Históricamente conhecida como Praça Grande ou Praça Maior, a Praça do Giraldo foi o local fora de muralhas (da antiga cerca) onde se realizava a feira franca eborense, no tempo do Rei D. Dinis. Com a criação da muralha fernandina (no séc. XIV), a cidade cresceu e a Praça assumiu-se como centro político (os antigos paços do concelho e a cadeia, onde é hoje o Banco de Portugal), religioso (com a Igreja de Santo Antão e aqui se faziam os Autos da Fé, nos tempos da Inquisição de Évora), comercial e social (festas, justas e touradas).
A fonte como a Igreja foram mandadas erguer pelo Cardeal D. Henrique (séc. XVII), ficando a fonte situada sobre um antigo chafariz onde chegava a água trazida pelas fontes da Prata, a 18 km da praça, e que fica enquadrada pela fachada da Igreja de Santo Antão, que foi erguida entre 1557 e 1563 no local onde se erguia a Ermida gótica de Santo Antoninho. Santo Antão inspirou-se na tipologia das igrejas-salão do Renascimento.
A uma das fachadas da Praça, por cima do Posto de Turismo, encontra-se o Paço dos Estaus, que o Rei D. Duarte mandou construir por volta de 1440, para aí albergar as embaixadores e delegações oficiais que vinham a Évora encontrar-se com o Rei e com a Corte.
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)
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