O “M’Ar de AR Aqueduto”, situado no centro histórico de Évora, junto da Porta da Lagoa, uma das entradas medievais da cidade, não abriu ainda há um ano e já é tido como uma unidade hoteleira de referência em todo o país. O sucesso granjeado parece devê-lo ao plano de recuperação de um antigo imóvel quinhentista em que se optou pela manutenção e salvaguarda da envolvente histórica, conjugando-a de forma perfeita com a criação de uma nova ala, de design contemporâneo e muito atraente.
É por esta razão que ao seu nome acrescenta a designação de Historic Design Hotel e SPA, assumindo-se como espaço de luxo e ostentando as clássicas cinco estrelas correspondentes. luxo e requinte no “M’Ar de AR Aqueduto” O novo hotel nasceu da reconversão do Palácio dos Sepúlvedas, cuja construção, destinada à habitação da família do mesmo nome, se supõe ter acontecido nos primeiros anos do século XVI. A área pela qual se estende o edifício é vastíssima, ocupando todo um quarteirão, compreendido entre a Rua do Cano, a Rua do Muro (retaguarda), a Rua Cândido dos Reis (fachada principal) e a Rua das Donzelas. Nas suas traseiras passa, já na sua fase derradeira, o Aqueduto de Água de Prata.
De mansão senhorial passou para domicílio do Colégio de S. Manços de Donzellas Nobres, por iniciativa do primeiro arcebispo de Évora, D. Teodósio de Bragança, que para esse efeito o adquiriu. A partir do triunfo do liberalismo o edifício vai conhecer diversas alterações arquitectónicas, ditadas pela necessidade da sua adaptação a funções de ordem económica, designadamente para a instalação de unidades fabris. De acordo com um estudo da investigadora Maria da Conceição Rebola, publicado no Boletim “A Cidade de Évora” (nº.5 da II série), o Palácio foi, sucessivamente, sede de empresas de cereais e derivados, de vinho (adega), transformação de cortiças (rolhas, no essencial) e finalmente, a partir de 1959, núcleo industrial de empresas de confecção de vestuário. Encerrou em 1996.
No âmbito da sua recuperação como hotel foram conservados o conjunto das três janelas manuelinas existentes na fachada principal, a esplendorosa capela e os magníficos tectos em abóbada. Na ala moderna avultam os amplos corredores de tectos bem altos, com inovações surpreendentes ao nível do desenho de quartos e salas, do invulgar sentido estético, harmoniosamente combinado com engenhosas soluções de iluminação. Neste projecto a Sociedade Hoteleira do Arez, S.A., investiu cerca de 6 milhões de euros e beneficiou de incentivos que rondaram os 2,3 milhões. O M’ar de Ar Aqueduto disponibiliza 58 quartos e 4 suites. Os quartos dividem-se em clássicos ou superiores. Qualquer deles ocupa um área de 30 metros quadrados. Os clássicos estão localizados no piso 0 e no piso 1.
Alguns têm vista para o Aqueduto e para o jardim. Os superiores, situados no piso nulo, estão orientados no
sentido do jardim, mas possuem varanda e terraço com mobiliário de exterior e piso em “deck” e beneficiam da envolvente exterior. Os do patamar cimeiro, dispõem aposentos repousar no m’ar de ar aqueduto de idêntico apetrechamento, mas estão voltados para o Centro Histórico. Quanto às suites, ficam na ala nova e contemplam uma sala com sofá e maple individual. Todos os quartos estão equipados com ar condicionado, telefone com ligação directa, ligação à Internet, Televisão LCD HD, cofre e minibar.
O hotel tem restaurante, com o nome de Degust’AR, com 100 lugares sentados e serviço à carta, dirigido pelo Chefe António Nobre, que prima por oferecer gastronomia mediterrânica de qualidade, com total respeito pela cozinha tradicional portuguesa. O B’AR é magnífico, proporcionando uma fabulosa visão sobre todo o interior e sobre o Aqueduto, que se divisa no horizonte por muitas centenas de metros. Referência para os dois quartos SPA (220 metros quadrados), com ginásio e cinco salas e gabinetes para tratamentos diversos. Há ainda piscina exterior para adultos e crianças (separadas), um jardim e várias esplanadas, assegurando uma estada tranquila em ambiente romântico.
Para banquetes e reuniões o hotel comporta salas com dimensões entre os 120 e os 170 metros quadrados: Sala Capela, Sala Donzelas e Sala Manuelina. Em termos de estacionamento o M’AR de AR Aqueduto tem à disposição uma garagem primitiva, paga, com capacidade para 60 semanas. Fora das muralhas, e muito perto do edifício, existe um parque de estacionamento gratuito e que aos fins-de-semana costuma ter bastantes lugares vagos.
Texto: José Frota
Fotografia: Carlos Neves
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