Nascido em Góis, no distrito de Coimbra, António Francisco Barata aí viveu até ir para Coimbra, aos doze anos. Em 1869 deixou essa cidade e foi para Lisboa, mas ali permaneceu muito pouco tempo, pois, no fim desse mesmo ano, já estava em Évora, localidade onde ficou a residir até falecer, aos 74 anos.
Foi a convite de Augusto Filipe Simões, figura ilustre da Ciência e das Letras, que veio para Évora trabalhar, como observador do Observatório Meteorológico, mas aqui teve depois muitos outros cargos e funções, nomeadamente: jornalista; industrial de tipografia e fundador da Tipografia Minerva; guarda do Gabinete de Física do Liceu de Évora; encarregado do Posto Médico; escrivão de Casamentos, na Câmara Eclesiástica; auxiliar de catalogação da Livraria da Manizola; e amanuense, conservador e director interino da Biblioteca Pública de Évora. Participou ainda na organização do Arquivo Municipal de Évora e foi também vereador da Câmara de Évora e, enquanto edil, fundou, com a ajuda de Gabriel Pereira, a Biblioteca Municipal para Leitura Nocturna, e concretizou outras iniciativas, das quais se destacaram várias exposições e a organização do Museu Arqueológico.
Na sua bibliografia contam-se mais de duas centenas de títulos, em diversas áreas, salientando-se as obras Lucubrações d`um artista (1860), Evora e seus arredores (1904), Evora Antiga (1909) e Homenagem da cidade de Evora a Alexandre Herculano com ineditos delle (1910). O seu legado é, por isso, bastante importante para o inventário, conhecimento e divulgação do património histórico da cidade.
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