quarta-feira, 7 de março de 2012

PCP denuncia vários casos de salários em atraso e de despedimentos

O PCP de Évora denunciou esta quarta-feira a existência de vários casos no distrito de salários em atraso e de despedimentos, alguns deles "ilegais".
"Assistimos no distrito a alguns casos em que o patronato segue à risca a intensificação da exploração" e se "apropria ilegalmente de direitos dos trabalhadores, como sejam os seus salários", criticam os comunistas.
Em comunicado enviado hoje à Agência Lusa, a Direcção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP denuncia que, "no sector cerâmico, os trabalhadores da empresa RTS, em Montemor-o-Novo, estão com o subsídio de Natal em atraso".
Já no sector das indústrias eléctricas, a Magic Metal, que labora para a Tyco Electronics, unidade industrial localizada em Évora e que fabrica relés para a indústria automóvel, tem "o subsídio de Natal parcialmente em atraso".
A DOREV do PCP dá ainda o exemplo de que, "no sector dos mármores, a empresa Magratex", localizada na estrada que liga Borba e Vila Viçosa, "despediu 13 trabalhadores".
Também uma empresa de "outsourcing" do grupo Reditus, responsável por um centro de serviços em Évora que opera para as seguradoras do grupo Caixa Geral de Depósitos, procedeu ao "despedimento ilegal de um conjunto de trabalhadores", acusa a estrutura comunista.
O PCP refere-se ao despedimento de cerca de uma dezena de trabalhadores dessa empresa, segundo revelou à Lusa fonte sindical, no final de Fevereiro, enquanto a Reditus, no mesmo dia, explicou que foi proposto a sete funcionários "uma mudança de funções".
Trata-se de trabalhadores, acusou hoje a DOREV, "contratados temporariamente, muitos deles há mais de sete anos, desempenhando funções de carácter permanente sem vínculo efectivo".
"Este despedimento é um exemplo da intensificação da exploração, pois servirá para que a empresa possa contratar trabalhadores para aqueles postos de trabalho a pouco mais de 2 euros/hora", argumenta o PCP.
No comunicado, a DOREV assegura que as "medidas de austeridade" têm levado, no distrito, "ao encerramento de empresas e à destruição de postos de trabalho".
Aludindo a dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a DOREV refere que "mais de 10 mil desempregados estão inscritos" no distrito de Évora, mas este número está "subavaliado".

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