domingo, 11 de novembro de 2012

Precisa-se Professor(a) Para Explicolândia Évora


O Centro de Estudos A EXPLICOLANDIA está a recrutar colaboradores para o seu serviço de Apoio Pedagógico para o ano lectivo 2012/2013. 

Area de Ensino: 
- Inglês (Nível B1) 

Local de Trabalho 
- Évora (Explicolândia - Centro de Estudos) 

Perfil do candidato: 
- Professores ou licenciados na área 
- Forte sentido de responsabilidade 
- Capacidade de comunicação e motivação dos alunos 
- Conhecimento dos actuais programas escolares 
- Acompanhamento dos alunos até final do ano lectivo 
- Regime de prestação de serviços 

Inicio: 
- Novembro de 2012 

Oferecemos: 
- Colaboração num projecto educativo ambicioso e em expansão contínua 
- Remuneração de acordo com a experiência e objectivos alcançados 
- Excelente ambiente de trabalho 

Os candidatos deverão enviar o Currículo Vitae (com foto) e Carta de Apresentação para o email


 indicando: 
- Local de Trabalho 
- Disponibilidade de horário 
- Preço/hora 

Oferecemos: 
- Colaboração num projecto educativo ambicioso e em expansão 
- Remuneração de acordo com a experiência e grau de profissionalismo 

Para mais informações poderá consultar o site em www.explicolandia.com 

Procura-se formador com especialização em Igualdade de Género


Procura-se formador com experiência (factor preferencial) em formação em Igualdade de Género. 

A formação será no distrito de Évora. 

As candidaturas deverão ser acompanhadas de C.V., digitalização do Cartão do Cidadão/BI, certificado de habilitações e do curso especialização em Igualdade de Género. 

Preferencialmente por via electrónica para o email

bruno.castela@partnerhotel.net

sábado, 10 de novembro de 2012

Lendas sobre Geraldo sem Pavor - Parte 2



A CONQUISTA DE ÉVORA 
   Geraldo Sem Pavor escolheu cinco dos seus companheiros mais íntimos e mais fiéis, e com eles partiu para Évora, que, nessa data, se encontrava bem segura nas mãos dos Mouros.
   Apresentando-se às portas da cidade e revelando provavelmente quem era, Sem Pavor declarou precisar de falar em particular com o alcaide mouro. Passo temerário o seu, porque Geraldes, se era execrado pêlos cristãos, vítimas das suas tropelias sangrentas e das suas pilhagens audaciosas não o era menos pelos Sarracenos, em quem as suas investidas de surpresa, os seus saques vorazes e as suas cruentas chacinas haviam criado uma ânsia de represália que nunca puderam saciar-se, porque ele forte e matreiro, sempre pudera repelir ou furtar-se aos seus golpes vingadores. Óptimo ensejo aquele o que se oferecia ao alcaide islamita para se desforrar de tão odiado inimigo, cortando-lhe cerce a cabeça.
E Geraldo Geraldes bem sabia o risco que corria mas não o receava, justificando bem o seu apodo de Sem Pavor.
   Homem prudente e não menos ardiloso, o alcaide teria pensado que, antes de aprisioná-lo e provavelmente matá-lo, conviria ouvi-lo. Recebeu-o com a peculiar cortesia árabe, à qual a cortesia europeia muito ma ficar devendo. Geraldes apresentava-se como amigo, e como amigo o acolheu o chefe sarraceno. Em jeito de confidência, queixou-se o Português amargamente das arrelias e transtornos que lhe causava o ódio de Ibn-Errik, o monarca lusitano, que não desejava senão prende-lo e puni-lo com a morte; enumerou-lhe as forças que dispunha, talvez exagerando-as, e acenou-lhe com a possibilidade de essas forças entrarem como aliadas ao serviço dos Sarracenos, se ele, alcaide, o ajudasse a vigar-se do odioso rei Cristão. Geraldo afirmou, sem que o Mouro o duvidasse, que só poderia viver tranquilo depois de D. Afonso ter desaparecido deste Mundo.
       O muçulmano arrebitou a orelha muito interessado. A declaração parecia-lhe aliciante e convincente. Ele não ignorava que a numerosa tropa do proscrito fazia falta a Afonso Henriques para guerrear os muçulmanos. Poderia aprisionar o chefe que tão imprudente viera se meter na boca do lobo; mas, que proveito iria tirar dessa traiçãozinha? Pouco ou nenhum. Lá longe, no seu castelo, ficara um aguerrido exército de desesperados que matavam e pilhavam para sobreviver. Se lhes matasse o chefe, esses homens só teriam dois caminhos a seguir: ou nomear novo cabecilha e prosseguir em seus desmanchos ou submeter-se ao rei, que lhes concedia magnânimo perdão e com eles engrossaria as suas fileiras já tão poderosas. De qualquer das formas, o prejuízo seria dos Mouros. Não, a politica inteligente era captar as simpatias de Geraldo, tão temido como admirado entre os povos árabes, e, robustecido com esse valioso reforço, atacar e talvez exterminar o rei Afonso.
       Cercado de todas as honras, alvo das maiores deferências, Geraldo Sem Pavor permaneceu dois dias em Évora, como hóspede do alcaide. Percorrendo a cidade e o castelo na amável companhia do anfitrião árabe, o manhoso cavaleiro não deixou de observar minuciosamente as obras de defesa da robusta praça. Não lhe custou muito convencer o Mouro de, com o seu auxílio, atrair Afonso Henriques a uma cilada e mata-lo. Os olhos do alcaide luziram ante o sedutor projecto, que não lhe parecia inviável, se fosse executado por aquele aventureiro tão poderoso que ate lograra construir um castelo e manter a sua independência no território de um rei tão sanhudo e aguerrido que conseguira arremessar os Mouros para alem o Tejo e já ameaçava vastas regiões do sul.
      Ao cabo de dois dias de conversações, os planos achavam-se concluídos e firmado um pacto entre o cristão e o maometano. Ia dar-se começo à execução desses grandes projectos. Geraldo Geraldes retirava-se como importante potentado, solenemente acompanhado pelo alcaide ate fora das portas da cidade. O Mouro já antegozava o dia em que pudesse haver às mãos Ibn- Errik, o monarca português. Ala era grande, Maomé o seu profeta e ele, alcaide, servindo-os com tanta argúcia, bem podia ir contando com um lugar privilegiado nos deliciosos jardins do Paraíso muçulmano, onde não lhe faltariam odaliscas Formosas, tangendo brandamente seus pandeiros de ouro.
      Geraldo Sem Pavor regressou ao seu castelo e falou de novo à sua tropa. Reprimindo o seu contentamento, revelou, insistindo, que iam entrar numa acção tão grandiosa que o soberano não hesitaria em conceder-lhes generoso perdão, cumulando-os de honrarias e doando-lhes terras.
      Com seu intrépido chefe na vanguarda, armados e municiados para dois dias, saíram os réprobos do castelo, ao cair das primeiras sombras nocturnas. Era em fins de Novembro de 1166. Caminharam à socapa durante toda a noite; ocultaram-se, ao amanhecer, para prosseguirem na noite imediata. E só se detiveram, em plena escuridão, a uns dois quilómetros de Évora.
      Depois de lhes revelar as suas intenções, aí os deixou Geraldes dissimulados nas treva, recomendando-lhes o máximo silêncio. E dirigindo-se sozinho para a cidade. Pelo trajecto. Colheu uns ramos de árvore, com os quais se encobriu, e foi avançando cautelosamente, para que as sentinelas sarracenas não se apercebessem da sua aproximação. Era, porém, escusada tanta prudência, porque os vigias, iludidos por uma aparente e ociosa paz, dormiam a sono solto. Assim, pôde Geraldo abeirar-se da torre da atalaia, sem ser pressentido.
      Mas essa torre era construída de maneira muito especial, que tornava por assim dizer impossível a sua tomada. Não possuía porta; apenas lá no alto se abria uma janela, que constituía simultaneamente a entrada e o mirante, de onde se podia esquadrinhar com o olhar toda a planura em redor. Subia-se a essa alta entrada por uma escada de corda, que se recolhia, logo que a sentinela se instalava, cortando a ligação com o exterior.
      A falta da porta não representava dificuldade insuperável para Geraldo Geraldes. Contara com ela e estudara a maneira de vencê-la. Usou então o expediente de entalar o couto da sua lança e um ramo de árvore nos interstícios do muro, formando assim degraus, que ia retirando e colocando mais altos, consoante acabava de os utilizar. Trepou sorrateira e lentamente, até atingir a janela de acesso ao aposento do guarda.
      Apenas se encontravam ali o soldado mouro e uma sua filha, que dormiam regaladamente. Deslizando sem rumor, Geraldes agarrou a rapariga e, antes que ela tivesse tempo de soltar um ai, arremessou-a pela janela, vindo o frágil corpo despedaçar-se em baixo, no duro lajedo. E, com rapidez fulminante, decepou a cabeça da sentinela. Sempre silencioso, desceu pelo mesmo processo por que subira e foi juntar-se aos companheiros, levando-lhes, como troféu, a cabeça das suas vítimas. Aqueles sinistros despojos provavam com terrível eloquência que o caminho estava desimpedido. Évora dormia sem cuidados e sem sentinelas. Mas ainda havia as sólidas portas bem fechadas e trancadas. Era preciso abri-las.
     Então, dentre a sua gente, escolheu Sem Pavor cento e vinte cavaleiros e mandou-os esperar no local onde hoje se encontra o convento do Espinheiro com ordem de por ali se conservarem até ouvirem alvoroço e gritos na cidade. E, desta vez mais afoito de novo subiu o audaz cavaleiro à torre da fortificação, onde acendeu uma fogueira, que ele sabia ser o sinal convencionado pelos Árabes para os advertir de que os cristãos estavam a atacar a cidade naquele ponto. Antes, porém, de o alarme se generalizar entre os habitantes, já o aventureiro se tinha retirado apressadamente da torre e ocultado nas vizinhanças, protegido pela noite.
      Caindo na esparrela e reunindo precipitadamente todos os homens de armas disponíveis, saiu o alcaide em ruidoso tropel da cidade, dirigindo-se a galope para a torre da atalaia que supunha atacada. Na sua boa fé nem sequer achou necessário fechar as portas à sua retaguarda. Foi então que Geraldo Geraldes à frente do seu bando e protegido pelas trevas, entrou de escantilhão pela cidade, matou quantos ainda tiveram a veleidade de se lhes opor e trancou logo as portas deixando fora das muralhas o alcaide mouro e os seus homens desamparados, burlados, depois de perderem infantilmente a grande fortaleza que barrava aos Portugueses o caminho do sul.
    Senhor da cidade, bem protegido pêlos altos muros Sem Pavor concedeu logo aos seus companheiros, em adiantamento dos chorudos prémios prometidos a liberdade de saque. A cidade era uma das mais ricas da Península. Nunca aqueles homens rudes tiveram ao seu alcance povoação tão vasta e bem abastecida para e bem abastecida para pilhar. Caíram sobre as riquezas como bando de vorazes gafanhotos sobre uma seara e limparam tudo.
     Sempre habilidoso, Sem Pavor, uma vez de posse do formidável ponto estratégico há tanto tempo cobiçado pelo monarca, remetia-lhe humildemente um quinto do valor do saque, como era de uso naqueles tempos, seus homens, e suplicando-lhe que mandasse ocupar a cidade que conquistara para oferecer.
      Facilmente se calcula a satisfação do soberano. Perdoou de boa mente a Geraldo Sem Pavor e aos proscritos que fielmente o acompanhavam. Fez-lhe muitas mercês e nomeou-o alcaide-mor de Évora, porque ninguém melhor do que o aventureiro, que tão ardilosamente a tomara, a poderia agora defender, em nome de el-rei de Portugal.
       O facto teve grande importância, porque permitiu ao rei de Portugal lançar-se mais afoitamente para o sul, alargando os seus domínios, como tanto ambicionava. E as circunstancias da política interna de Marrocos também lhe favoreceram os intentos. Abd-el-Mumen o terrível emir, que lhe infligira a mais pesada derrota da sua fulgurante carreira de batalhador, falecera em Salé, em 1163. Como de costume em regimes feudais tanto entre muçulmanos como entre cristãos, sempre que um monarca desaparecia, as paixões e rivalidades latentes reacendiam-se entre os pretendentes ao mando supremo. Iussof-Abu-Iacub, que sucedera a Abd-el-Mumen, encontrando-se na Península, teve de partir a toda a pressa para a África, a fim de reprimir violentas revoltas dos irmãos e outros magnatas que lhe queriam ocupar o trono. Excelente oportunidade essa para D. Afonso Henriques se desforrar dos desaires sofridos e levar o seu domínio o mais longe possível.
       Com o ímpeto e a rapidez peculiares dos seus movimentos guerreiros, o monarca penetrou com suas poderosas hostes mais profundamente no território sarraceno. Ainda em 1166, Moura, Serpa e Alconchel como castelos de cartas sob um brusco sopro, caíram em seu poder e, posteriormente, Truxilo e Cáceres sofrem o mesmo destino. Em dois anos o rei de Portugal apodera-se do melhor bocado do Al-Gharb muçulmano. O império islamita do ocidente da Península desmoronava-se irresistivelmente. A gente de Mafoma sentia-se incapaz de deter o avanço português.
     Embriagado por estas vitórias, D. Afonso já não pode dominar a força cega das suas ambições e quis também apoderar-se de Badajoz, cidade que, pela sua riqueza, o fascinava tanto como o seduzira Évora anteriormente. Cometeu então um erro político que por pouco, lhe não foi fatal. Mas, esse passo precipitado que, visto na perspectiva do tempo, nos mostra o remate da sua carreira de guerreiro extraordinário marca simultaneamente o início da última fase da sua existência que merece ser detidamente narrada.

Fonte: marcoseborenses.no.comunidades.net

Évora Perdida no Tempo - Fachada da Igreja da Cartuxa


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1910 - 1940
Legenda Fachada da Igreja da Cartuxa
Cota CME0297 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Évora Perdida no Tempo - Igreja da Graça


Fachada principal da Igreja da Graça. A cobertura ruiu em 1884, vendo-se, na imagem, vestígios da mesma, bastante arruínados.

Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1884 dep. - 1920 ant.
Legenda Igreja da Graça
Cota CME0290 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Concerto "Segredo Bem Guardado"



Concerto "Segredo Bem Guardado", com Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva
Concerto da temporada de música Melodea


Data: 8 de dezembro
Local: Fórum Eugénio de Almeida (Rua Vasco da Gama)
Horário: 21:30
 

Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva, músicos completos, multifacetados e inovadores, apresentam o concerto “Segredo Bem Guardado”. Cristina solta-se das amarras do Fado, que a notabilizou, e parte em busca de outros sons, de outras interpretações. João Paulo, pianista compositor, distinguido com os prémios Médaille d' Or, Prix Jacques Dupont, Prix d' Excellence e Prix de Perfectionement, é um dos raros talentos que imprimem magia nas suas apresentações. Doze anos depois de um primeiro encontro e de um percurso tecido por muitas músicas e "aventuras", como a recente ousadia de cantar Schumann, Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva reencontram-se em concerto. Com eles, estarão as palavras de Baudelaire, Vasco Graça Moura ou Chico Buarque, e as composições de Schumann, Fausto, José Afonso, José Mário Branco ou Mário Laginha.

Organização: Fundação Eugénio de Almeida
Contacto: 266 748 350 | forumea@fea.pt
Inf. Extra: Preço - 6€

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cinema: Les LIP, l’imagination au pouvoir!, de Christian Rouaud (2007)



Ciclo de Cinema "Vivre Ensemble", inserido na programação da 13ª Festa do Cinema Francês

Data: 8 de novembro
Local: Auditório do Colégio Mateus de Aranda
Horário: 21:30
   
A aventura começa a 17 de Abril de 1973, na fábrica de relógios LIP, em Palente, na periferia de Besançon. Outrora uma empresa próspera, a LIP encontrava-se então nas mãos de novos proprietários que apresentavam um plano de despedimentos dramático para os operários como única saída para a empresa. A resistência organizada pelos trabalhadores deu origem a um movimento de luta incrível, que durou vários anos, mobilizou multidões em França e na Europa, multiplicou as ações ilegais sem ceder à tentação da violência, apoiando-se na democracia direta e numa imaginação incandescente! E a prática da autogestão afirmou-se como alternativa, utilizando o mote: “É possível: nós produzimos, nós vendemos, nós pagamos”.

Organização: Escola de Artes da Universidade de Évora | Institut Français
Apoios: Câmara Municipal de Évora | Rádio Diana
Contacto: 266 740 800 | uevora@uevora.pt
Inf. Extra: Entrada Livre

Évora Perdida no Tempo - Gabinete de leitura da antiga sede da SHE


Gabinete de Leitura da antiga sede da SHE, ornamentado por ocasião das Bodas de Ouro da Sociedade". […] Por toda a parte colchas riquíssimas e de cores vivas, em difficeis apanhados, columnas de pau preto e peluche de seda aos lados d'um grande espelho, tendo em cima obras luxuosamente encadernadas e em custosas [?] pastas o autographo dos estatutos da sociedade approvados em 1853 e de outro o presente livro onde esta acta é lavrada." Acta Descriptiva das Bodas d' Ouro da SHE.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1889 -
Legenda Gabinete de leitura da antiga sede da SHE
Cota SHE88.1 - Propriedade Sociedade Harmonia Eborense

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Assalto a banco em Évora terá rendido entre 140 e 150 mil euros


Entre 140 e 150 mil euros terão sido roubados nesta segunda-feira num assalto a uma dependência bancária de Évora realizado por dois homens armados e encapuzados, revelaram à agência Lusa fontes policiais.

De acordo com as mesmas fontes, o assalto à dependência do Santander Totta, na Avenida Dinis Miranda, em Évora, ocorreu cerca das 09h50, tendo os assaltantes fugido num “Peugeot cinzento-escuro” com matrícula falsa. O banco não tinha qualquer sistema de alarme ligado à PSP.

Em comunicado, a PSP de Évora explicou que dois homens “entraram no banco onde se encontravam seis clientes e seis funcionários” e forçaram, sob ameaça de arma de fogo, “um dos funcionários a abrir o cofre e a caixa ATM”.

Um dos suspeitos “retirou o dinheiro, enquanto o outro mantinha também sob ameaça de arma de fogo os restantes funcionários e clientes encostados a um vidro”.

Depois, segundo a PSP, os dois homens “fecharam os funcionários e clientes na casa de banho e puseram-se em fuga, num veículo de marca Peugeot, de cor cinzento-escuro, com matrícula falsa”.

A PSP precisou que “a chapa de matrícula” do carro utilizado na fuga tinha “sido furtada”, no domingo, de um veículo de passageiros na zona de Estremoz.

Durante o assalto, não foram efectuados disparos, nem se registaram feridos, segundo as fontes policiais. A dependência bancária fechou depois portas.

A PSP realçou ainda que, “apesar de encetadas todas as diligências” e contactadas outras forças de segurança, não foi possível localizar ainda os suspeitos.

As investigações ficaram a cargo da Polícia Judiciária.

Autor: Lusa

Até 30 de novembro no Palácio de D. Manuel: Exposição "Formas", de Visitação Zambujo




A Câmara Municipal de Évora apresenta no Palácio de D. Manuel, de 3 a 30 de novembro, uma exposição de escultura da artista plástica Visitação Zambujo, intitulada "Formas". Esta mostra será inaugurada no dia 3 de novembro, sábado, pelas 16 horas.

Foi com “a pedra e na pedra” que provavelmente começou a grande aventura artística da humanidade. De todas as artes plásticas, a escultura é talvez aquela que mais revive essa relação ancestral. 

É na pedra e com pedra que Visitação Zambujo exprime a sua imaginação criadora, através de figuras e paisagens, cujas formas, contornos e posicionamento, se entrelaçam com as variedades cromáticas dos mármores, granitos e calcários, produzindo um efeito visual de grande intensidade e onde a simetria é propositadamente esquecida.

Visitação Zambujo tem executado os seus trabalhos no Departamento de Escultura em Pedra do Centro Cultural de Évora desde 1989 e participou em várias exposições individuais e coletivas. 

Esta mostra é composta por um conjunto de trinta e uma peças e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.


sábado, 3 de novembro de 2012

Lendas sobre Geraldo sem Pavor - Parte 1


QUEM ERA GIRALDO SEM PAVOR
    A lenda, ao apoderar-se de Geraldo Geraldes — mais conhecido por Geraldo sem Pavor — em vez de o deformar totalmente, atribuindo-lhe proezas inverosímeis, recreou-se em avivar as cores e em sublinhar os traços do panorama geral das suas façanhas, por maneira tão inteligente e hábil como o faria um romancista de talento que quisesse valorizar, perante os olhos maravilhados do leitor, os elementos básicos e mais significativos do carácter dos aventureiros do século XII.
   O seu apodo ou alcunha dá-nos logo uma ideia - síntese do homem: o Sem Pavor. Quase sem esforço de imaginação, apenas auxiliados pela imagem que a escultura medieval nos legou dos campeões do seu tempo, podemos evocar mentalmente este guerreiro destemido, que, tal como tantos contemporâneos seus parece que a morte mais o quer poupar quanto mais ele se ousa em desafiá-la.
   Dir-se-ia estarmos a vê-lo, estuante de vida, ameaçador na sua equipagem de cavaleiro medievo, bem tranchado e firme no seu corcel revestido de aço, lembrando um gigantesco crustáceo protegido de carapaça, rija, pendente à ilharga o pesado e comprido montante e bem segura na manopla de ferro a lança de acerada ponte. Montada e cavaleiros formam um todo de metal maciço, quase invulnerável aos golpes brutais das cimitarras e dos dardos mouriscos. Só vemos em movimento as pernas irrequietas do cavalo nervoso e os braços longos do cavaleiro, a agitarem a afiada e longa espada, no jeito de ceifar todas as cabeças ao alcance dos largos círculos rebrilhantes que a arma mortífera descreve vertiginosamente nos ares.
   Do homem propriamente dito, todo couraçado de ferro dos pés à cabeça, não se lhe vê senão a barba negra, emaranhada, e os dentes que riem sinistra e escarninhamente num rebrilho claro. A fronte e o cabelo ocultam-se-lhe sob o elmo, de viseira em grade, por detrás da qual espreitam uns olhinhos pretos, matreiros, de raposo esperto. Aos solavancos do pesado trote do seu cavalo, o solo estremece e, no topo do bacinete de aço reluzente tremula uma pluma clara e flexível, emprestando-lhe o vago aspecto de ave monstruosa, descida de um tenebroso horizonte de Apocalipse.
   Supõe-se que Geraldo Geraldes, oriundo de uma família nobre de apelido Pestana, nasceu na Beira. Em que localidade e em que data? Ignora-se. Não se desconhece, porém, que foi um guerreiro valentíssimo. Bateu-se com denodo ao lado de D. Afonso Henriques, contra os Mouros. A sua intrepidez em combate era tal que enchia de assombro o próprio rei, homem tão temerário como ele, e foi o monarca quem principiou a chamar-lhe “Sem Pavor”, honrosa alcunha lhe ficou.
   Arrebatado, impulsivo, o Sem Pavor travou-se um dia de razões com outro fidalgo da corte de D. Afonso, (D.Nuno). Não gostava este de tais conflitos entre a sua gente, pois todas as vidas dos seus vassalos se lhe afiguravam preciosas para as arriscar contra os muçulmanos. Punia severamente os cavaleiros que se batiam em duelo, preferindo que eles empregassem a sua bravura contra o inimigo comum.
   Era difícil naqueles tempos tão rudes, em que as questões mais comezinhas se decidiam pela violência, manter a disciplina entre homens que passavam a vida a vibrar cutiladas, os ofendidos não se lembravam de defender a honra senão com armas em punho. Aliás, o costume de dirimir questões pela espada perdurou barbaramente até aos dias de hoje. O duelo era, e ainda é, embora mais raramente, a concretização da ideia primária, própria do homem das cavernas, de que o mais forte é o mais justo: a força a substituir-se aos princípios de Direito, de Razão e de Justiça. Sem Pavor e o outro cavaleiro, ajustaram as suas contas por meio das armas, provavelmente no campo da liça, e Geraldo, mais destro, se não mais justo, matou o seu adversário.
   Provavelmente, temendo a ira de D. Afonso, ainda mais terrível do que a dos seus cavaleiros, Geraldo Sem Pavor fugiu apavorado... Andou a monte, para não cair nas malhas da Justiça um tanto bárbara de el-rei, que bem podia mandar corar-lhe a cabeça, punição reservada aos nobres, porque a gente vil, a que não podia ufanar-se de sangue do fidalgo, enforcavam-se. Foi acoitar-se na serra de Montemuro e, por certo, para melhor se defender da gente do soberano, ali construiu um castelo seu. Como nobre cavaleiro medieval, tinha ao seu serviço alguns homens de armas, a cavalo e a pé, prontos a dar a vida pelo seu senhor; pequeno núcleo fiel e aguerrido, para o que desse e viesse.
   Seduzidos pelo seu prestígio de cavaleiro audaz, outros proscritos, foragidos à justiça, apresentaram-se no castelo, a solicitar-lhe abrigo. E como aquela gente de guerra não sabia obter sustento senão pela força das armas e precisava de viver, dedicou-se, com o seu chefe à frente, à chacina e à pilhagem. Geraldo Geraldes formou, por assim dizer, uma forte quadrilha de salteadores, que passava o tempo a saquear os povos pacíficos da província. Desciam sobre povoações, como bando de corvos sobre montemuros, e quando retiravam, deixavam à retaguarda as aldeias despojadas de tudo, num coro de prantos, lamentos e imprecações.
   Se as razias e saques visassem somente os povoados mouriscos, talvez o monarca tolerasse, porque, em seu critério simplista e prático, comprovado em tantos actos da sua vida, todo o mal que se fizesse gente de Mafoma, inimiga da Cristandade, ainda seria pouco. O pior é que Sem Pavor, decerto por imperiosa necessidade de abastecimento, tanto atacava fiéis de Maomé como os Cristãos confiados à protecção do primeiro rei português. Por isso, este devia andar a jurar-lhe pela pele. Certamente não aguardaria senão alguma das raras oportunidades que a permanente luta com os muçulmanos lhe oferecesse, para organizar uma expedição punitiva contra o rebelde, e exterminá-lo.
   A fama das boas presas que fazia entres os Mouros e Cristãos atraía um numero cada vez mais avultado de proscritos e aventureiros audaciosos, ávidos de bons despojos. Diz-se que Geraldo Sem Pavor chegou a arregimentar assim, sob as suas ordens, quinhentos e vinte seis homens de cavalo e a correspondente turba multa de peões, pelo que se poderia computar a sua horda em duas mil e quinhentas a três mil unidades. Podia considerar-se um colosso naquela época. Saía do âmbito restrito de uma quadrilha, para ser um exercito, com a agravante de toda essa gente decidida e valorosa para a luta representar um desfalque enorme nas fileiras do exercito real.
   O aventureiro, porem, bastante arguto, compreendia que tal situação não poderia durar indefinidamente. É certo que o seu poder militar crescera, tornava-se muito importante num país quase despovoado, nesse tempo, em que se percorriam léguas de caminhos solitários, entre brejos e matas quase virgens, ou grandes extensões de charnecas incultas, sem se encontrar vivalma. Mas, um dia, quando menos o esperasse, estaria a contas com as tropas de el-rei; o embate seria terrível, e já se conhecia de antemão o derrotado. Seria ele, Giraldo Sem Pavor... e sem apelo nem agravo. Afonso Henrique não lhe perdoaria a defecção, e os povos lesados clamariam iradamente por vingança. Se não perecesse em combate, a cabeça do rebelde cairia sob o cutelo do verdugo.
   Cada vez mais preocupado com as sombrias perspectivas do seu futuro, Geraldo começou a cogitar na maneira de sair airosamente daquela difícil situação. Um dia , mandou reunir bruscamente a sua numerosa horda de cavaleiros proscritos, no pátio do castelo, e arengou-lhe. Julgamos estar a vê-lo, alçado na sua robusta montada, cabeça despojado do elmo, grenha e barbas negras a emoldurarem o rosto crestado, o olhar dominador das suas pupilas de lobo voraz a passar lentamente em revista os guerreiros sisudos, bisonhos, em ansiosa expectativa. Que desejaria o chefe comunicar-lhes?
   O grande aventureiro expôs-lhe cruamente o dilema da situação em que se encontravam: ou continuarem a viver da pilhagem, do assalto à mão armada, como ladrões, ou prestarem a el-rei serviço tão grande, que este, passando de credor a devedor, não tivesse outra forma de liquidar a sua divida senão perdoando-lhe todos os delitos e cumulando-os de mercês.
   Em verdade, aquela vida de proscritos, que não se podia manter senão agravando velhas culpas com novas culpas, principiava a tornar-se inquietante, pelas negras nuvens de desforra impiedosa que se iam acumulando no horizonte de todos aqueles homens. Sim, era preciso descobrir processo de obter o perdão do monarca. Mas como? Aquela gente não o sabia. Geraldo, porem, sabia-o, mas não lho disse senão de maneira vaga. Asseverou apenas que se tratava de uma grande façanha em serviço de Deus, de el-rei e do reino.
   Ninguém ousou perguntar-lhe que espécie de façanha seria. Bastava a certeza de que ele era homem capaz de imaginar e pôr em pratica as proezas mais extraordinárias, como de sobejo o demonstrara em tantas e tantas ocasiões em que o tinham acompanhado. Todos estavam de acordo em segui-lo, nem que fosse para o Inferno, quanto mais para o Céu que suas palavras pareciam prometerem naquela alusão ao serviço de Deus, da nação e do rei.

Fonte: marcoseborenses.no.comunidades.net

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Universitários feridos em acidente grave



A noite deveria ser de festa. Comemorava-se o aniversário da Universidade de Évora, quando cinco estudantes se envolveram num violento acidente, na EN380, nos arredores da cidade. Três dos estudantes ficaram feridos com gravidade. Uma jovem de 21 anos continua em coma.

Tudo aconteceu cerca das 00h30, quando o Seat Ibiza conduzido por Fábio Agostinho, de 23 anos, estudante de Ciência e Tecnologia Animal, entrou em despiste numa zona de curva e contracurva e embateu de frente com um Renault Clio onde viajavam Ana Rita Lavado, de 21 anos, e Daniel Oliveira, de 22, estudantes de Desporto. 

Fábio seguia em direcção a uma festa no Cromeleque dos Almendres, enquanto Ana, Daniel e mais dois colegas do terceiro carro envolvido voltavam para a cidade depois de uma festa do curso de Desporto no Pólo da Mitra. "Eu vinha no carro atrás da Ana e levámos com o motor do Seat. Ainda estou abalado", contou ao CM Miguel Lino, de 19 anos, estudante de Desporto que também ficou ferido no acidente, mas que ontem ao final da tarde festejava com os restantes colegas. Ana Rita sofreu lesões graves nas pernas e um traumatismo craniano. 

Foi transportada para Lisboa. Está em coma induzido, mas estável, apurou o CM junto de um familiar. Daniel também tem uma fractura grave numa das pernas e permanece internado no Hospital de Évora, livre de perigo. Fábio também foi levado para Lisboa e ontem ao final da tarde deu entrada no Hospital de Santarém.

Fábio Agostinho teve alta, de Lisboa, ontem ao final da tarde, mas no carro dos pais e já a caminho de casa, na localidade de Póvoas, em Rio Maior, o jovem começou a sentir-se mal e a vomitar. Os pais (e a irmã mais nova), que o esperaram todo o dia no Hospital em Lisboa, levaram-no para o Hospital de Santarém. À noite, permanecia em avaliação, depois de submetido a exames. O jovem tinha o maxilar ferido, segundo familiares.

Os ferimentos graves resultantes do acidente de viação fez com que dois dos jovens que ficaram feridos tivessem de ser transferidos para o Hospital de S. José em Lisboa. Fábio Agostinho de 23 anos teve alta ao final do dia, enquanto Ana Rita, 21 anos, está em coma induzido. O seu estado de saúde é considerado grave, segundo a avaliação dos médicos. Familiares estão desesperados.


Por:Pedro Galego / Helena Silva/ Magali Pinto