sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Historial da Freguesia da Malagueira


Entre a idade média e o ano de 1841, Évora teve cinco freguesias urbanas: Sé, S. Pedro, S. Mamede e St.º Antão.
Num curto período do governo do Arcebispo D. Teotónio de Bragança (séc. XVI) existiu a de S. Joãozinho. Em 1840 foi extinta a de Santiago e integrada na de S. Mamede. As quatro freguesias restantes permaneceram até há pouco tempo.
1997 marcou uma mudança importante: o Projecto Lei apresentado pela CDU através do deputado eleito pelo PCP no distrito foi aprovado pela Assembleia da República, dando lugar à criação de novas freguesias e à reorganização administrativa das freguesias da Sé e S. Pedro.
Surgiram, assim, quatro novas freguesias na cidade extramuros: Malagueira, Horta das Figueiras, Bacêlo e Senhora da Saúde.

A criação das novas freguesias obedeceu a dois grandes objectivos:
  • Aproximar o Poder Local das populações, ter um conhecimento mais próximo das suas necessidades e resolver eficazmente os seus problemas.
     
  • Revitalizar a vida sócio-económica e cultural das freguesias, acentuando o sentido de presença.
     
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    Junta de Freguesia
IMG_4.jpg (26019 bytes)Freguesias Urbanas (extramuros) de Évora

IMG_1.jpg (31670 bytes)Évora 1501
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IMG_2.jpg (56462 bytes)Vista actual
 
Até à década de 40 do séc.XX, a zona urbana de Évora limitava-se à cidade intramuros. Todo o espaço não integrado dentro das muralhas medievais era constituído por quintas, hortas, ferragiais e vinhas. Alguns topónimos permaneceram até hoje: Poço entre Vinhas, Malagueira, Picada, Fontanas, Escurinho, Quinta da Vista Alegre, entre outros.
Muitos edifícios testemunham esta ocupação, ainda que outros tenham desaparecido, como ermida de Nossa Senhora da Glória, que se localizava junto ao Chafariz das Bravas.
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Legenda:1 - Quinta da Manizola. séc. XIX. Pertenceu ao visconde da Esperança e foi a Quinta do Arcediago, propriedade        de André de Resende.
2 - Convento da Cartuxa. sécs. XVI, XVIII, XX.
3 - Igreja da Cartuxa. sécs. XVI, XVIII, XX.
4 - Moinhos do Alto de S. Bento. séc XIX ?
5 - Aqueduto da Água de Prata. séc. XVI. MN dec. 16/08/1910
6 - Convento de s. Bento de Cástris. Sécs. XIV, XVI, XX. Sede da Casa Pia Masculina. 
    
MN Dec. 8 218 de 19/06/1910.
7 - Ermida de S. Caetano ou S. Cornélio. séc. XVI, XIX.
8 - Quinta da Malagueira. séc. XIX / XX. Edifícios, jardins e fontes. Pertenceu ao Conde de ervideira.
9 - Chafariz das Bravas. séc. XV, IIP.
10 - Nora do Escourinho ou da Picada.
11 - Capela e Paço Rural de S. José da Peramanca.
12 - Ermida de Santo Antonico. séc. XVIII.
13 - Cruzeiro da Picada. séc. XVIII.
ima_11.jpg (28145 bytes)13
A expansão urbanística da cidade na zona extramuros, fez-se, na sua maior parte, à margem de estudos urbanísticos, com excepção de duas zonas, uma a nascente (Zona de urbanização n.º1) e outra a poente (iniciativa privada: Quinta da Vista Alegre, quinta St.ª Catarina, Tapada do Ramalho).
Em 1975, a cidade tinha cerca de 40.000 habitantes, dos quais 2/3 habitavam fora das muralhas, distribuídos por 28 bairros "clandestinos", destes apenas 7 possuiam um estudo urbanístico, 11 não tinham água, 17 não tinham esgoto e poucos tinham arruamentos pavimentados. Os moradores organizam-se, mostram-se dispostos a colaborar, mas exigem do Município a construção dessas infra-estruturas.
Após o 25 de Abril, o Poder Local democrático rouxe um novo entendimento dos problemas de habitação, que em Évora se traduziu, entre outros aspectos, na recuperação de "clandestinos" e no desenvolvimento das cooperativas de habitação.
 
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Boa Vontade:
 400 fogos constrídos na freguesia; tem sede social.
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Habitévora:
 288 fogos construídos na freguesia; tem sede social e polidesportivo em construção
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Giraldo sem Pavor
: 319 fogos construídos na freguesia; tem sede social e polidesportivo; promoção de actividades culturais e desportivas
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Em 1977, a Câmara Municipal de Évora convidou o Arq. Siza Vieira para desenvolver o plano de Pormenor da Malagueira, na zona Oeste da cidade.
Do olhar de Siza Vieira sobre o Alentejo e a cidade e o contributo popular, nasceu o projecto da Malagueira; é o resultado de um trabalho conjunto do Arq. Siza Vieira com vários técnicos e com a participação activa dos futuros moradores em numerosas reuniões e plenários. O seu principal mérito não assenta no valor artístico, no diálogo que estabelece com a arquitectura da cidade antiga, mas também na experiência cultural e cívica que representa.
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Desenho de Siza Vieira
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Início da construção da Malagueira

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Aspecto actual

A Malagueira "é hoje um pedaço de cidade viva, que estabeleceu as suas ligações, as suas conexões, com as grandes quintas, com os quarteirões das casas clandestinas, com a cidade antiga. A Malagueira cresceu na dor e na luta para atingir esse momento de serenidade, tão esperado por siza, de equilíbrio entre o novo e o existente, entre o construído e o natural".
BEAUDIN, laurent, "Siza", L' Architecture D' Aujourd' hui, Dez. 1991, pág. 54
 
Este projecto de Siza Vieira tem sido distinguido desde o seu início com um conjunto extraordinário de prémios, alguns de âmbito internacional.
Frequentemente o bairro é percorrido por grupos curiosos, na maioria dos casos estudantes de arquitectura provenientes de todo o mundo, atraídos pelo desafio que esta sua proposta representa.
Mas nesta freguesia existem também outros edifícios merecedores de destaque pelas soluções arquitectónicas que a apresentam.
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1, 2, 3 - Bairro da Malagueira,  aspectos parciais.
4 - Quinta do monte Redondo.5 - Quinta da Vista Alegre.6 - Bairro António Sérgio.7 - Comissão de Coordenaçao da Região do Alentejo
8 - Espaço comercial.
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Ocupação Urbana dos Bairros Clandestinos à Actualidade
  • Bairros de Origem Clandestina
Anos 30/40
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St.ª Maria
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Sr.ª da Glória
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Três Bicos
Anos 70
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Torralva
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Fontanas
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Espadas (zona transição)

  • Loteamentos Licenciados
Anos 60
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Vista Alegre
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Tapada do Ramalho
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St.ª Catarina
Anos 70
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Cruz da Picada
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Malagueira
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António Sérgio
Anos 80
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Escurinho
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Alto dos Cucos
 
Anos 90
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Vila Académica
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Quinta do Mte. Redondo
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Vilas da Cartuxa

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