Carlos Roxo é arquitecto, nasceu em Lisboa, onde vive, mas tem com o Alentejo uma irresistível empatia emotiva e cultural que carrega cumplicidades, sendo que a sua mãe e esposa são alentejanas, de Estremoz. Foi ainda como estudante de arquitectura que se interessou pelo desenho, registando no papel as paisagens e povoados alentejanos. Hoje reacende essa paixão pelo desenho com um olhar diferente, não como intérprete do real que o encantava, mas como explorador de um outro real, de um imaginário que transporta uma inquietação de novo tipo e que, doravante, gostaria de partilhar com os outros.
Nas suas palavras “agora volto ao desenho, idioma onde o traço trespassa o infinito que se lhe abre em cada folha de papel, invade o momento seguinte como que gerado por mãos precisas que antes estavam apenas em repouso e que agora são acção, se precipitam em desconhecido espaço que, diga-se de verdade, era já há muito vivido, quase uma certeza, com aquele rigor que só os sentidos sabem identificar (…) onde a mão nos revela o que sabemos de nós e o que não sabemos, o que queremos mostrar e o que ocultamos sem consciente advertência”.
A sessão de abertura da exposição contará com um momento de poesia pelo actor Rui Nuno e um concerto pelo Ensemble de Clarinetes do Conservatório Regional de Évora - Eborae Mvsica
Esta exposição estará aberta ao público até 30 de Abril, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00, e sábados e domingos só no período da tarde, encerrando à segunda-feira.
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