quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Évora Perdida no Tempo - Jogos de crianças na Praça do Giraldo
Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 -
Legenda Jogos de crianças na Praça do Giraldo
Cota DFT139 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Monumentos de Évora - Igreja de Santo Antão
A Igreja de Santo Antão ou Igreja Paroquial de Santo Antão é um monumento religioso da cidade de Évora, estando situado na Praça de Giraldo, freguesia de Santo Antão.
Foi mandada construir pelo Cardeal D.Henrique, Arcebispo de Évora, no lugar onde se erguia a medieval Ermida de Santo Antoninho. Para a sua construção demoliu-se o Arco do Triunfo romano.
A igreja começou a ser construída em 1557, sendo um exemplar do período final da Renascença, de três naves, apresentando as características das chamadas igrejas-salão. Apresenta um considerável conjunto de altares de talha dourada, destacando-se ainda o raro frontal de mármore do altar-mor representando o Apostolado, obra do século XIV, proveniente da velha ermida de Santo Antoninho.
Designação - Igreja de Santo Antão
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
Divisão Administrativa Évora / Évora / Évora (Santo Antão)
Endereço / Local Praça do Giraldo Évora 7000 Évora
Situação Actual Classificado
Categoria de Protecção Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia,Decreto n.º 251, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970
No local onde se erguia a antiga ermida gótica de Santo Antoninho, foi erigida entre 1557 e 1563 sob égide do Cardeal D. Henrique a Igreja de Santo Antão, cujo traçado original pertence a Afonso Álvares com direcção arquitectónica de Manuel Pires. Inspirada na tipologia espacial hallenkirchen das igrejas-salão do Renascimento, dinamizada pelo arquitecto Miguel de Arruda em igrejas como a Misericórdia de Santarém, o templo sofreu desde cedo algumas vicissitudes, tendo sido abalado por um forte tremor de terra em 1568, que obrigou a que em 1570, em empreitada do mestre Brás Godinho, fossem realizadas obras de consolidação das colunas e do abobadamento.
A fachada principal da igreja está estruturada em três tramos rasgados por janelas de secção rectangular e divididos por pilastras . Nos cantos, duas torres quadrangulares, aparelhadas em granito enquadram a fachada. O coroamento do alçado principal, com cúpulas e frontões, foi iniciado por Brás Godinho mas só veio a ser terminada no século XVIII. Três portais, no eixo de cada um dos tramos, dão acesso à igreja, sendo que o portal axial, rematado com empena triangular e inserido em falso arco de volta perfeita, possui uma lápide de homenagem ao cardeal D. Henrique. Das fachadas laterais são de destacar os fortes botaréus de pedra lavrada . A amplitude espacial do interior desta igreja salão provém da abóbada única, quase plana, recortada com nervuras de aresta, que cobre as três naves. Os cinco tramos das naves são marcados pelas colunas jónicas, impressionantes nas suas proporções, conferindo ao espaço uma "certa imponência aliada à severidade peculiar dos edifícios sagrados do fim da renascença portuguesa" (Túlio ESPANCA, 1966). A capela-mor foi decorada por iniciativa do Arcebispo D., Luís da Silva Teles, em 1697, com um belo retábulo do Estilo Nacional, do mestre entalhador Francisco da Silva, integrando duas telas tenebristas do pintor régio Bento Coelho da Silveira, A Última Ceia e a Matança dos Inocentes. Dos altares laterais, todos com seus retábulos de talha, destacam-se um São Miguel e as Almas do pintor-poeta Jerónimo Corte Real (c. 1570), e um Santo Agostinho do pintor Francisco Vieira Lusitano (c. 1720).
Évora Perdida no Tempo - Feira de gado na Feira de S. João
Feira de gado junto à praça de touros de Évora (jardim público, actual parque infantil), durante a Feira de São. João.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Feira de gado na Feira de S. João
Cota DFT5021 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Personalidades Eborenses - André de Resende
André de Resende (Évora, por volta de 1500 — 9 de Dezembro de 1573) foi um frade dominicano, um intelectual, um teólogo, um arqueólogo, um especialista da Grécia e da Roma antiga, em suma um grande pensador humanista português. Foi também mestre de Dom Duarte. Filho de Pero Vaz de Resende e de Ângela Leonor de Góis, ficou órfão de pai muito cedo, ingressando aos dez anos no convento da Ordem de São Domingos de Évora.
Em 1533, sabemo-lo de novo em Portugal, no convento de São Domingos, em Évora, sendo então convidado para mestre do infante D. Duarte, o que aceitou, transferindo-se por essa altura da ordem dominicana para a situação de clérigo secular. Regia, simultaneamente, a cadeira de humanidades na Universidade de Lisboa, passando a leccionar, em 1537, na de Coimbra.
André de Resende foi, provavelmente, o pioneiro da arqueologia em Portugal, à qual se dedicou com zelo, devendo-se-lhe o primeiro estudo dos monumentos epigráficos da época romana em Portugal.
Teve uma profunda acção como ideólogo do Renascimento e como pedagogo divulgador dos estudos latinos e gregos, havendo deixado uma vasta produção literária, composta em latim e português. Órfão de pai, desde tenra idade, André de Resende cedo deixa a sua casa para seguir os estudos.
De 1513 a 1517 estuda em Alcalá de Henares, passando, no ano seguinte, ao Estudo de Salamanca, onde se doutorou, tendo como mestre de Grego, Latim e Retórica, o seu compatriota Aires Barbosa. Entre 1518 e 1526, vai até ao sul da França e demora-se por lá dois anos, repartidos entre Marselha e Aix, tendo recebido nesta última cidade as ordens de diácono. Em 1529 estava em Lovaina, entregue a uma grande actividade literária, que culminaria no Encomium urbis et academiae Lovaniensis e no Erasmi Encomiu, dado alume em Basileia em 1531.
Provavelmente em 1530, frequenta a Universidade de Paris, onde, segundo o seu próprio testemunho, cursa as aulas de Grego, regidas por Nicolau Clenardo, que tinha conhecido em Lovaina e a quem havia de ir buscar a Salamanca, em Novembro de 1533, por incumbência de D. João II, para preceptor do infante D. Henrique, o futuro cardeal-rei.
Lovaina a cidade belga onde tomou contacto com as correntes humanistas, tornando-se amigo de personalidades próximas do grande pensador Erasmo.
Em 1531 passa a residir em casa do embaixador português junto da corte de Carlos V em Bruxelas, D. Pedro Mascarenhas, entrando assim no séquito do diplomata. Mas se já então os novos deveres cortesãos obrigam Resende à memória histórico-patriótica e ao poema de circunstância, como foi o Genethliacom Principis Lusitani, composto para celebrar o nascimento do infante D. Manuel, filho de D. João III e D. Catarina.
O seu itinerário coincide com o do embaixador, que ele acompanha por toda a parte. Em 1533 regressa definitivamente ao Reino, indo acolher-se ao seu convento de Évora e, depois, em casa própria onde regia uma escola pública que voluntariamente encerrou em 1555 quando o ensino foi entregue aos Jesuítas tendo então recolhido novamente ao seu Convento. Começa então o ciclo da sua actividade intelectual em Portugal. É a instâncias suas que Clenardo e Vaseu vêm reger em Portugal: o primeiro em Évora, em 1533, e o segundo no Estudo de Braga, em 1538. Vivamente interessado pela arqueologia romana, foi o primeiro a interessar-se pelos restos e antiqualhas encontradas, mas não o move ainda o espírito científico, não hesitando em falsificar inscrições epigráficas. Em vernáculo legou mais dois opúsculos históricos: A Santa Vida e Religiosa Conversação de Frei Pedro e a Vida do Infante D. Duarte, que ficou inédita até 1789, data em que por imcumbência da Academia das Ciências de Lisboa, a publicou o abade José Correia da Serra.
A sua ossada repousa na Sé de Évora.
Obras em português
Vida do Infante D. Duarte, Lisboa, 1789;
A Santa vida e religiosa conversão de Fr. Pedro;
História da Antiguidade da cidade de Évora;
Fala que Mestre André de Resende fez à Princesa D. Joana;
Fala que Mestre André de Resende fez a El-Rei D. Sebastião;
Obras em latim
Narration rerum gestarum in Índia a Lusitanis, Lovaina, 1530;
Epistola de Vita Aulica, Lovaina, 1533;
Genethliacon Principis Lusitani ut in Gallia Belgica celebratm est a viro clarissimo D. Petro Mascaregna regia legato, Mense decembri, Bononiae, 1533;
Oratio pro Rostris pronuntiata in Olisiponensi Academia, clanedis Octobribus, Lisboa, 1534;
De verborum coniugatione commentarius, Lisboa, 1540;
Vincentius, Levita et Martyr, Lisboa, 1545;
Oratio habita Conimbricae in Gymnasio regio anniversario dedicationis eius die IV calend. Julii, Coimbra, 1551;
In obitum D. Joannis III, Lusitanine regis, Conquestio, Lisboa, 1557;
Epistolae tres carmine, Lisboa, 1561;
Carmen Endecasyllabon ad Sebastianum Regem Serenissimum, Lisboa, 1567;
Ad manturandum adversus rebellis Mauros expeditionem cohartiatio, Évora, 1570;
Ad epistolam D. Ambrosii Moralis viri doctissimi, Responsio, Évora, 1575;
De Antiquitatibus Lusitaniae, Évora, 1593;
Évora Perdida no Tempo - Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino
Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino na Praça do Sertório, depois da obras de remodelação.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 dep. -
Legenda Fachada do antigo Banco Nacional Ultramarino
Cota DFT7628 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Teatro: Pipo Mímico...ou Quase
O espectáculo “Pipo Mímico … ou Quase” é fruto do trabalho continuado do actor Victor Pires ao longo de mais de 20 anos, um trabalho onde a técnica de clown é desenvolvida nas suas mais variadas vertentes.
Fazer rir é extraordinário, uma sorte um privilégio, Pipo personagem central do espectáculo como, vai mais uma vez encantar o púbico com as suas aventuras.
Este espectáculo conjuga o trabalho do palhaço tradicional com a pantomina, a magia, jogos musicais e a manipulação de bonecos, um momento onde a relação do actor com o espaço, a precisão do gesto e a cumplicidade com a iluminação cénica nos proporciona uma hora de bom divertimento.
Ficha Artística:
Encenação e Interpretação: Victor Pires
Cenografia e Figurinos: Victor Pires
Execução de Figurino: (fato) Gregória Meira, (sapatos) José Leite Marinho
Produção: Teatro de Portalegre
Sonoplastia: Hélio Pereira
Desenho de Luz: Armando Mafra
Design de Comunicação e Fotografia: Carla Fonseca
Secretariado e marketing: Alexandra Janeiro e Rita Tavares
Manutenção do Espaço: Filomena Cova
Dia 2 de Fevereiro:
Sala Principal do Teatro Garcia de Resende
às 10h30
Espectáculo para crianças M/4
Évora Perdida no Tempo - Ermida de São Sebastião
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Ermida de São Sebastião
Cota DFT7066 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
domingo, 29 de janeiro de 2012
Recrutamos Técnico de ATM’s (M/F) Évora
A Go Work como empresa especializada na área dos Recursos Humanos, está a recrutar para empresa sua cliente “Técnico de ATM’s” (M/F).
ZONA: Évora
HORÁRIO:
- De 2ª a 6ª Feira das 09.00h às 18.00h.
REQUISITOS:
- 12º Ano de escolaridade (Curso Técnico-Profissional nas áreas de eletrónica, eletricidade e/ou eletromecânica);
- Experiência em funções similares e preferencialmente na manutenção de ATM’s;
- Carta de condução;
- Excelente capacidade de comunicação;
- Disponibilidade imediata.
OFERECE-SE:
- Vencimento compatível com a função;
- Subsídio de alimentação;
- Possibilidade de integração nos quadros da empresa.
Candidate-se em http://emprego.gowork.pt/ ou directamente nas nossas instalações: Av. Praia da Vitória, nº12 B, 1049-054 Lisboa.
Para mais informações, contacte-nos. Telf: 211546040.
Todas as candidaturas serão tratadas com confidencialidade ao abrigo da Lei de Protecção de Dados.
Somente serão consideradas as candidaturas que reúnam o perfil solicitado. Todas as restantes ficarão em base de dados para futuras solicitações.
Alvará nº 544, concedido a 07/05/2007 pelo IEFP.
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Visita guiada dia 28 de Janeiro: Évora, Percursos e Memórias
O projeto “Évora, Percursos e Memórias - 25 Anos de Património Mundial da Humanidade, 25 Monumentos, 25 Lendas, Histórias e Devoções” promove no próximo dia 28 de janeiro, sábado, pelas 15 horas, mais uma visita a alguns sítios históricos da cidade de Évora.
Esta visita vai conduzir os participantes ao Templo e ao Fórum Romanos, pelo Arqueólogo Panagiotis Sarantopoulos (CME), e à “Domus” da Rua de Burgos/Alcárcova de Cima, pelo Doutor Rafael Alfenim (Direção Regional de Cultura do Alentejo). A Professora Doutora Maria Cátedra (Departamento Antropologia Social da Universidade Complutense de Madrid) irá abordar nesta vista as lendas e histórias de Sertório e de Diana e a Corça. Nesta visita será distribuída a Pagela N.º 4.
O projeto “Évora, Percursos e Memórias” foi idealizado para o programa das Comemorações dos 25 Anos de Évora Património da Humanidade, classificação atribuída à cidade pela UNESCO em 1986, é uma organização da Câmara Municipal de Évora, e tem a colaboração de várias instituições da cidade. O projeto consiste na realização de uma visita mensal, geralmente aos sábados, conduzida por especialistas, com o objetivo de dar a conhecer os principais monumentos e elementos distintivos do Centro Histórico da cidade, explorando a sua arquitetura e a sua história, bem como as lendas, devoções e tradições que guardam consigo.
Évora Perdida no Tempo - Ermida de São Sebastião
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Ermida de São Sebastião
Cota DFT7066 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
António José de Ávila, o primeiro governador civil de Évora
A introdução da figura do governador civil na Administração Pública portuguesa ocorreu em 1835, na sequência do triunfo liberal na Guerra Civil, concretizado com a assinatura da Convenção de Evoramonte, ocorrida no ano anterior. O território foi dividido em distritos e junto de cada um passou a funcionar um magistrado administrativo designado por governador civil. Retomava-se desta forma a proposta anunciada aquando da revolução de 1820, que preconizava a substituição da comarca, enquanto entidade administrativa, pelo distrito, alteração que as sucessivas contra-revoluções foram sempre impedindo e contrariando.
A sua definitiva capitulação propiciou aos liberais a ocasião para impor finalmente as reformas necessárias à fixação do novo regime e à novidade da divisão e separação de poderes. Assim apareceram os governadores civis, nomeados pelo Conselho de Ministros, que enquanto representantes do governo central estavam dotados de autoridade para coordenar as suas políticas e serviços da administração pública na área do seu distrito. Em relação aos antigos corregedores foram-lhes retiradas as competências judiciais, as quais passaram para a esfera dos tribunais.
A partir de meados do século XX, porém, a sua importância começou a esbater-se gradualmente por via da criação por cada ministério das suas próprias delegações e serviços regionais. Actualmente os governos civis estão limitados às funções de dependências do Ministério do Interior, sabendo-se que a sua existência depende da implementação da Regionalização consagrada na Lei Fundamental do País.
Até aos dias de hoje o cargo de governador civil de Évora registou 93 mandatos, distribuídos por 79 pessoas. Houve quem o ocupasse por 3 vezes (Visconde de Guedes e Joaquim António dos Reis Tenreiro Sarzedas) e também quem bisasse o lugar. Coube, no entanto, a um jovem açoriano, António José de Ávila, que se havia de tornar figura de grande relevo na política portuguesa, inaugurar a função tomando posse a 27 de Junho de 1835, contando por essa altura 29 anos. Ávila nascera a 8 de Março de 1807, na cidade da Horta, na ilha do Faial, sendo de origens muito humildes, filho de um sapateiro e de uma lavadeira.
Da dezena de descendentes gerados pelo casal apenas quatro chegaram a adultos, o que diz bem das agruras e tormentos enfrentados. A vida da família melhorou bastante quando o seu progenitor decidiu dedicar-se ao comércio e pôde começar a poupar parte dos rendimentos, destinados a custear os estudos de António José no Continente, já que este se vinha afirmando como aluno de grandes recursos intelectuais nas escolas faialenses.
Com apenas 15 anos Ávila matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde cursou Filosofia e Medicina, acabando por obter reconhecimento de mérito no primeiro curso. No início da Guerra Civil de 1832-34 retornou aos Açores, onde se instalara o governo liberal. Rapidamente ganhou prestígio no parlamento insular. Com a vitória liberal foi designado Governador Civil de Évora e eleito deputado pela Horta. Na cidade permaneceu durante um ano e três meses, tendo sido exonerado a 19 de Setembro de 1836, na sequência do chamado golpe setembrista, movimento popular radical que conquistou a adesão militar repondo a Constituição de 1822. Mas o seu trabalho foi muito apreciado em todo o distrito, tanto assim que foi eleito por Évora e pela Horta em 1838, e em 1840 novamente por Évora e pela Horta, mas também por Beja e pela Feira, neste último caso como substituto.
Então era possível um deputado ser eleito por mais de um círculo. O termo dos governos setembristas aconteceu em 1940. No ano seguinte o cartista Joaquim António de Aguiar chega à chefia do governo e nomeia Ávila para ministro das Finanças, cargo que desempenha durante os executivos de Costa Cabral e do Duque da Terceira, e vem a abandonar com a ascensão ao poder do Duque de Saldanha. Em 1857 volta ao lugar no primeiro governo do Duque de Loulé. Após a Janeirinha, um movimento contra o aumento de impostos ocorrido a 4 de Janeiro de 1868 e que, apoiado por comerciantes e proprietários, ditou o fim do governo de fusão, António José d’ Ávila foi chamado a formar governo.
O diploma em causa foi revogado mas o pior foi que o erário público foi fortemente penalizado. Daí à queda do executivo que comandava foram seis meses. Ainda voltou a ser Ministro das Finanças e, entre 1870 e 1877, exerceu por duas vezes, em alternância com Fontes Pereira de Melo, o cargo de Primeiro-Ministro. Entretanto, em 1871 foi designado para presidir à Câmara dos Pares, substituindo o Duque de Loulé. Em 1878, já com 71 anos, recebeu o título de Duque de Ávila e Bolama, em virtude do seu êxito enquanto negociador diplomático por banda de Portugal no diferendo mantido com a Grã-Bretanha,que reclamava o seu direito à ilha de Bolama, mas cujas pretensões não colheram vencimento junto das instâncias internacionais mercê da sua argumentação em defesa do património português. Recebeu por tal feito o grau de Grão-Mestre da Ordem da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Morreu em Lisboa a 3 de Maio de 1881 este grande político português que subiu na vida a pulso e foi o único plebeu a ser nobilitado. Começou a sua brilhante carreira como primeiro governador civil de Évora. Mas quantos o sabem?
Texto: José Frota
Texto: José Frota
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