A Central Elevatória de Água, localizada no centro histórico de Évora, está actualmente desactivada, e funciona como uma unidade museológica, patente ao público. Construída para permitir o fornecimento de água a todos os pontos da cidade, esta central era parte essencial da rede de distribuição de água ao domicílio inaugurada a 4 de Junho de 1933.
Com este sistema, que reconstruiu as captações e os troços do Aqueduto da Água da Prata, desde a Graça do Divor até à cidade, passou a ser possível a elevação da água à parte alta da cidade, assegurando uma pressão conveniente nos andares superiores dos prédios e permitindo um combate eficaz contra os incêndios. Até então, o abastecimento de água à população era feito exclusivamente através das fontes e chafarizes, chegando apenas a algumas casas, através do aqueduto.
Todo este projecto é da autoria do Engenheiro Viriato Castro Cabrita, posteriormente substituído pelo Engenheiro Ricardo Teixeira Duarte, e as suas construções em cimento armado foram da responsabilidade do Engenheiro Virgílio Preto.
Importante testemunho da história eborense, que deve ser preservado devido ao seu valor artístico e industrial, a CEA engloba um conjunto ímpar de estruturas imóveis, nomeadamente uma câmara de manobras, quatro reservatórios de chegada, uma estação elevatória e um reservatório de serviço regulador de distribuição de água.
De todo este complexo, evidencia-se a estação elevatória, que alberga ainda a última maquinaria que aí funcionou, tendo o seu edifício a particularidade de apresentar elementos arquitectónicos de estilo internacional e estando decorado com elementos Arte Déco.
A CEA, desde o início usando energia eléctrica, funcionou durante várias décadas, passando em 1966 a receber água da Albufeira do Divor. Na década de 70, a construção de depósitos soterrados na encosta do Alto de São Bento levaram ao seu encerramento.
Sem comentários:
Enviar um comentário