A 5 de Outubro de 1910 foi implantada a República Portuguesa, cujo Governo Provisório assumiu a governação do país, e introduziu, de imediato, mudanças na sociedade portuguesa que espelhavam os novos ideais, entre os quais, a redefinição dos dias feriados, a nível nacional e municipal (Diário do Governo, 13 de Outubro de 1910). Neste âmbito, a Câmara Municipal de Évora, na sua reunião de 20 de Abril de 1911, e sendo então presidente o Sr. Dr. Felício Caeiro e vice-presidente o Sr. Dr. Manuel Gomes Fradinho, decidiu que o feriado municipal seria no dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador.
Posteriormente, na sessão de 10 de Dezembro de 1942, a Câmara Municipal de Évora alegou que o feriado municipal era inexpressivo para a cidade, e deliberou transferi-lo para dia 21 de Agosto, considerado um dia brilhante da história local, por nele ter ocorrido a célebre revolta popular de 1637 contra o domínio castelhano, conhecida por “Alterações de Évora”. Todavia, esta data também não teve relevância na sociedade eborense, pelo que a Câmara Municipal, na reunião de 9 de Julho de 1954, aprovou uma nova proposta de fixação do feriado municipal no dia 29 de Junho, “Dia de S. Pedro”. Data escolhida por ser o último dia da secular e tradicional Feira de S. João e envolver grande afluência de população e o encerramento do comércio, a partir das 12 horas, a realização de festas religiosas, tourada, concertos musicais e a instalação de iluminações especiais e lançamento de foguetes. E, observada então uma aceitação geral desta data, como o Dia da Cidade, o Decreto nº. 43.030, de 24 de Junho de 1960, estabelece o dia 29 de Junho como feriado municipal de Évora, e a Câmara Municipal delibera que a partir de 1961, inclusive, seja feriado municipal, com obrigatoriedade de fecho das Repartições Públicas.
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