A Câmara de Évora decidiu despedir por justa causa dois funcionários que terão desviado verbas da cobrança de facturas da água e obrigá-los a repor o valor em causa, cerca de 54 mil euros, segundo fontes da autarquia.
As fontes contactadas pela Lusa explicaram que o executivo municipal aprovou, por unanimidade, na terça-feira à noite, a proposta final do processo disciplinar, que foi apresentada pela instrutora do processo, numa reunião extraordinária à “porta fechada”.
Ficou decidido que os dois funcionários vão “desvincular-se da administração pública e repor as verbas desviadas por meios próprios”, precisaram as fontes. O processo disciplinar “deu como provado” que um dos funcionários desviou 35 mil euros e o outro 19 mil euros.
As fontes sublinharam que “continua a decorrer o processo-crime” contra os dois funcionários da autarquia, que “é da responsabilidade do Ministério Público”, podendo ser “apuradas outras verbas que foram desviadas e aplicadas as penalizações previstas na lei”.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira (PS), confirmou a realização da reunião, mas escusou-se a falar sobre o assunto, remetendo para as conclusões do processo que vão ser publicadas em Diário da República.
Também os vereadores da oposição, CDU e PSD, recusaram comentar o assunto.
O caso surgiu em Setembro de 2011, quando a Câmara de Évora abriu um processo disciplinar contra dois funcionários por alegadamente terem desviado verbas da cobrança de facturas da água.
Na altura, ambos os funcionários foram afastados daquele serviço e colocados noutros distantes para não terem qualquer contacto funcional com aquele departamento.
Autor: Lusa
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