quinta-feira, 28 de maio de 2009

28 A 30 DE MAIO - VARIAÇÕES ENIGMÁTICAS, PELA COMUNA TEATRO DE PESQUISA, NO TEATRO GARCIA DE RESENDE, EM ÉVORA

SINOPSE:

Quem amamos quando amamos?

Saberemos alguma vez quem é o ser amado?

O amor partilhado não será afinal um feliz mal-entendido?

Em torno destes mistérios eternos do sentimento amoroso, dois homens se defrontam:Abel Znorko, Prémio Nobel da literatura que vive isolado do mundo numa ilha perdida no mar da Noruega onde recorda a sua paixão por uma mulher com a qual trocou uma longa correspondência, e Erik Larsen, um jornalista que arranjou o pretexto de uma entrevista para se encontrar com o escritor. Mas qual o motivo deste encontro?

Qual a ligação secreta entre ele e a mulher pela qual Znorko se diz ainda apaixonado?

E porque é que um misantropo como o escritor afinal acedeu em recebê-lo?

A entrevista transforma-se rapidamente num “jogo da verdade” cruel e sinuoso, ritmado por uma cascata de revelações que cada um partilha com o outro, numa trama de um suspense sabiamente tecido.


Ficha Técnica:

Tradução: Carlos Paulo
Cenografia: José Capela
Desenho de Luz: João Mota
Figurinos: Carlos Paulo
Elenco: Carlos Paulo e Álvaro Correia
Assistente encenação: Hugo Franco
Guarda Roupa: Mestra Aurélia Braz
Equipa Técnica: Renato Godinho e Mário Correia
Fotografia: Susana Paiva
Cartaz: Suzana Paiva/r2com.pt
Assiatência Geral: Cremilde Paulo, Madalena Rocha, Alexandre Lopes, Leonor Gama, Assunção Dias e Eduardina Sousa
Gabinete de Produção: Rosário Silva e Carlos Bernardo


VARIAÇÕES ENIGMÁTICAS de Eric-Emmanuel Schmitt, 
Versão Cénica e encenação de João Mota
Elenco: Carlos Paulo e Álvaro Correia



Eric–Emmanuel Schmitt

Filho de professores de educação física, Eric Emmanuel-Schimtt nasceu a 28 de Março de 1960, em Lyon, na França. Estudou na École Normale Superieur, em Paris, licenciando-se em filosofia com a tese “Diderot e a Metafísica”. Depois de se formar, deu aulas de filosofia, primeiro em Saint-Cyr, depois três anos em Cherbourg e finalmente na Universidade de Chambéry.

Em 1991, escreveu a sua primeira peça de teatro: “La Nuit de Valognes”, uma releitura do famoso mito de D. Juan que fez a sua estreia mundial em Inglaterra, numa produção da Royal Shakespeare Company. Seguiu-se, em 1993, “A Visita”, uma peça que narra um suposto encontro entre Freud e uma figura misteriosa que alguns dizem ser Deus e outros dizem encarnar a Morte, e que lhe valeu três prémios Molière no ano de 1994: para Melhor Autor, Revelação Teatral do Ano e Melhor Espectáculo. 

Foi graças ao sucesso desta peça – traduzida e representada em todo o Mundo, que Emmanuel-Schmitt abdicou do seu lugar de Professor Conferencista na Universidade de Sabóia para se dedicar exclusivamente à escrita.

Em 1995, escreveu “Golden Joe” e no ano seguinte “Variações Enigmáticas”, que estreou no Théâtre Marigny, protagonizado por Alain Delon. Aliás, esta é, até ao momento, a peça mais representada do autor, e grandes actores de vários países têm dado corpo ao seu protagonista. Casos do brasileiro Paulo Autran, do alemão Mario Adorf ou do norte-americano Donald Sutherland.

Em 1997, Schmitt escreveu “Le Libertin”, inspirado na vida de Denis Diderot, e o monólogo “Milarepa”, que versava o tema do budismo, foi levado à cena durante o Festival de Avignon desse ano e posteriormente reposto em Paris, em 1999. Em 1998, o actor francês Jean-Paul Belmondo protagonizou “Frédérick ou le Boulevard du Crime”, e, na temporada seguinte, o Théâtre Marigny, de Paris, foi obrigado a contratar três elencos diferentes para manter em cartaz a peça “Hotel dos Dois Mundos”, dado o sucesso obtido pelo espectáculo junto do público.

Continuando a escrever imparavelmente – frequentemente ao ritmo de uma peça, ou mais, por ano – Emmanuel-Schmitt assinou ainda “Monsieur Ibrahim et les fleurs du Coran” (adaptado ao cinema pelo realizador François Dupeyron e que valeu a Omar Sharif o César para Melhor Actor de 2004); “Oscar et la Dame Rose”, “Pequenos Crimes Conjugais” (estreado pela actriz Charlotte Rampling no Théâtre Edouard VII em 2004), ou “L’Evangile selon Pilate”, adaptação cénica do seu romance homónimo.

Representado em 35 países, Eric Emmanuel-Schmitt é também autor de romances e ensaios, de uma ficção autobiográfica (“Ma vie avec Mozart”) e tradutor dos librettos das óperas “As Bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”, de Mozart. Em 2000, recebeu o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto da sua obra teatral, e em 2004 o Grande Prémio do Público, em Leipzig.

Fontes:
Site oficial do escritor

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