O arcebispo de Évora, José Alves, apelou esta quarta-feira aos católicos para "ampliarem os gestos de partilha de bens", tendo em conta "a difícil situação económica em que se encontram muitas famílias" portuguesas.
"A partilha dos bens é um dos meios mais nobres e, porventura, mais eficaz para nos levar à conversão do coração", escreve José Alves na sua mensagem quaresmal, esta quarta-feira divulgada.
O prelado considera que, este ano, "tendo em conta a difícil situação económica em que se encontram muitas famílias", será "necessário e urgente" que os católicos ajudem "a resolver os graves problemas por que estão a passar tantos" portugueses.
Por isso, "peço a todas as comunidades paroquiais e a todos os estimados diocesanos que se disponibilizem para ampliar os gestos de partilha de bens, dentro das suas possibilidades", apela o arcebispo de Évora.
"Como nos diz a Sagrada Escritura no livro de Tobite, a partilha de bens é uma obrigação de todos. Dos que têm muito e dos que têm pouco. E quem dá deve fazê-lo tão generosamente que nunca fique com os olhos presos ao que tiver dado", refere.
Por outro lado, acrescenta, "o trabalho a favor dos necessitados é igualmente uma excelente forma de ajuda, como recomenda S. Paulo aos cristãos de Éfeso, e como é solicitado a todos neste ano europeu dedicado ao voluntariado".
"Espero que a vivência desta Quaresma ajude todos os diocesanos a viver intensamente a maravilhosa graça do Baptismo que fez de todos nós irmãos uns dos outros, chamados à partilha dos bens, dentro das possibilidades de cada um", afirma José Alves.
Segundo o arcebispo, o resultado da renúncia quaresmal deste ano destina-se a reforçar o fundo diocesano de apoio aos mais carenciados, que é gerido pela Cáritas Diocesana de Évora, que abrange toda a Arquidiocese, através de 21 núcleos de apoios social.
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