O ministro da Economia, Manuel Pinho, garantiu esta sexta-feira que os planos de despedimento de mais de quatro mil postos de trabalho da empresa aeronáutica brasileira Embraer não colocará em causa a construção de duas fábricas em Évora.'Não, não vai, temos essa confirmação', afirmou o governante no final da cerimónia de apresentação do plano de investimentos da REN - Redes Energéticas Nacionais, para 2009.
A empresa justificou a redução de 20 por cento da sua força de trabalho com 'a crise sem precedentes que afecta a economia mundial'.
Para Évora, a Embraer tem prevista a construção de duas fábricas, uma de estruturas metálicas para a produção de aeronaves e outra para materiais compósitos, cuja construção deverá arrancar até ao Verão deste ano.
Os contratos de investimentos, aprovados pelo Governo Português em Setembro de 2008, estão avaliados em 170 milhões de euros e prevêem a criação de 570 postos de trabalho.
O Sindicato dos trabalhadores da aviação civil receia pelo futuro as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), uma vez que a Embraer detém uma participação de 65 por cento nas OGMA.
'Por parte da aviação civil há retracção enorme. Há muitos clientes que não estão a voltar, outros estão a ponderar reduzir, até na parte militar existe uma falta de pagamento em horas. A parte dos motores hás também uma retracção, a não renovação dos contratos é a contratos é a consequência do mercado', sublinhou o Jorge Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil.
Por isso, 'vejo com alguma apreensão os resultados que pode vir a ter na empresa (os despedimentos) na casa mãe, a Embraer', afirmou o sindicalista. C.M.
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