 78 mil metros quadrados, envolvidos por mais de 170 mil metros quadrados de espaços verdes e 1605 lugares de estacionamento.
A área de influência de primeira linha da unidade abrange 150 mil pessoas, dos 14 concelhos do distrito de Évora, enquanto, numa segunda linha, serão servidas 440 mil pessoas dos restantes 33 concelhos do Alentejo (Portalegre, Beja e Alentejo Litoral).
O novo hospital constitui uma reivindicação antiga da Câmara Municipal de Évora e dos responsáveis hospitalares da cidade, que insistiram, por diversas vezes, nos últimos anos, na necessidade do equipamento.
Os actuais hospitais do Espírito Santo e do Patrocínio, existentes na cidade, estão separados por uma via rodoviária e têm serviços dispersos por edifícios distintos.
O investimento será assegurado por fundos próprios do hospital, quer por via do seu capital, quer por via da alienação de património, e pelo recurso a fundos comunitários.
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