quarta-feira, 27 de abril de 2011

Caracterização da freguesia de S.Manços

Orago: S. Manços
População: -/+ 1 300 habitantes

Actividades económicas: 
Agricultura, pecuária, cooperativas de produção agrícola, de consumo e serviços, indústria de carnes e enchidos, panificação, construção civil, serralharia civil, carpintaria e comércio.

Feiras: anual - franca (4.º domingo de Agosto)
Festas e romarias: S. Manços e N.º Sr.ª  da Ajuda (2.º fim-de-semana de setembro)
Património Cultural e edificado: Igreja matriz, cruzeiro, anta e estatueta em bronze com cerca de 2 mil anos.
Outros locais de interesse turístico: praça de touros e jardim.
Gastronomia: Sopa de tomate, gaspacho, açorda alentejana, migas gatas, pé de porco de coentrada e ensopado de borrego.
Colectividades: Associação Os amigos de S. Manços, casa do Povo, grupo Desportivo de S. Manços, Grupo Musical Alta Voltagem e grupo de Forcados Amadores de S. Manços.


Edifício da Sede da junta de Freguesia

Freguesia situada junto da margem direita da ribeira de Azambuja, afluente do rio Degebe, S. Manços dista cerca de 20 quilómetros da sede do conselho. S. Manços foi elevada à categoria de vila em 29 de Dezembro de 1923.
Está esta freguesia ligada à tradição de S. Manços, considerado o primeiro bispo de Évora. Este terá estado sepultado na sua igreja paroquial, de onde os cristãos o levaram em 714, durante a invasão árabe, para Vila Nueva de S. Mâncio, na diocese de Palência, onde existiam, já no fim do século VII, duas igrejas a ele dedicadas. Por doação de D. Telo Peres em 9 de Julho de 1195 se fundo o mosteiro beneditino naquela terra espanhola.
Conforme a "História das Antiguidades de Évora", de André de Resende, um Homem nobre deu sepultura ao nosso santo na herdade de S. Manços, e crescendo a fama e os milagres, o conde D. Julião e D. Júlia, matrona religiosa, a cujo domínio aquela herdade veio, lhe construíram uma famosa basília "que agora é destruída e edificaram aquela torre que ainda dura meio destruída já".
A referência mais antiga que se conhece da "entrega da herdade de Somanços ao Cabido", é de 26 de Abril de 1278, documento que faz parte do arquivo capitular. No códice 3 - II - fls. 3 do mesmo, feito em 1321, se diz que "há o Cabiso hum herdamento em Somanços que ouve de presoria".
A folhas 16,v, se encontra o testamento de Mem Soares cavaleiro e sua mulher Sancha Gonçalves, ambos sepultados na Sé, junto da porta Gótica do claustro, que no ano 1301 fizeram doação de herdamento que possuíam em S. Manços, ao Cabido, devendo este manter duas capelas de missas por suas almas. No "livro das Demarcações Antigas", feiro em 1424, ao descrever os limites do dito herdamento já se refere a igreja: "... seguinte per elle ao dito caminho que vai para a cidade voltando por elle ata ribeira sobredita de san mãços ante a porta principal da egreja". Igual referência de encontra noutro códice escrito em 26 de Maio de 1460: "as quais folhas jazem em par com herdade do cabido de Sam manços contra vandaval e chegam a ribeira que vai para a dita ermida de sam manços".
A actual igreja matriz, dos finais do século XVI, inícios do séc. XVII, foi construída pelo mestre de pedraria eborense, Diogo Martins, no local de outro mas antigo que a Sé fundara, no séc. XV. Em 1962 sofreu obras de beneficiação interior que a alteraram, sobretudo na nave, perdendo alguns elementos ornamentais sacros, tais como talha, azulejaria e escultura dos séculos XVII e XVIII. As obras foram da iniciativa do pároco de então, o Reverendo Henrique José Marques. Recentes escavações e o restauro da abside puseram a descoberto elementos arquitectónicos romanos.
A observação atenta da capela-mor leva a considerá-la da época visigótica. Vicente Lamperes inculca o plano da mesma tradição siríaca ou bizantina. A igreja tem uma fachada de duas torres com alpendre de três arcos de volta abatida. Os livros paroquiais mais antigos que existem datam do ano de 1591. Esta freguesia tinha, em 1758, 170 fogos e já vem referida no pergaminho 68 da Colegiada de S. Pedro.


Germinação entre S. Manços e a Villa Nueva de
San Macios na província de Lion, Norte de Espanha


Momento de celebração da geminação entre S. Manços
e Villa Nueva de san Mancios. Celebrada pelo Presidente
da J.F. de S. Manços e o Alcaide de Villa Nueva de San Mancios


Vista parcial da Vila de S. Manços
Espaços verdes, zona de lazer. Jardim Público de S. Manços
 
Igreja matriz erguinda sobre o templo visigótico e cruzeiro Medieval mandado erguer pelo Mestre D'Aviz (recentemente recuperado pela J.F. S. manços
Urna em prata contendo os restos mortais do santo Martir de S. Manços. Encontram-se guardadas estas reliquias na igreja de Villa Nueva de San Mancios, estando uma parte na Sé de Évora doada por Filipe I de Espanha II de Portugal.

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