domingo, 12 de agosto de 2012

Estágio para Empresa de Informática / Internet (M/F)

Empresa ligada à área da Informática/Internet oferece a possibilidade de estágio (não remunerado) com a duração de 1 a 3 meses.

Funções:
- Atendimento ao Público
- Trabalho Constante com um Software de Gestão de um Espaço de Internet
- Realização de Cópias, Impressões e Digitalizações
- Manutenção de Computadores
- Criação de Projectos para Dinamizar o Espaço
- Venda de Jornais e Revistas

Perfil do Candidato:
- Bons Conhecimentos de Informática
- Conhecimentos de Inglês
- Boa Capacidade de Comunicação
- Sentido de Responsabilidade
- Assiduidade e Pontualidade

Este estágio tem como objectivo dar ao candidato a possibilidade de entrar no mercado de trabalho, podendo prolongar-se a colaboração no final do mesmo, neste caso em condições contratuais diferentes.

Candidatura:
Os candidatos devem enviar o currículo para:



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A História da Fábrica de Massas «Leões»



A “SAM - Sociedade Alentejana de Moagem, Lda.” criada em 1916 por iniciativa de um grupo de proprietários e lavradores, inaugura em 1917 uma das mais importantes fábricas existentes na região do Alentejo a “Fábrica dos Leões”. Foi a maior empresa industrial eborense, e depois de ter sido adquirida pelos industriais espanhóis radicados em Lisboa, Eugénio Alvarez e Manuel Alvarez y Rivera aumenta o seu capital social de 120 contos para 800 contos. Nesta altura a “Fábrica dos Leões”, já dava emprego a 137 operários.

Este conjunto industrial constitui uma das primeiras centrais termoeléctricas da moagem alentejana, representando um primeiro passo, provavelmente tardio, da industrialização do Alentejo. Anterior à «Campanha do Trigo», a fábrica constitui uma importante referência na indústria moageira nacional e detém um papel de relevo na história da região. Em termos de dimensão tratava-se da maior unidade industrial do Distrito de Évora, seguindo-se-lhe a “Empresa Industrial de Cortiças Eborense” que empregava 80 trabalhadores.

A “Fábrica dos Leões” dispunha de uma central termoeléctrica privativa, instalada em 1942 com 40 kW de potência, em 1947 passa a receber energia da Câmara Municipal de Évora e a partir de 1949 é fornecida pela “UEP - União Eléctrica Portuguesa”. Dispunha igualmente do seu próprio cais de carga e descarga de comboios. Na década de 70 do século XX a “Fábrica dos Leões” passa a designar-se “Fábrica de Massas Leões”

A “Fábrica de Massas Leões” encerrou em 1993 tendo sido adquirida pela Universidade de Évora em 1998. Os edifícios em parte recuperados, e no restante erguido de raiz com o projecto de Inês Lobo e Carrilho da Graça acolhe o “Complexo de Arquitectura e Artes Visuais” desde 2 de Novembro de 2008. Neste complexo foram instalados os cursos do Departamento de Artes Visuais, Escultura, Multimédia, Pintura e Design e o Curso de Arquitectura da Universidade de Évora.

Textos: José Leite

Évora Perdida no Tempo - Palácio de Dom Manuel


Palácio de Dom Manuel

Autor António Passaporte
Data Fotografia 1940 - 1950
Legenda Palácio de Dom Manuel
Cota APS353 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Convento de São Bento de Cástris


O Convento de São Bento de Cástris é um monumento nacional situado na freguesia da Malagueira, no concelho de Évora, a cerca de 2 km das Portas da Lagoa, na direcção de Arraiolos.

O Mosteiro de São Bento de Cástris, da Ordem de Cister, é o mais antigo mosteiro feminino a sul do Tejo, tendo sido fundado em 1274, por D.Urraca Ximenes. Esta vasta casa religiosa, erguida no sopé do Alto de São Bento (miradouro da cidade de Évora), ficou na história da crise dinástica de 1383-1385. À época era abadessa do Mosteiro D.Joana Peres Ferreirim, dama da família da Rainha Leonor Teles, a quem o povo chamava a Aleivosa. Segundo a crónica de Fernão Lopes, a pobre abadessa, que se escondera na Catedral, durante os tumultos da revolução do Mestre de Avis, foi depois arrastada pela multidão, sendo tristemente morta na Praça do Giraldo.

Do ponto de vista arquitectónico o convento é muito valioso, maracado pelo manuelino, especialmente nas abóbadas manuelinas da igreja, no vasto claustro, sala do capítulo e refeitório. No exterior, a sobreposição dos vários telhados, pavilhões e campanários dão ao conjunto um aspecto muito pitoresco.
Após seis séculos de existência, a vida monástica no convento terminou em 18 de Abril de 1890, com a morte da última freira, Soror Maria Joana Isabel Baptista. Entrando na posse do estado serviu de Escola Agrícola durante alguns anos. 

Entre a década de 1960 e 2005 albergou a secção masculina da Casa Pia de Évora. Presentemente encontra-se desocupado e devoluto, encontrando-se a sua integridade arquitectónica em perigo. Um dos sinos do Mosteiro foi roubado na madrugada de 6 de Março de 2011, tendo o imóvel, classificado Monumento Nacional, sido vandalizado.

O secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, anunciou em Beja, em maio de 2010, que o Museu Nacional da Música, a funcionar na estação do Alto dos Cucos do Metro de Lisboa, será transferido para o Mosteiro de São Bento de Cástris.

Évora Perdida no Tempo - Aqueduto da Água da Prata


Aqueduto da Água da Prata

Autor António Passaporte
Data Fotografia 1940 - 1960
Legenda Aqueduto da Água da Prata
Cota APS0193 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A História do "Banco do Alemtejo"


O "Banco do Alemtejo" foi fundado em 6 de Fevereiro de 1875, com sede na Praça do Giraldo na cidade de Évora, com um capital social inicial de 1.200 contos de réis (1.200.000$000 réis) distribuído por 24.000 acções de 50 reis cada. A sua actividade tinha por objectivo «as operações de um banco de circulação, descontos e depósitos e todas as demais que forem próprias da sua natureza». Entre outras das mais destacadas teve a da emissão de notas. Foi um dos nove bancos nacionais que teve autorização para o fazer até à concessão da exclusividade ao Banco de Portugal.

A iniciativa da criação deste Banco partiu iniciativa dos negociantes locais: João Lopes Marçal, Eduardo de Oliveira Soares, José António Soares Pinheiro, António Lopes Horta e António Simões Paquete; os proprietários e lavradores José Sebastião Torres Vaz Freire, José Carlos Gouveia, e Joaquim de Matos Peres; os médicos José Lopes Marçal e Joaquim Henriques da Fonseca e os professores liceais José da Fonseca e Costa e João Augusto Calça e Pina. Os nortenhos eram cinco com ligações ao "Banco Comercial de Viana do Castelo" fundado em 1873.

Nesta cidade ficaram a existir, duas entidades bancárias: o "Banco Eborense" e o "Banco do Alentejo", ambos fundados em 1875, ainda que o primeiro tenha funcionado no ano anterior com a designação de "Caixa de Crédito Eborense". Segundo Hélder Adegar da Fonseca, «em meados do século destacavam-se em Évora duas instituições como importantes fornecedoras de dinheiro a crédito: a velha Misericórdia local e a Casa Pia». A necessidade da criação de bancos era entendida, nomeadamente pelos grandes lavradores, como uma necessidade de extrema urgência visando o empréstimo de dinheiro a prazo.

É assim, que surge a citada "Caixa de Crédito Eborense", em 1874 com sede na Praça de Sertório em Évora, dotada do capital social de 33 contos de réis dividido em 660 acções (50 mil réis cada) e destinada a receber depósitos sem juro, à ordem, e com juro, a prazo fixo, fazer empréstimos a corporações do distrito e realizar descontos de letras. Os resultados obtidos levam os homens fortes da sociedade – o referido investigador identifica os quatro principais como sendo o visconde da Esperança, os lavradores José Maria Ramalho Perdigão e José Joaquim de Moura Amaral e o negociante Manuel Eduardo de Oliveira Soares – a proceder ao aumento de capital que se irá fixar nos 1000 contos.

Na área da banca, finanças e seguros houve 5 registos, todos anteriores ao 28 de Maio de 1926. Para além do "Banco Eborense" (1875), do "Banco do Alentejo" (1875), foi registada a "Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das Alcaçarias", a "Anselmo & Guerreiro" (1892) e, em 1916 a companhia seguradora “A Pátria”. A partir deste momento, não não se constituíram novas casas que negociassem com o dinheiro, embora o número de operadores na cidade de Évora não deixasse de aumentar até ao início dos nos 20 do século XX.

Em 1875 havia em Portugal 51 bancos, 21 do quais regionais, isto é, com sede fora de Lisboa e do Porto. Relativamente a esta “euforia” bancária : «Em 1875 chegou a Portugal a prática malsã da pletora bancária. Num curto período, exactamente de um ano, os estabelecimentos de crédito subiram de 26 para 51. Dir-se-ia que o dinheiro, seduzido por miragens de prosperidade fácil, corria, em marcha alucinada, apenas embrulhado numa única e suprema aspiração: fundar bancos sobre bancos»

Por sua vez, em 1889, o número de bancos havia baixado para 41, sobretudo os sediados em Lisboa e no Porto, dado que o número dos regionais só tinha descido para 18.

Em 1922 e 1923 existiam em Portugal 31 bancos, número que, em 1925, já havia diminuído para 24. Mesmo assim, tratava-se de um número exagerado, face ao evidente atraso do mecanismo económico e à defeituosa máquina bancária. Ainda nos anos 20 do século XX, certas casas bancárias transformaram-se em bancos, alguns dos quais, a partir de então, vieram a desempenhar um papel relevante na história bancária portuguesa, designadamente: Espírito Santos Silva & C.ª (1920); Pinto & Sotto Mayor (1925); Henry Burnay & C.ª (1926).

Não obstante se ter verificado um controle estatal mais rígido, com a Ditadura Militar (1926-1932) e com o Estado Novo (1933-1974), nos anos 30 do século XX o número de casas bancárias e banqueiros ainda ascendia a cerca de meia centena. Porém, pelos meados de 1950, já só havia, em Portugal continental, 18 bancos e 14 casas bancárias.

A 4 de Abril de 1972 o "Banco do Alentejo" incorpora a casa bancária "Almeida Basto & Piombino & Cª" estabelecida a 2 de Junho de 1881 na Rua do Ouro em Lisboa, a partir da casa bancária "Basto & Piombino".

O "Banco do Alentejo" foi absorvido em 10 de Dezembro de 1976, em virtude da vaga de nacionalizações da banca portuguesa decretada em Março de 1975, pelo "Banco Fonsecas & Burnay" (este resultado da fusão em 1967 do "Banco Burnay", ex-casa bancária Henry Burnay de 1875, e do "Banco Fonsecas, Santos e Vianna", ex-casa bancária fundada em 1861 por Francisco Isidoro Viana, tendo sido o último banco regional que sucumbiu à constituição dos grandes grupos económicos nacionais que entretanto se tinham criado em Portugal.

O "Banco Fonsecas & Burnay" foi adquirido em 1991 pelo BPI - "Banco Português de Investimento" fundado em 1981.

Textos: José Leite

Évora Perdida no Tempo - Ermida de São Brás


Ermida de São Brás

Autor António Passaporte
Data Fotografia 1940 - 1950
Legenda Ermida de São Brás
Cota APS334 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Moinhos do Alto de S. Bento











Os Moinhos do Alto de S. Bento situados a Noroeste da cidade, são os mais visitados tanto pela população local como pelos turistas, devido ao local onde se encontram.
A sua localização sendo situada na elevação mais alta da cidade com a cota de 367 metros, proporcionando a quem se lá desloca, uma vista deslumbrante sobre Évora.
Podendo avistar-se o Castelo de Évora-Monte, e ao cair da noite avistasse a iluminação das povoações vizinhas.
Este grupo de moinhos é constituído por cinco construções. Os moinhos 1, 2 e 3, construídos sobre uma enorme laje granítica, dois foram recentemente recuperados, onde o terceiro ainda se encontra sem cobertura, ambos com as suas paredes em alvenaria, os moinhos 1 e 2 possuem uma cobertura também em alvenaria em abobada não sendo as originais.
O moinho 4 encontrando-se nas traseiras dos três primeiros num local ligeiramente inferior, é construído também em alvenaria, não tem cobertura e está em degradação, podendo ver-se neste moinho vestígios do anel de mármore, constituído por duas calhas onde iria assentar o seu tejadilho. Junto a este moinho encontra-se a casa do moleiro, esta também em ruínas.O Moinho 5 encontra-se dentro de uma propriedade, é uma construção de dois pisos em alvenaria estado em bom estado de conservação.


Fonte: marcoseborenses.no.comunidades.net

Évora Perdida no Tempo - Custódia Gótica (Tesouro da Sé)


Custódia Gótica (Tesouro da Sé Catedral)

Autor António Passaporte
Data Fotografia 1940 - 1960
Legenda Custódia Gótica (Tesouro da Sé)
Cota APS0285 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 5 de agosto de 2012

Precisam-se de Médicos Especialistas em Medicina Interna para Évora

A Sucesso24horas pretende recrutar para Instituição Pública de Saúde na zona de Évora, Especialistas de Medicina Interna para realização de serviço de urgência.

Requisitos:
- Especialidade reconhecida pela Ordem dos Médicos;
- Alguma disponibilidade horária;
- Experiência profissional comprovada.


Se tem o perfil indicado e disponibilidade envie o seu CV para


ou ligue para 915656054

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A História do Salão Central Eborense


O “Salão Central Eborense”, em Évora, iniciou a sua actividade como animatógrafo no dia 23 de Setembro de 1916, resultado de uma adaptação de uma barracão anexo ao «Hotel Eborense» pelo seu proprietário José Augusto Annes.

Este edifício era composto por quatro pisos, integrando um restaurante e salas de recreio sendo a sua lotação de 784 espectadores distribuídos por: 308 na plateia, 264 na geral e 212 nas frisas e sendo servido por energia eléctrica produzida a partir de gerador próprio. Em 1922 a sala de espectáculos sofre remodelações para poder receber companhias e artistas além das sessões de cinema, com projecto, provavelmente da autoria de José Oreiro Teixeira, pelo que em 23 de Julho de 1923 o “Salão Central Eborense” reabre as suas portas como cine-teatro. Em 1931 o “Salão Central Eborense” estreia o cinema sonoro em Évora.

Em 1943, o “Salão Central Eborense”, já propriedade D. Judith Sanches de Miranda decide entrar em obras após ter sido chumbado numa vistoria de 1934 sendo a única sala de cinema em Évora pelo que é decidido avançar com novas obras que permitam melhorar as instalações de forma a proporcionar uma melhor comodidade e segurança dos espectadores tendo para tal sido escolhido o arquitecto Francisco Keil do Amaral que já tinha sido responsável pelo projecto de arquitectura da presença de Portugal na Exposição Internacional de Paris, em 1937. A nova sala é inaugurada em 1 de Novembro de 1945.

Já existia, entretanto, outro local de projecção de filmes em Évora mas este ao ar livre: o "Éden Esplanada" que foi durante quarenta anos o único cinema ao ar livre desta cidade, tendo ocupado o espaço do demolido Convento de Santa Catarina. O projecto da renovação do "Salão Central Eborenese" incidiu sobretudo, e por condição contratual nos alçados, não deixando contudo de alterar profundamente o seu interior, o qual é constituído por um foyer, dois átrios e necessárias instalações técnicas (projecção) e de serviço (sanitários); o palco, em relação à edificação anterior, transita do extremo nascente para poente; contudo a profundidade do palco é exígua, o que reduz a sua utilização para o teatro. A lotação passa a ser de 548 lugares assim distribuídos: 324 na plateia, 214 no balcão e 10 nas frisas.

A 27 de Dezembro de 1945, Carlos Porfírio estreia o seu primeiro filme “Sonho de Amor”, no "Salão Central Eborense". Depois da ante estreia deste filme em Évora, este só estrearia em Lisboa a 25 de Agosto de 1948. Os actores eram: Maria Eduarda Gonzalo, Ramiro da Fonseca, Bárbara Virgínia e Olavo de Eça Leal.

Nos anos que se seguiram, a afluência aos espectáculos cinematográficos no “Salão Central Eborense” decai devido à conquista desse público pela televisão, que cada vez mais se tornava acessível à maioria da população, e nos anos 80 com a abertura do cinema Alfa em Évora, mais confortável e com uma melhor qualidade de filmes e imagem, e, por último, com a disseminação do gosto pelos vídeo-clubes; as dificuldades de manutenção deste espaço aumentam e, já no seu derradeiro final, as fitas passadas são exclusivamente do foro pornográfico; em 1988 encerra definitivamente as suas portas à actividade cinematográfica.

Nos anos que se seguem, a “Empresa Manuel Themudo Baptista” arrenda este espaço com o consentimento da Câmara Municipal de Évora a outras entidades: uma rádio local, uma seita religiosa, etc. Em 1996, e após algumas dissensões com o proprietário em relação à compra do imóvel, este é finalmente adquirido pela Câmara Municipal de Évora. Desde esse período e devido à falta de verbas que permitam a recuperação do espaço, este tem vindo progressivamente a deteriorar-se face às condições climatéricas, falta de limpeza e vandalismo.

Textos: José Leite