Ana Paula Correia, 35 anos, plantou provas para ocultar o homicídio do marido, a 2 de junho, em Évora. A mulher – que foi anteontem detida pela Judiciária de Lisboa – colocou um cigarro no local do crime. Queria que as autoridades acreditassem que o vício de vários anos do marido, Manuel, tinha sido fatal: morreu intoxicado num incêndio em casa. Polícia percebeu rapidamente que tudo tinha sido uma encenação.
A mulher deixou várias pistas que levaram à sua detenção. O Laboratório de Polícia Científica da PJ encontrou na casa um resto de vinho numa garrafa, ao qual foram adicionados fármacos com o objetivo de provocar a morte do homem, de 44 anos. Os vestígios dos medicamentos foram encontrados durante a autópsia ao corpo, realizada no Instituto de Medicina Legal.
Manuel Correia não morreu após ingerir o veneno e Ana Paula decidiu, por isso, atear fogo à casa. Prendeu os pés do marido com uma ligadura e queimou os sofás da casa onde viviam no Bairro da Malagueira. As autoridades não têm dúvidas de que Manuel estava vivo e consciente. A vítima tentou, aliás, arrastar-se para a casa de banho, mas morreu depois devido à inalação de fumos.
Ana Paula também não terá apresentado justificações para o que fez naquele dia. Todas as provas indicavam que a mulher estava em casa quando o marido morreu.
Segundo a investigação, o casal tinha uma relação conflituosa há vários anos, tendo pouco tempo antes do crime ocorrido uma nova discussão. Ana Paula queria a separação, mas não desejava perder a casa onde ambos viviam. Por isso, terá chegado à conclusão de que se simulasse a morte acidental do marido, conseguiria ter o que pretendia.
A homicida, presente anteontem a um juiz de instrução criminal, está já na cadeia, onde irá aguardar julgamento em prisão preventiva.
Por:Ana Isabel Fonseca/Tânia Laranjo
cmjornal
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