A inauguração do centro de serviços do grupo Reditus, em Évora, cujo conselho de administração é presidido por Pais do Amaral, bem como o anúncio da criação de mais postos de trabalho, está a gerar polémica.
É que o call center, criado em parceria com as seguradoras Fidelidade Mundial e Império Bonança, do Grupo CGD, já funciona desde 2006 e conta com mais de 400 de trabalhadores, muitos dos quais em situação precária.
Na cerimónia, o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, referiu que o projecto "é o início de um grande centro de prestação de serviços que vai empregar muita gente". Acontece que, segundo a comissão de trabalhadores da Fidelidade Mundial, os postos de trabalho – um total de 461 – já foram criados na última década.
Em comunicado, datado de 24 de Março, a comissão de trabalhadores mostrou-se surpreendida com este acto "caricato" e denunciou ainda alegadas "atitudes de pressão e coacção" para com os funcionários, que nas vésperas receberam instruções para vestirem no dia da inauguração fato e sapatos. No ‘mail’ a que o CM teve acesso foram proibidos o uso de ténis, calças de ganga e camisas por fora das calças.
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