Horário: Inauguração às 16h00; de 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
Fim do Evento: 19 outubro
Localização: Cisterna do Colégio do Espirito Santo da Universidade de Évora
Olhar adentro A Biblioteca Geral, no arranque deste novo ano letivo (2018/2019), propõe abrir as portas da Universidade de Évora a toda a sua academia, e também à comunidade envolvente, através do olhar cristalizado, por obra de um fenómeno ao qual, muitos de nós, passamos alheios. O quinto elemento. Este - o éter- compõe os corpos celestes e com os outros quatro elementos - água, terra, ar e fogo - celebram a vida, jogando num ápice, tão efémero quanto despercebido, a abstração da beleza que a luz cria e reflete. Reflexos, que não obedecendo às lógicas da realidade visível, caiem nas graças de um lugar- comum, sobressaindo, à posteriori, através de uma inevitável urgência, celebrativa de uma eminente imaginação, que permite ao seu criador acrescentar assim, uma outra, construção imagética. Estas possíveis construções imagéticas descrevem, naturalmente, um processo de criação de uma imagem fotográfica, que é lugar de dualidades, e separações, uma vez que, como nos refere Giorgio Agamben na sua célebre obra, Profanazione, "a imagem fotográfica é sempre mais do que uma imagem; é o lugar de uma separação, e um dilaceramento sublime, entre o sensível e o inteligível, entre a cópia e a realidade, entre a recordação e a esperança." A imagem, assim como a estória, ou a própria interpretação da História, são sempre construções resultantes de múltiplas escolhas, imagéticas, invisíveis, factuais, atitudacionais, mas representativas, contudo, de uni-versus, que sendo, mais ou menos reais, e duais, são, regra geral, reflexos da nossa própria luz e sombra, e substanciadas por um eixo central, que as divide, ou aglutina. Diz-nos o poeta Petar Stamboliski: "Celebro a imaginação porque a realidade é um lugar- comum." É preciso permanência e constância. Parar nos espaços e no tempo, e dar largas à contemplação. Foi o que se propôs fazer - Isolina Lages - autora do trabalho que agora apresentamos no espaço da Cisterna. Através da sua lente, a autora foi tomando o gosto pela observação, criando diálogos e silêncios, e desenvolvendo o apreço pelo afeto, recordando memórias, e refletindo no tempo, com tempo, fazendo uma leitura do espaço e mostrando-nos a sua realidade, recortando e (re)desenhando cantos e recantos, pormenores de uma Universidade repleta de estórias e História. Rute Marchante Pardal Biblioteca Geral UE.
http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/UNI-VER-CIDADES.aspx
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