14 e 15 Novembro | Évora
Formadores: Mercedes Prieto | Carla Pinto | Patxi Laborda
PROGRAMA
Será que existem danças para diferentes idades? Qual é o motivo pelo qual as crianças, jovens e os idosos adoram dançar? São factores culturais, sociais, será a motivação individual?
Será que a forma da dança e o timbre dos instrumentos que a acompanham têm algum efeito na motivação?
Na Pédexumbo continuamos a divulgar o potencial que possuem as danças tradicionais do mundo e especialmente, neste último módulo de formação do ano, vai ser demonstrada a sua importância utilizando diferentes abordagens.
Em todas as culturas do mundo existem cantos de embalar que são cantados há muitos anos e servem para adormecer os bebés, com o seu movimento suave e constante. Jovens que são levados a descobrir que gostam de dançar e idosos que se deliciam quando ouvem as melodias que dançavam nos bailaricos quando eram jovens.
Sendo este um meio de motivação que apela à mobilidade e à socialização em qualquer idade, abordaremos diferentes contextos formais de aprendizagem, e o seu potencial de utilização em diferentes fases de uma aula.
Alguns dos temas que nos importa analisar são:
. Limitações fisiológicas nas diferentes etapas da vida;
. Dança(s) para grávidas e bebés;
. Fórmulas para motivar os adolescentes;
. Metodologias de aula e fundamentos teóricos;
. Adaptações do repertório de danças do Pais Basco para crianças e para idosos;
COMO CATIVAR OS JOVENS – CARLA PINTO
A dança, como manifestação artística, utiliza a linguagem do próprio corpo em toda a sua extensão, como transmissor de sentimentos, movimentos e atitude.
Como outras formas de expressão, pode ser transmitida ou ensinada. Está a ganhar espaço na escola, mas também foi assumida por diferentes organizações da comunidade.
Os jovens, sobretudo em contexto formal de aprendizagem, nem sempre são um público fácil de cativar. Como tal, é importante que o Técnico/Professor domine diversas metodologias, conhecimento ao nível do desenvolvimento motor e gestão do espaço de aprendizagem de forma a rentabilizar as aprendizagens, disponibilidade e motivações dos jovens.
Uma correcta abordagem da Dança pode ser sinónimo de uma amizade duradoura com esta arte ao longo da vida.
DANÇA TRADICIONAL NO PAIS BASCO – PATXI LABORDA
Aplicação de alguns elementos psicomotores no ensino da dança tradicional: a pulsação, a suspensão, o salto. Diferentes sistemas de utilização do corpo na dança: Academização da dança tradicional no Pais Basco. Dança para idosos: um estilo aplicável a seniores, fundamentado na interpretação minimalista da acentuação, pulso e “adorno” muito controlado. Exemplificação com danças como o Jauziak, Jota ou Arin Arin. Danças para crianças: a infantilização da dança tradicional. O papel da criança no mundo tradicional até a actualidade. Proposta metodológica; a imitação como motor do folclore. Danças que se adaptam ao objectivo do ensino no sistema de ensino oficial: primária e secundária. Uma proposta baseada nos modelos tradicionais:
Soka dantzak (bailes de corda dançados em diferentes zonas);
Irridantzak o Jostaketa dantzak (diferentes modelos, vale de Baztan);
Ingurutxoak (danças de pares em grupo);
Zortzikoak (danças em roda aberta);
Arin arin (danças de imitação).
ASSIM FOI COMO COMEÇOU TUDO – MERCEDES PRIETO
É logo a partir das 9 semanas, desde a fecundação, que o feto começa a realizar movimentos involuntários e que nas 11 semanas se vão transformar nos primeiros movimentos rudimentares da marcha, que são coordenados pelo cérebro. Podemos confirmar que antes dos outros sentidos, o movimento acontece para diferentes finalidades, entre elas, para trabalhar a autopercepção ou a consciência do corpo no espaço. Também foi demonstrada a importância da música na memória desde as 28 semanas e os efeitos negativos do stress da mãe.
Neste seminário vamos trabalhar qual ou quais os movimentos e as danças mais apropriadas para a mãe grávida, assim como aqueles movimentos perigosos ou impossíveis, pela mudança da sua anatomia durante a gravidez. Também abordaremos quais os movimentos possíveis para os bebés até aproximadamente 1 ano de vida, que é quando conquistam o domínio da marcha.
METODOLOGIA
As aulas são eminentemente práticas e haverá momentos de reflexão dos diferentes exercícios realizados. Haverá exposições com apoio de materiais audiovisuais. Serão entregues aos formandos artigos, descrições de danças e músicas gravadas em mp3, utilizadas pelos professores.
Carla Pinto - Portugal
Professora de disciplina de Educação Física há quinze anos, onde lecciona Dança, mas também, pontualmente, História da Dança e Expressão Corporal e Movimento. Licenciatura em Ciências da Educação – variante de Educação Física. Pós-graduação em Dança em Contexto Educativo, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Formadora de oficinas de danças para jovens em risco e 3ª idade. Participação em diversas acções de formação de diversos estilos – danças sociais, latinas, tradicionais, para crianças e urbanas. Praticante de Dança – Salsa, Hip Hop, Folclore Europeu e Danças Galegas.
Mercedes Prieto – Galiza
O seu gosto pela dança nasceu na sua infância, nos bailes e festas da Galiza onde dançou durante muitos anos num rancho. No ano de 2005 concluiu a licenciatura em Dança pela Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa, onde colaborou na pós-graduação de “Dança em contextos educativos” e no “Programa Peso”. O ensino da dança na escola é uma das suas preocupações pelo que trabalha para que os professores tenham formação e materiais para utilizarem a dança como uma estratégia e recurso educativo. Actualmente vive na Galiza, onde dá formação na área das danças do mundo e dança educativa para diferentes instituições e eventos.
Em Portugal colaborou com a Faculdade de Teatro e Cinema de Lisboa na formação dos docentes do programa extracurricular das escolas primárias. Trabalhou na escola Superior de Educação de Beja dando formação na área da dança aos animadores socioculturais e professores de jardim de infância e primária. Foi directora e coordenadora pedagógica na Associação PédeXumbo - associação para a promoção da música e dança tradicional.
Patxi Laborda – Bilbao – Pais Basco
http://www.myspace.com/patxietakonpania
Mestre de dança, coreógrafo e “txuntuxunero”. Guionista e director de vários espectáculos de dança e teatro. Trabalhou em vários processos de recuperação e recriação de danças, assim como de investigação etnográfica. Especializado em folclore de inverno, realizou diversos trabalhos sobre a dança tradicional, o solstício de inverno e o Carnaval. Hoje é professor de dança tradicional na Escola de Música de Bilbao.
PÚBLICO ALVO
Formadores de dança, animadores socioculturais, profissionais de saúde e todos aqueles que estejam sensibilizados pelo tema. Recomenda-se que possuam alguma experiência em dança.
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